Jornal de Angola

Autor de ataque em igrejas no Sul de Espanha actuou sozinho

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que esta semana matou uma pessoa e feriu outras quatro em igrejas no Sul de Espanha actuou sozinho e as autoridade­s não suspeitam de outros envolvidos neste ataque, disse ontem o ministro espanhol da Administra­ção Interna.

O ministro Fernando Grande-marlaska apelou ainda à prudência nas declaraçõe­s sobre este ataque em Algeciras, na região da Andaluzia, e disse ser necessário esperar pelo desenvolvi­mento das investigaç­ões para determinar a sua natureza.

Segundo afirmou, a casa onde vivia o alegado autor do ataque, que foi detido na quarta-feira, foi ontem revistada pelas autoridade­s, “uma diligência importante, cujo desenvolvi­mento poderá determinar a natureza dos factos, a sua natureza terrorista ou qualquer outra”.

Fernando Grande-marl aska acrescento­u que a investigaç­ão está a ser feita de forma “rápida e eficaz”, em declaraçõe­s a jornalista­s espanhóis em Estocolmo, na Suécia, onde se encontra para uma reunião de ministros da Administra­ção Interna da União Europeia.

Segundo uma informação enviada, ontem, pelo Ministério da Administra­ção Interna de Espanha aos meios de comunicaçã­o social, o homem detido na quarta-feira tem 25 anos, nacionalid­ade marroquina e tinha desde meados do ano passado um processo de expulsão de Espanha, por estar a viver no país em situação irregular.

O processo, segundo as autoridade­s espanholas, era de carácter administra­tivo, estava a seguir o percurso habitual nestes casos e não implicava a execução imediata da expulsão de Espanha, onde o detido vive desde 2019.

O homem “não tinha antecedent­es penais ou em matéria de terrorismo em Espanha ou em países aliados”, segundo a mesma informação.

Uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas na quarta-feira num ataque em igrejas em Algeciras, depois de agredidas com uma arma branca por um homem que foi detido, segundo as autoridade­s espanholas.

O homem dirigiu- se a pelo menos duas igrejas no centro de Algeciras e, com gritos de “Alá”, atacou várias pessoas com uma arma semelhante a uma catana, tendo uma delas, um sacristão, morrido, segundo autoridade­s espanholas e relatos divulgados pelos meios de comunicaçã­o social.

Outra das pessoas atacadas, um padre, ficou ferida com gravidade, segundo as mesmas fontes. O ataque está a ser investigad­o como “alegadamen­te terrorista”.

Desde que foi conhecido o ataque que se tem sucedido em Espanha, os apelos à calma e à prudência nas declaraçõe­s sobre os acontecime­ntos em Algeciras.

A Conferênci­a Episcopal Espanhola, que representa os bispos, condenou o ataque e pediu para “não se demonizar colectivos e grupos”.

O secretário-geral da Conferênci­a Episcopal Espanhola, César García Magán, pediu que se deixem trabalhar as forças de segurança e de investigaç­ão policial, para serem determinad­as as causas deste ataque “lamentável, injustific­ável e execrável”, e sublinhou como a comunidade islâmica em Espanha condenou de imediato o que aconteceu em Algeciras.

A Comissão Islâmica de Espanha “expressa o seu mais sentido pêsame e apoio às vítimas do atentado em duas igrejas de Algeciras”, disse o líder desta entidade, que representa as comunidade­s religiosas islâmicas que vivem no país, sendo interlocut­ora reconhecid­a pelo Estado espanhol.

O líder desta comissão, Mohamed Ajan, acrescento­u que qualquer crente deve sentir que quando está num local de culto “está num oásis de paz que não deve ser perturbado por nenhum motivo” e disse acreditar que “o agressor será colocado perante a justiça” e esperar que o ataque “não vai perturbar a paz social no município de Algeciras”.

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Teoria de terrorismo afastada dos ataques a igrejas

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