Empresário investe na indústria de produção de farinha de milho
Unidade Tchindjila anuncia produção de 34 toneladas de fuba por dia, com a possibilidade de empregar dezenas de jovens, numa fábrica moderna instalada no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála
O empresáriocipriano Marcial Tchindjila, que detém a unidade companhia Tchindjila, anunciou aojornal deangola investimentos na indústria de moagens de farinha de milho no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála, onde projecta uma produção de 34 toneladas por dia, ao mesmo tempo que a criação de 35 postos de trabalho.
O projecto teve início em 2019, quando o investidor adquiriu máquinas na Turquia, um processo que ficou atrasado devido às restrições adoptadas para conter a pandemia da Covid-19, mas, a primeira fase da montagem da unidade já está avaliada em 90 por cento, estando num período de produção experimental a decorrer sem sobressaltos.
Cipriano Tchindjila informou que os trabalhadores da empresa estão seleccionados e já tiveram uma formação básica, para aprenderem como lidar com o equipamento, bem como adquirirem conhecimentos de manutenção e reparação quando o momento exigir. “Por ser uma fábrica moderna, requer maior cuidado o seu manuseio”, disse.
A segunda fase está reservada à construção de um armazém maior, com sistema automático apropriado de encaminhamento do milho directamente para as máquinas, incluindo operações de higienização e de transformação do grão em fuba.
O empresário do Huambo indicou que a comercialização é assegurada por uma área administrativa para o atendimento público.
“O pleno funcionamento da fábrica apenas está a depender da chegada da energia geral à zona industrial, uma vez que, nesta fase experimental, as operações ocorrem por meio de gerador, o que torna a produção dispendiosa tendo em conta os custos com combustíveis, algo que pode elevar o preço da fuba produzida naquela unidade. "Apesar disso, a nossa aposta passa por baixar o preço da fuba no mercado local”, disse.
Cipriano Tchindjila sublinhou estar a ser solucionado o problema da falta de energia eléctrica na zona, uma vez que adquiriu um Posto de Transformação (PT), anunciando garantias por parte da Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE) para as devidas ligações.
Em relação a água, apesar da zona de localização do empreendimento não beneficiar de qualquer ligação para o fornecimento, a unidade usa o sistema alternativo de furos e manivelas que abastecem em tempo ininterrupto e quantidades suficientes.
Cipriano Tchindjila disse ter concebido o projecto para absorver a maior parte da produção local de milho, depois de ter assinado acordos com produtores das províncias Bié, Huíla e Cuanza-sul, o que faz com que disponha de todas as fontes garantidas para a aquisição da matériaprima e assegure o sucesso da operação.
Para não depender simplesmente da compra do milho, o responsável disse estar a criar um projecto agrícola dedicado à produção de grandes quantidades do cereal para assegurar a produção na unidade fabril.
“De momento, a unidade já adquiriu uma quantidade de milho suficiente para trabalhar durante os primeiros três meses sem parar e não haverá falha da matériaprima”, disse.
Cipriano Tchindjila, notando estarem, também, asseguradas as fontes de fornecimento de sacos de 25 quilos timbrados com logotipo da empresa, para embalagem do produto da fuba.
“A nossa empresa está aberta para todo o tipo de clientes, porque vai produzir farinha de milho branca e amarela em sacos de 25 quilos”, acrescentou.
Antes da criação da fábrica de fuba, o empresário investiu na moageira ligeira em diversos municípios do Huambo, bem como nas províncias do Cuanza-sul, Benguela e Bié, desde o ano de 2007.