FIFA proibi braçadeiras com cores de arco-íris
A posição imposta pelo órgão reitor do futebol não impediu as manifestações de solidariedade transversal com a comunidade LGBTQI+ naquele país
A polémica foi escalando de tom -com as autoridades do Qatar a manifestarem o seu descontentamento - e, na véspera do i nício da competição, a FIFA acabou por 'proibir' o uso daquela braçadeira.
“A FIFA foi muito clara, irá impor sanções desportivas
se os capitães usarem as braçadeiras em campo. Como federações nacionais, não podemos pedir aos nossos jogadores que arrisquem s a n ç õ e s d e s p o r t i va s , incluindo cartões amarelos”, indicaram as federações de Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos e Suíça, num comunicado conjunto, em 21 de Novembro.
Antes da ' capitulação' destas sete selecções, que se assumiram “frustradas”
pela inflexibilidade da FIFA, já a França tinha recuado, c om o s e u ' c api t ão ' , o guarda-redes Hugo Lloris, a revelar que não iria usar a braçadeira.
Mas o organismo que superintende o f utebol mundial não ficou por aí, iniciando uma verdadeira 'caça' ao arco-íris durante
o torneio: o 'capitão' alemão Manuel Neuer viu um árbitro assistente 'inspeccionar' a sua braçadeira, para cert i f i car- se que esta não incluía a inscrição ' One Love', enquanto a Bélgica viu recusada a pretensão
de usar uma etiqueta com a palavra 'Love' (amor) no equipamento.
As bancadas também não escaparam, com diversos espectadores a relatarem episódios em que foram impedidos de entrar com símbolos arco-íris nos estádios de um país em que a homossexualidade é punida por lei.
Se alguns, como os futebolistas portugueses ou o 'capitão' francês Lloris, preferiram manter-se à margem da polémica, outros como o gaulês Antoine Griezmann mostraram que o futebol também pode ser a montra ideal para defender causas.
“(A comunidade LGBTQI+) terá sempre o meu apoio, independentemente de onde esteja no mundo. Mas sou um futebolista, é a minha profissão. O meu país convoca- me para jogar uma competição e eu venho com muito orgulho. Mas eles terão sempre o meu apoio, todo o meu respeito”, declarou, na sexta-feira.
As bancadas também não escaparam, com diversos espectadores a relatarem episódios em que foram impedidos de entrar com símbolos arcoíris nos estádios de um país em que a homossexualidade é punida por lei