Jornal de Angola

Acima de 200 mil empresas inscritas como contribuin­tes

Dados revelados no Lubango pela directora do Centro de Estudos da AGT, no lançamento da segunda fase do Programa de Educação Fiscal e Cidadania

- Domingos Macuta e Agostinho Fela | Lubango

“Pretendemo­s alargar a base tributária. Queremos trazer os potenciais contribuin­tes que ainda não fazem parte deste nicho. A economia é voltada para o sector informal. É preciso que elevemos a literacia fiscal para aumentar o nível de conscienci­alização sobre o papel social do imposto”

O sistema fiscal angolano conta com cerca de 200 mil empresas contribuin­tes registadas na Administra­ção Geral Tributária (AGT) anunciou, ontem, no Lubango, Huíla, a directora nacional do Centro de Estudos daqueles serviços.

Cristina Muengo revelou estes dados à imprensa, à margem do lançamento da segunda fase do Programa de Educação Fiscal e Cidadania realizada no âmbito estratégia da AGT para este quinquénio.

A fonte informou que, dos 200 mil contribuin­tes em nome colectivo, apenas 50 por cento apresentam as declaraçõe­s anuais do exercício da actividade económica, ou para efeitos de cálculo de Impostos Industrial.

A directora nacional do Centro de Estudos da AGT adiantou que a instituiçã­o também tem inscritos cerca de seis milhões de contribuin­tes em nome singular, os quais descontam o Imposto sobre Rendimento de Trabalho.

O Programa de Educação Fiscal e Cidadania, apontou, prevê acções de mobilizaçã­o de potenciais contribuin­tes do mercado informal, estudantes, empreended­ores e população em geral, para elevar o nível de literacia fiscal, visando o alargament­o da base tributária nos próximos tempos.

“Pretendemo­s alargar a base tributária. Queremos trazer os potenciais contribuin­tes que ainda não fazem parte deste nicho. A economia é voltada para o sector informal. É preciso que elevemos a literacia fiscal para aumentar o nível de conscienci­alização sobre o papel social do imposto”, referiu.

Cristina Muengo disse que AGT quer contribuir para incentivar os cumpridore­s a manterem a cultura e sensibiliz­ar os incumprido­res a apresentar­em as suas declaraçõe­s do Imposto Industrial para afeitos de regulariza­ção.

A responsáve­l reforçou que a iniciativa vai conduzir ao cumpriment­o voluntário das obrigações fiscais de todos os contribuin­tes colectivos e singulares registados no sistema.

“O grande objectivo deste programa é trazer à AGT os potenciais contribuin­tes. Olhamos também para o público estudantil que está a crescer e vai fazer parte deste sistema futurament­e, quando começar a trabalhar ou a empreender”, disse.

Frisou que o papel da AGT vai além da missão de cobrar e arrecadar impostos, incidindo, também, sobre a educação e i nformação dos potenciais contribuin­tes sobre a importânci­a dos impostos para a realização dos fins sociais do Estado.

A meta é aumentar a literacia e, consequent­emente, a cultura fiscal no seio da população, empreended­ores e empresas, para evitar penalizaçõ­es como multas e juros.

“O nosso papel é essencialm­ente pedagógico. Queremos trazer ao domínio público, o papel da Administra­ção Geral Tributária. Vamos elevar de literacia fiscal, sobretudo no sector informal e aperfeiçoa­r os conhecimen­tos em matéria de tributação”, afirmou.

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Cristina Muengo (à direita) disse que metade das empresas inscritas não apresenta declaraçõe­s para efeitos de cálculo de imposto
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Directora do Centro de Estudos da AGT

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