Reforçada a vigilância nas fronteiras terrestres
de equipamentos de monitorização e controlo em sistemas de vídeo, de sensores e radares ao longo das fronteiras está a elevar a eficácia no acompanhamento do movimento de pessoas e bens, afirmou, ontem, em Benguela, o comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Carlos.
No fim da visita de três dias à província de Benguela, para a abertura do ano de instrução e formação policial 2024-2025, o comissáriogeral disse que o sistema já foi instalado na fronteira da Santa Clara, no Cunene, e é eficaz.
Os primeiros postos de observação electrónica, explicou, foram implantados na fronteira com o Cunene e já permitem, a partir de Luanda, fazer o acompanhamento do movimento migratório.
Arnaldo Carlos anunciou que, além da fronteira do Cunene, vai ser complementado e começa a ser instalado nos próximos tempos no Zaire. O objectivo, esclareceu, é elevar a eficácia no controlo da movimentação de pessoas e viaturas ao longo das fronteiras com a Namíbia e com a RDC.
Segundo o comandantegeral, há duas semanas já se transportaram os equipamentos a serem instalados na fronteira em Cabinda, salientando que são mecanismos que permitem alcançar resultados concretos no terreno em tempo integral.
De acordo com o comissário-geral Arnaldo Carlos, Angola tem uma zona fronteiriça extensa e a garantia de segurança tem sido um desafio constante do Executivo, considerando importante acompanhar as novas dinâmicas na utilização da evolução tecnológica.
“Foi assim que iniciamos com a instalação dos equipamentos de monitoramento e controlo das fronteiras, em sistema de vídeo e de sensores e radares ao longo da fronteira, o que eleva à eficácia das forças no controlo da fronteira”, sustentou o comandante-geral.
Segundo o responsável, são mecanismos de partilha de informações que permitem visionar, a partir de Luanda, todas as vicissitudes em curso ao longo das fronteiras. “O controlo da fronteira é para nós uma preocupação”, afirmou, indicando a complexidade de “vigiar” uma extensão territorial de 1.245.700 quilómetros quadrados.
“Não podemos transmitir às f uturas gerações que Angola hoje tem algo diferente disso. Por isso, incumbimos os efectivos da Polícia de Guarda Fronteira esta responsabilidade, para garantir a integridade do território e a nossa soberania”, sustentou, observando que a instalação dos equipamentos está a permitir optimizar o processo de controlo.
O comandante-geral da Polícia Nacional reprovou atitudes de pessoas que colocam informações de assuntos já tratados, sobretudo casos de assaltos a turistas estrangeiros. As comunicações hoje, esclareceu, são diversas e muitas que se fazem fora do contexto dos meios de comunicação social ordinários procuram triplicar os acontecimentos.
Arnaldo Carlos admitiu que é provável que tenha acontecido uma ou outra situação, mas qualquer delas teve o tratamento adequado ou está a ter, no sentido de os autores serem responsabilizados criminalmente.
Construção de mais esquadras policiais
Segundo o comandante-geral, face ao crescimento demográfico, a realidade tem sido acompanhada com a construção de novas infra-estruturas (esquadras), quer da parte da corporação, quer dos próprios governos provinciais.
De forma particular, destacou o Governo de Benguela, pelo “esforço” empreendido na construção de novas esquadras policiais: “O ganho tem estado a contribuir na acomodação dos efectivos e realização de serviços de f orma digna, quer nas sedes de província, municípios e comunas, para responder às questões de segurança pública”.