Um dos maiores centros piscatórios da África Ocidental da década de 1960
Se até há pouco tempoa zona piscatória do Namibe era a mais importante de Angola, uma vez que representava pelo menos 65% de toda a actividade pesqueira, não admira que durante a época colonial já fosse reconhecida e representativa economicamente na região, altura em que teve o seu grande ímpeto. Porto Alexandre, hoje Tômbwa, na mesma província, tornouse numa cidade industrializada dos derivados do peixe, procurada por muitos pescadores. Chegou a ser, nos anos 1960, um dos maiores centros piscatórios da África Ocidental.
Era tão grande o número de pescarias que se perfilavam ao longo da praia, que já não havia condições para mais. O mar até à Baía dos Tigres era francamente rico em pescado; pensa-se que devido, principalmente, à corrente fria de Benguela e ao facto de não haver redes a montante, os cardumes chegavam ali em abundância tornando Porto Alexandre o lugar ideal para encontrar pescado e viver da pesca.
Tanto que, como não é de estranhar, as indústrias da pesca que mais floresceram no Tômbwa e em todo o distrito de Moçâmedes até 1975 foram a salga e seca (peixe seco e meia cura), a congelação, as farinhas e os óleos de peixe e as conservas, que empregaram dezenas de milhares de operários.
Porto Alexandre não tinha naquela altura porto de desembarque para navios de grande porte e a farinha de peixe que ali se produzia tinha de ser escoada, normalmente, através de Moçâmedes. Era embarcada no porto, para onde i a de camião ou em batelões (rebocados por uma lancha) até acostar ao navio e em seguida içada através do guincho.
Actualmente, a faina de dezenas de barcos no Tômbwa diminuiu até quase nada.