Contrabando de combustível tem os dias contados no Zaire
Serviço de Investigação Criminal completou 47 anos e promete reforçar a luta contra os marginais
Ao todo, 1,4 milhão de litros
de combustível diverso contrabandeado, de Janeiro ao mês em curso, foi apreendidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), no Zaire, no âmbito de acções de combate ao referido crime, revelou, ontem, em Mbanza Kongo, o director da instituição nesta província.
O subcomissário Armando Capapa Agostinho, que falava à imprensa por ocasião das festividades do 47º aniversário da criação daquele órgão do Ministério do Interior, em Mbanza Kongo, adiantou que uma atenção especial deve ser dada aos crimes transfronteiriços, tendo em conta o número de casos de contrabando, as quantidades de combustível apreendidas e as pessoas envolvidas - 159 cidadãos detidos, no período em referência.
“Vamos continuar a dar uma atenção especial aos crimes transfronteiriços, tais como o contrabando de combustível, tráfico de pessoas e de drogas”, disse o sub-comissário, defendendo, entretanto, a rapidez na instrução dos processos. O objectivo, referiu, é reduzir as estatísticas e dar mais impulso ao julgamento dos crimes.
Quanto aos crimes de natureza diversa, Armando Agostinho informou terem sido registados, no mesmo período, 1.950 crimes, dos quais 1.441 esclarecidos, o que representa um índice de esclarecimento de 74 por cento. Os números representam ainda uma média de 5,9 crimes por dia. Ao todo, foram detidas 1.584 pessoas.
Houve o registo de 976 crimes contra o património, 525 contra as pessoas, 103 contra ordem e tranquilidade públicas, 46 de narcotráfico, 168 de sinistralidade rodoviária e 132 de natureza económica.
Na sequência de tais crimes, segundo ainda a mesma fonte, foram abertos 1.554 processos-crime, tendo sido instruídos e concluídos 1.414, todos remetidos ao Ministério Público. Em fase de instrução preparatória estão 7.186 processos-crime.
Técnicas de investigação
O director do SIC no Zaire exortou os efectivos a continuarem com a mesma dinâmica, procurando aperfeiçoar as técnicas e tácticas de investigação criminal, através da capacitação profissional e académica, com vista a dar-se resposta cabal aos crimes violentos e organizados que muito preocupam a sociedade.
Armando Agostinho encorajou a sociedade. Para tal, aquele oficial comissário do SIC espera um contínuo apoio da sociedade, a qual agradeceu, por na sua opinião, ter sido fundamental para o combate ao crime, cujos resultados são de elevado índice.
“Destaco todo o apoio que temos vindo a beneficiar de todas as forças vivas da sociedade, pois sem esse apoio jamais teríamos grandes resultados no esclarecimento de crimes, pelo que, agradeço e faço votos que a nossa relação seja cada vez mais estreita, cientes de que todos nós, de forma geral somos polícias, independentemente, de onde estejamos, necessariamente, devemos em conjunto combater a criminalidade”, apelou.
O delegado provincial do Interior no Zaire, comissário Firmino Uyamba, que presidiu à cerimónia de encerramento das festividades do SIC, comemoradas ontem, sob o lema “Com profissionalismo na prevenção e repreensão à criminalidade, comemoremos o 47º aniversário da Investigação Criminal”, encorajou os efectivos a manterem os níveis de operatividade, porque os criminosos inovam, cada vez mais, a forma de cometimento de delitos.
“Encorajar a manterem os níveis de operatividade, procurando sempre corrigir o que está mal e melhorar o que está bem, pois os criminosos, cada vez mais inovam a forma de cometimento dos crimes, muitos deles cometidos de forma violenta e organizada. A missão é bastante espinhosa, mas juntos e com o apoio da nossa população tornarse-á fácil, porque as pessoas de bem são a maioria para denunciar e combater o crime”, encorajou.
De acordo com o também comandante provincial da Polícia Nacional no Zaire, apesar das dificuldades que o SIC se debate quanto aos meios técnicos, tecnológicos e humanos, os resultados são bastante animadores.
“Na província do Zaire, estamos cientes das dificuldades com que se debate o SIC e o esforço que tem sido empreendido pela Direcção e, de uma forma muito particular, pelo director do Sic/zaire que, mesmo com a carência de meios técnicos, tecnológicos e humanos, tem sabido levar a bom porto o órgão, mantendo os níveis de operatividade, cujos resultados nos animam bastante, com esclarecimento dos crimes, e detendo os criminosos”, reconheceu.