África advoga por crescimento mais inclusivo
A sessão plenária, de quinta-feira, incluiu na reunião de dois dias discussões do tema “Desenvolvimento sem Fronteiras: Alavancar a diáspora africana para o crescimento i nclusivo e desenvolvimento sustentável em África”.
No global, o fórum centrou-se em vários temas, como a securitização de remessas, obrigações da diáspora, promoção do comércio e do investimento e reforço da investigação, inovação e partilha de tecnologia.
As remessas securitizadas ofereceriam aos governos africanos sólidas garantias de investimento e uma fonte de financiamento através da emissão de obrigações. Para além das remessas, os africanos no estrangeiro representam uma fonte de investimento directo, conhecimentos e competências muito necessários que podem ser transferidos para empresas e trabalhadores nos países de origem. A discussão também abordou a questão de tornar o crescimento económico mais inclusivo, aprofundar o comércio intracontinental e preparar os trabalhadores africanos para os empregos do futuro.
Em contraste com o elevado nível de fluxos de remessas em 2021, a ajuda oficial ao desenvolvimento em África em 2021 cifrou-se em 35 mil milhões de dólares.
"Imploro e encorajo os governos africanos a criarem as condições para que aqueles que vivem e trabalham no estrangeiro contribuam, significativamente, para o desenvolvimento nacional ou, melhor ainda, para que não emigrem, de todo", disse.
Indicadores estimam que África perde, anualmente, cerca de 2 mil milhões de dólares devido à fuga de cérebros apenas no sector da saúde.