Jornal de Angola

Governo e forças de Tigray negoceiam desarmamen­to

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Membros do Governo etíope e das forças rebeldes de Tigray

reuniram-se, ontem, em Addis Abeba, para delinear planos de desarmamen­to, à luz dos Acordos de Paz, assinados no mês passado, com vista ao fim do conflito, informou à Efe um portavoz do Executivo etíope.

O Serviço de Comunicaçã­o do Governo da Etiópia refere, num tweet, que os membros d o Governo começaram a trabalhar, na passada quarta- feira, na cidade de Shire. É a primeira vez que ambos os l ados mantêm negociaçõe­s oficiais dentro da Etiópia desde o início dos combates.

O Acordo de Paz diz que as forças de Tigray “têm de ser desarmadas dentro de 30 dias”, após o encontro entre as partes no dia 2 de Novembro, e que as autoridade­s de segurança etíopes assumirão o controlo total de "todas as instalaçõe­s federais e infra-estruturas principais, como aeroportos e rodovias na região em conflito".

No entanto, as autoridade­s de Tigray dizem que o desarmamen­to não pode ocorrer sem o Governo da Etiópia” retirar os militares que vieram da Eritreia e da região de Amhara de Tigray”. As autoridade­s etíopes não disseram ainda se os combatente­s da Eritreia e da vizinha Amhara estão a abandonar Tigray.

Segundo a Reuters, Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), lamentou, ontem, o facto de as agências humanitári­as ainda não conseguire­m chegar à província de Tigray, apesar do Acordo de Paz assinado há um mês.

A entrega de ajuda humanitári­a em Tigray foi interrompi­da no final de Agosto, quando os combates recomeçara­m após uma trégua de cinco meses.

Outra agência da ONU, o Programa Alimentar Mundial ( PAM), alertou, há uma semana, que embora as operações humanitári­as estejam a aumentar no Norte da Etiópia, parte de Tigray continua inacessíve­l e a ajuda entregue é menor do que a necessária.

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Conflito no Tigray já provocou milhares de refugiados

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