Jornal de Angola

“Galo Negro” perde bastião na Jamba

- Nicolau Vasco | Jamba

A localidade da Jamba, na comuna do Luiana, município do Rivungo e antigo bastião da UNITA, na província do Cuando Cubango, tornou-se, nos últimos tempos, uma das principais praças eleitorais do MPLA, dado o elevado número de militantes que abandonam o partido do “Galo Negro”.

A afirmação é do primeirose­cretário provincial do MPLA, José Martins, durante um acto de massas na localidade da Jamba, que foi marcado com o ingresso nas fileiras do seu partido de 50 ex-militantes da UNITA.

O militante do partido dos “Camaradas” recordou que, até ao ano de 2002, a população da Jamba era 100 por cento da UNITA, mas passados 22 anos, desde a conquista da paz, a situação inverteu-se a favor do MPLA, que está cada vez mais fortificad­o, fruto do ingresso de centenas de militantes, que, anualmente, renunciam ao partido do “Galo Negro”.

Depois de manter contacto com os militantes na Jamba, que aguardavam ouvir a divulgação da agenda política do partido e a preparação do processo de balanço e renovação de mandatos nos comités municipais e comunais, José Martins assegurou que nesta localidade “o MPLA tornou-se o maior partido”.

A maior parte dos desistente­s das extintas FALA, braço armado da UNITA, disse, solicita melhores condições sociais, sobretudo a inserção no Instituto da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA), para beneficiar­em de uma pensão de reforma condigna.

Face ao elevado nível de vulnerabil­idade dos antigos militares daex-fala,josémartin­sdenunciou haverpesso­asnaunitaq­ueagem de má-fé e pedem dinheiro com promessas vãs de inseri-los no Instituto da Caixa Social das FAA.

Por este facto, alertou as pessoas para não se deixarem enganar, porque essa responsabi­lidade é do Estado e não de qualquer partido político.

José Martins fez saber que a comuna do Luiana será elevada à categoria de município, no quadro da implementa­ção da nova Divisão Político-administra­tiva (DPA), que vai contribuir substancia­lmente para o desenvolvi­mento sócio-económico desta localidade, que faz fronteira com a Zâmbia e a Namíbia.

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