Jornal de Angola

Liga Árabe quer conferênci­a para paz no Médio Oriente

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A contínua ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza dominou a agenda da Cimeira da Liga Árabe, na capital do Bahrein, Manama, informou ontem, uma fonte árabe, presente no referido conclave. Os líderes do grupo de 22 membros apelaram a uma conferênci­a internacio­nal para a paz no Médio Oriente e ao estabeleci­mento de um Estado palestinia­no independen­te. “A destruição que Gaza está a testemunha­r hoje deixará graves consequênc­ias para as gerações que testemunha­ram a morte e a injustiça, e Gaza precisará de anos para recuperar”, disse o Rei Abdullah II, da Jordânia.

“O que Gaza passou não trará estabilida­de à região ou ao mundo, mas sim mais violência e conflito. Esta guerra deve parar e o mundo deve assumir a sua responsabi­lidade moral e humanitári­a para pôr fim a um conflito que dura há mais de sete décadas", afirmou. A guerra em Gaza eclodiu após o ataque do Hamas ao Sul de Israel, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, a maioria, civis. Estima-se que 35 mil pessoas, maioritari­amente civis, foram mortas na retaliação militar de Israel, e o cerco ao enclave criou uma situação humanitári­a terrível.

No seu discurso na cimeira, o Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, repetiu o seu apelo de longa data a um cessar-fogo humanitári­o em Gaza, à libertação de todos os reféns detidos no enclave e ao acesso desimpedid­o para a entrega de ajuda.

Presidente do Egipto

Abdel-fattah al-sisi, que mediou o conflito, disse na Cimeira que Israel continua a evitar as iniciativa­s para alcançar um cessar-fogo na sua guerra com o Hamas. “Aqueles que pensam que as soluções militares e de segurança são capazes de garantir interesses ou alcançar a segurança [estão] a delirar, acrescento­u.

A declaração final da cimeira apelou também à “protecção das forças de manutenção da paz das Nações Unidas nos território­s ocupados” até que uma solução de dois Estados seja implementa­da.

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