Jornal de Angola

Don Kikas celebra 30 anos de carreira com concerto no CCB

“Eterno Jovem” com os showistas e telespecta­dores da TPA revisitam sucessos que marcam gerações dentre eles “Esperança Moribunda” uma radiografi­a social do país

- Analtino Santos e Katiana Silva

O músico Don Kikas celebra hoje, às 21h00, no Centro de Conferênci­as de Belas, em Luanda, 30 anos de carreira com um show há muito aguardado pelos apreciador­es da música angolana. Numa alusão da "sexta-feira dia de boda à nossa maneira", como já cantou Don Kikas no tema de sucesso “Sextafeira”, esta estrela da kizomba faz o seu “Regresso à Base” abrindo a 11ª temporada do Show do Mês, da produtora Nova Energia.

Segundo a organizaçã­o, este espectácul­o foi pensado ao detalhe, ficando os ensaios como tem sido habitual no

estúdio Brasom. Don Kikas será acompanhad­o por Bernardino Makanzo "Benny”, director artístico da Banda Show do Mês, que integra o veterano guitarrist­a Teddy Nsingui, Sankara (solo), Yark Spin ( ritmo), Kappa D (baixo), Jack Nsaka (bateria), Bernas (congas) Omar (percussão ligeira), "Lutuima (ngoma e dikanza) e nos sopros o quarteto Magno, Chinguma, La Trompa e Rigoberto, ficando nos coros Raquel Lisboa e Alexandra Bento.

Esta é a segunda passagem do artista pelo Show do Mês, depois de em 2018, nos dias 1 e 2 de Junho, ter sido convidado na quinta temporada do projecto, quando recordou

os principais sucessos da carreira em concertos realizados no Royal Plaza.

Don Kikas garante que está em prontidão para esta celebração em Angola, no ano que completa meio século de vida e que marca a estreia no mercado literário com uma obra autobiográ­fica na qual narra os 30 anos de carreira. Numa digressão cuja agenda prevê passagem em vários países, Moçambique recebe o concerto c omemorat i vo a 28 de Setembro, e Portugal celebra a 15 de Outubro.

Com uma carreira de sucesso, o artista partilhou que o marco é o dia 1 de Novembro de 1994, quando assinou o contrato discográfi­co que deu origem à edição do seu primeiro álbum, intitulado “Sexy Baby”, lançado em 1995.

“Este álbum foi feito com canções que fiz ainda em Angola e outras já em Portugal. Foi produzido pelo Ciro Cruz e gravado em Lisboa, com músicos como Nanutu, Simons Massini, Nelo Paím e Lura nos coros”, recordou o músico.

Dentre os sucessos, destacou o álbum “Pura Sedução”, o segundo da sua carreira, lançado em 1997. A música que dá título ao á l bum t ornou- s e num sucesso absoluto em todos os Países de Língua Oficial Portuguesa e suas diásporas espalhadas pelo mundo.

“Em Portugal foi o Disco de Prata e a música “Esperança Moribunda" tornou-se num hino na boca do povo e foi eleita Música do Ano pela Rádio Nacional de Angola. Este álbum abriu-me portas para vários novos mercados, t ais como: Cabo Verde, Moçambique, EUA, Holanda, França, Macau, Luxemburgo, Suíça”, sublinhou.

Dentre as figuras que o ajudaram nesta trajectóri­a de sucesso, Don Kikas faz uma vénia póstuma a Caló Barbosa, tecladista do consagrado grupo Tabanka Djazz, da Guiné Bissau, que chegou a conhecer em 1996, em Lisboa. Caló Barbosa, reconheceu Dom Kikas, foi o produtor de vários hits do seu repertório ao longo de décadas, como “Angolaname­nte Sensual”, “Pura Sedução”, Na Lama do Amor”, “Esperança Moribunda” (1 e 2), “Saquirima”, “Patos Fora”, dentre outros não citados pelo artista.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Don Kikas numa sessão de ensaios com instrument­istas jovens e o experiente Teddy Nsingui

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