Jornal de Angola

Porto do Lobito introduz em Julho processos de facilitaçã­o do tráfego

Presidente do Conselho de Administra­ção da Agência Marítima Nacional anuncia que companhia portuária está em vias de concluir a digitaliza­ção dos serviços exigida pela OMI aos países-membros, conferindo maior eficiência, rapidez e com custos mais reduzido

- Júlio Gaiano | Lobito

A implementa­ção da Janela Única para a Facilitaçã­o do Comércio ( JUMA), que a Organizaçã­o Marítima Internacio­nal (OMI) está a introduzir no Porto Comercial do Lobito, pode ficar concluída no princípio de Julho, com a disponibil­ização do sistema da digit al i zação dos s erviços portuários do país.

Esta informação foi prestada, terça-feira, pela presidente do Conselho de Administra­ção da Agência Marítima Nacional (AMN), Rosa Sobrinho, que esteve no Lobito naquele dia e na quarta- f eira, com uma delegação da OMI.

A responsáve­l lembrou que, de acordo com a Convenção de Facilitaçã­o da OMI, todos os Estadosmem­bros desta organizaçã­o têm de criar um portal único para o desembaraç­o dos navios, com Angola a ter de conformar-se às recomendaç­ões daquela entidade a partir de Janeiro de 2024.

O Porto do Lobito f oi escolhido para a experiênci­a piloto desse processo que vai se replicar por outros países da região, o que está na origem da sua deslocação, ao Lobito, para onde viajou com uma delegação da OMI para constatar “in situ” o andamento do projecto, referiu a responsáve­l.

Rosa Sobrinho acrescento­u que a implementa­ção do JUMA vai permitir, por intermédio de um único portal, o envio electrónic­o de todas as informaçõe­s exigidas, quando um navio escalar quarquer um dos portos angolanos.

Segundo a presidente do Conselho de Administra­ção da AMN, este processo conta com o apoio directo da OMI da Singapura, responsáve­l pela formação dos técnicos do Porto do Lobito.

O sistema de digitaliza­ção das operações, considerou, torna os portos mais atractivos para os potenciais e futuros utilizador­es.

Maior eficiência em todas as operações portuárias, a simplifica­ção dos processos administra­tivos, bem como a redução do tempo e custos das cargas e descargas das mercadoria­s são as vantagens a obter com a operaciona­lização do J UMA, apontou.

Escolha do Lobito

O director da Divisão Téc

nica Corporativ­a da OMI, William Azuh, explicou a escolha do Porto do Lobito para o projecto-piloto pelas dimensões e estrutura natural, apesar dos desafios que tal representa para a implementa­ção do projecto.

“Estávamos à procura de um porto não muito grande e t a mbé m n ã o m u i t o pequeno, então, o Porto do Lobito foi escolhido por s e r d e u ma d i mensão média e, como se não bastasse, uma baía natural l ocalizada numa região economicam­ente vantajosa para as actividade­s portuárias”, indicou.

William Azuh declarou que o projecto- piloto é suportado pela OMI-SINgapura, podendo vir a replicar-se noutros países com as semelhante­s necessidad­es de apoio técnico identifica­das no Porto do Lobito, que apesar dos terminais

que possui, apresenta muitos desafios, a começar pelo sistema de comunicaçã­o.

“Vamos t rabalhar no sentido de criar uma comunicaçã­o que seja operativa e com maior fluidez. Este é um dos desafios que o Porto vai ter nesse projecto que tende a terminar em Julho”, precisou o nigeriano William Azuh, para quem, a presença da delegação no Lobito assenta na base de uma intermedia­ção entre o Porto do Lobito e a OMISingapu­ra, responsáve­l pela formação do pessoal que vai trabalhar com o JUMA.

Fazem parte do projecto os principais integrante­s da área de Comércio Externo do país, designadam­ente, S e r vi ç o s de Migração e Estrangeir­os, Administra­ção Geral Tributária, Polícia Fiscal e os pr i nci pai s a g e nte s d e navegação.

“Vamos trabalhar no sentido de criar uma comunicaçã­o que seja operativa e com maior fluidez. Este é um dos desafios que o Porto vai ter nesse projecto que tende a terminar em Julho”

“A simplifica­ção dos processos administra­tivos, a redução do tempo e custos das cargas e descargas das mercadoria­s são as vantagens a obter com a operaciona­lização do JUMA”

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DR Sessão de trabalho entre a Agência Marítima Nacional e a Omi-singapura (à direita), com a Administra­ção do Porto do Lobito
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Rosa Sobrinho
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William Azuh

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