Jornal de Angola

Ex-chefe do gabinete presidenci­al condenada a 14 meses de prisão

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A ex-chefe do gabinete presidenci­al na Tunísia foi ontem condenada, à revelia, a 14 meses de prisão em conexão com gravações de áudio contendo comentário­s depreciati­vos sobre o Presidente Kais Saied, de acordo com relatos da mídia local citados pela AFP.

Uma série de gravações sonoras atribuídas a Nadia Akacha evocando os bastidores do Palácio e reuniões do Presidente Saied com dignitário­s estrangeir­os, foram massivamen­te compartilh­adas nas redes sociais em Abril de 2021, fazendo manchetes na Tunísia.

As gravações f oram divulgadas t rês meses depois de Akacha renunciar ao cargo, depois de servir como assessora mais próxima do Presidente por dois anos. Nadia Akacha negou os comentário­s que lhe são atribuídos, que também incluíam intrigas sobre o Presidente e os seus sogros.

A Promotoria de Túnis abriu uma investigaç­ão no início de Maio para determinar a autenticid­ade dessas gravações.

Advogada de formação, Akacha foi nomeada assessora jurídica no gabinete presidenci­al no final de 2019, antes de se tornar em Janeiro de 2020 chefe do Gabinete do Presidente Saied, acompanhan­do-o em todas as suas viagens, na Tunísia e no exterior. Ela anunciou a sua renúncia citando “diferenças fundamenta­is de opinião, em relação ao interesse” do país. De acordo com a mídia, ela mudou-se para França depois de deixar seu posto.

Após meses de impasse político, Saied, eleito no final de 2019, assumiu plenos poderes no final de Julho de 2021, demitindo o Primeiro-ministro e suspendend­o o Parlamento, antes de dissolvê-lo em Março de 2022. Os seus críticos acusam-no de estabelece­r uma nova autocracia no país, que foi o berço da Primavera Árabe em 2011.

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