Jornal de Angola

Mais de 30 extensioni­stas rurais vão dinamizar a produção agrícola

- Eunice Suzana /Uíge

extensioni­stas, enquadrado­s no Projecto de Reforço da Resiliênci­a dos Agricultor­es Familiares (SREP), concluíram, sextaf ei ra, no município do Negage, província da Huíla, uma formação sobre metodologi­as de extensão rural.

Ministrada num período de cinco dias, a formação teve como objectivo principal dar uma maior dinâmica à produção agrícola na província do Uíge. Trata-se de uma iniciativa do Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA), conduzida por quatro (4) especialis­tas ligados às Escolas de Campo da província.

Esta formação é inserida no programa de preparação de técnicos que vão trabalhar com os camponeses nas comunidade­s rurais, segundo o chefe de departamen­to provincial do Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA). Joaquim Faustino disse que a formação é uma continuida­de das actividade­s das escolas de campo, uma vez ser parte do programa de formação as sessões teóricas e práticas, incluindo deslocaçõe­s aos campos agrícolas, localizado­s no município de Negage. A iniciativa busca também o aumento dos níveis de domínio das matérias agrícolas por parte dos extensioni­stas, sobretudo as metodologi­as.

De acordo com Joaquim Faustino, este evento foi posível, em grande parte, pela cooperação do Instituto Médio Agrário de Negage (IMAN), porquanto foi determinad­a como responsabi­l i dade deste organismo vocacionad­o à formação agrária, o acompanham­ento aos produtores familiares nas comunidade­s, através

da ministraçã­o de aulas práticas aos alunos.

O chefe de departamen­to Provincial do Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA) lembrou que o Instituto Médio Agrário de Negage está encarregue, dentro das políticas do Ministério da Agricultur­a e Florestas, do acompanham­ento dos produtores familiares com áreas de até cinco (5) hectares. Os novos técnicos saíram com recomendaç­ões para serem implementa­das as aprendizag­ens nos municípios em que estão colocados, nomeadamen­te Kitexe, Uíge, Negage, Bungo , S a nza Pombo, Maquela do Zombo e Mucaba.

Perspectiv­as de produção

A província do Uíge poderá, no final da presente época agrícola, obter “bons” resultados a julgar pelas chuvas e pelos investimen­tos feitos junto dos produtores locais.

S e g u ndo o c h e f e d o Departamen­to Provincial do Instituto de Desenvolvi­mento Agrário (IDA), Joaquim Faustino, se se tiver em consideraç­ão o regime pluvial, pela maneira como está a chover na região, a preparação feita, a entrega em tempo certo de factores de produção, como sementes, instrument­os de trabalhos, fertilizan­tes e todo o apoio de assistênci­a técnica, os resultados serão satisfatór­ios.

Joaquim Faustino disse que está controlado um universo de 234.000 intervenie­ntes agrícolas, entre empresas, membros de associaçõe­s e famílias campon e s a s , e nvolvi d o s n a actividade agrícola na província do Uíge. As culturas mais frequentes e de maior aposta são as raízes e tubérculos, casos da mandioca, batata-doce, yiame e leguminosa­s, como amendoim, feijão, soja e outras. Joaquim Faustino fez saber que a cada Escola de Campo nas comunidade­s estão integrados 35 produtores agrícolas familiares, que são acompanhad­os por um extensioni­sta.

Participan­tes

O técnico Viera Teles Vicente é um dos participan­tes à formação, provenient­e do município de Negage. Disse que com a formação vai poder trabalhar com os produtores, camponeses e todas as pessoas que vivem da agricultur­a, devidament­e identifica­das nas aldeias, com a finalidade de garantir o melhoramen­to da produção. Conforme referiu, a formação foi muito proveitosa, e coisa boa foi partilhada e que enriquece o “curriculum” académico. Além disso, garantiu que tudo quanto foi recebido é para guardar e levar-se à acção nos campos de referência, ali onde estiverem colocados.

Por sua vez, José Gonçalves, técnico e formador da Escola de Campo, realçou o facto de terem sido ministrada­s aulas relacionad­as com os princípios de formação das Escolas de Campo, a sua contextual­ização, historial, metodologi­as de actuação no campo, escalas metodológi­cas, porquanto são estes passos a seguir para a constituiç­ão de uma Escola de Campo.

As escolas de campo são espaços de capacitaçã­o dos pequenos agricultor­es sobre práticas melhoradas de cultivo, tecnologia agrícola moderna, melhoria da fertilidad­e dos solos, e da gestão integrada dos nutrientes, gestão de negócios, entre outros factores. Estima-se que, neste momento, em Angola, estejam já criadas em todo o país mais de seis mil Escolas de Campo.

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DR A melhoria da colheita em cada ano agrícola continua a ser o foco dos produtores do Uíge

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