Mais de três mil refugiados saíram do país no ano passado
● Angola registou, no ano passado, a saída de 3 mil e 73 refugiados da República Democrática do Congo (RDC) que optaram por regressar ao seu país de origem com base num acordo assinado entre os dois países.
Angola registou, no ano passado, a saída de três mil e 73 refugiados da República Democrática do Congo (RDC) que optaram por regressar ao seu país de origem com base num acordo assinado entre os dois países. A informação foi avançada ontem pelo secretário de Estado do Interior, José Bamóquina Zau, quando discursava por vídeo-conferência na 71.ª sessão do comité executivo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados, em Genebra, Suíça.
Bamóquina Zau disse que, deste número, 2 mil e 912 retornaram de forma organizada e os restantes 161 saíram espontaneamente.
Apesar desta redução, o secretário de Estado afirmou que Angola acolhe, actualmente, no seu território, 52 mil e 671 estrangeiros de diferentes nacionalidades, oferecendo-lhes protecção e assistência social, registo de crianças nascidas e a concessão de passaportes estrangeiros de refugiados desde o ano 2000. Bamóquina Zau disse ser oportuna a realização deste encontro por conta da pandemia de Covid-19 que assola o mundo com
vista a fortalecer a situação dos refugiados e as capacidades das instituições dos Estados, criando condições legislativas, técnicas e humanas para se encontrarem soluções sustentáveis. O secretário de Estado referiu que a Covid-19 agravou a vulnerabilidade dos refugiados e migrantes, sendo que a crise sanitária exigiu rigor e criatividade dos estados para encontrar o melhor equilíbrio entre a protecção dos direitos dos refugiados e o respeito aos novos padrões de saúde e segurança pública.
Todavia, Bamóquina Zau explicou que Angola tem cumprido o seu papel em parceria com as agências das Nações Unidas acreditadas no país, fornecendo materiais de saúde aos principais centros de acolhimento de refugiados e a construção de vários hospitais de campanha que podem acomodar os pacientes sem distinção de nacionalidade.