Sanções limitam luta contra o Estado Islâmico
A falta de fundos causada pelas sanções ocidentais limita a capacidade das autoridades afegãs de lutar contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI, proibido na Rússia), disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Oleg Syromolotov, em entrevista à TASS.
“Apelamos aos líderes do movimento talibã (proibido na Rússia - TASS) para intensificar os esforços para erradicar o terrorismo. A questão foi particularmente discutida durante a recente visita a Cabul do enviado especial do Presidente russo para o Afeganistão, Zamir Kabulov. No entanto, percebemos que o potencial das autoridades afegãs é limitado devido à total falta de fundos causada, em primeiro lugar, pelas restrições financeiras ilegais de Washington e afins”, enfatizou.
De acordo com Syromolotov, embora as actividades do Estado Islâmico tenham “diminuído drasticamente” nos primeiros meses após a chegada do Talibã ao poder em Agosto de 2021, a organização intensificou significativamente as suas actividades no Afeganistão no início de 2022.
“Ataq u e s d e p e r fi l , incluindo um ataque terrorista perto da Embaixada da Rússia, que matou dois dos nossos colegas, ataques a um centro educacional no bairro xiita de Cabul e um hotel onde estavam hospedados principalmente cidadãos chineses, bem como uma explosão perto do prédio do Ministério das Relações Exteriores afegão e como atentado contra a vida do chefe da missão diplomática paquistanesa”, observou o Vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia.
Enfatizando que o Estado Islâmico representa “uma séria ameaça ao Afeganistão e aos países da região”, ou seja, às nações da Ásia Central. “O grupo busca se firmar em solo afegão e desacreditar as actuais autoridades do país, destacando a sua incapacidade de garantir segurança total”, disse Syromolotov. “Acreditamos que Cabul tem vontade suficiente para cumprir as suas obrigações de impedir que a ameaça do terrorismo se espalhe no Afeganistão”, acrescentou.