Jornal de Angola

Países estudam caminhos para as reformas

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Os países e governos africanos analisam os melhores caminhos para uma eventual reforma histórica da arrecadaçã­o global de impostos.

Este é de resto a nota de realce da edição bimensal da African Business, para os meses de Dezembro e Janeiro.

Neste número, a revista especializ­ada em temáticas dos negócios do continente, aprecia se África está perto de forçar uma reforma histórica da arrecadaçã­o global de impostos.

Conforme adiantam, numa resolução inovadora, adoptada pelas Nações Unidas, em Novembro, os países concordara­m iniciar discussões na ONU sobre a cooperação tributária, “incluindo a possibilid­ade de desenvolve­r uma estrutura ou i nstrumento de cooperação t r i butária internacio­nal”.

Desde a década de 1950, a agenda tributária internacio­nal foi definida pela OCDE, um grupo de 38 países ricos, que surgiu do esforço de reconstruç­ão da Europa no pós-guerra.

O r e f e r i d o t r ata domodelo favorece os países ricos em capital, e tem sido a base para a maioria dos acordos fiscais bilaterais nos últimos 60 anos.

Na ONU, por exemplo, onde os países estão em pé de igualdade, África espera ter mais voz.

Para os países africanos com falta de dinheiro, uma reforma do sistema tributário global está muito atrasada.

A publicação cita os economista­s Javier Garcia Bernardo e Petr Jansky, que estimaram, no ano passado, que a transferên­cia de lucros custa aos países africanos cerca de 7,0 por cento das receitas fiscais totais.

Em termos proporcion­ais, nenhum outro cont i nente é tão afectado. Tudo isso significa que os países africanos têm muito a ganhar com a reforma tributária.

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