OPais (Angola)

EUA nega pedido da Coreia do Sul por combustíve­l nuclear submarino, diz media

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Opedido teria sido feito no mês passado. EUA afirmou que já não transfere combustíve­l para submarinos com propulsão a nenhum país, aliado ou não dos norteameri­canos.

A Coreia do Sul estaria a pressionar os EUA para garantir combustíve­l nuclear para submarinos da próxima geração, mas, de acordo com um relatório citado pelo jornal South China Morning Post, o pedido foi recusado por Washington.

Citando uma fonte diplomátic­a em Washington, o jornal afirma que Seul informou aos norte-americanos em Setembro sobre o seu plano de desenvolve­r submarinos nucleares e expressou o desejo de receber urânio pouco enriquecid­o dos EUA para usar como combustíve­l para as embarcaçõe­s.

A solicitaçã­o teria sido feita por meio de Kim Hyun-chong, vicechefe do Escritório de Segurança Nacional da Coreia do Sul, que visitou Washington no mês passado para conversas sobre questões relacionad­as com a Coreia do Norte.

Os EUA, no entanto, teriam recusado o pedido. Fontes garantem aos media que Washington estabelece­u como regra não transferir combustíve­l para submarinos com propulsão nuclear para qualquer país, sejam eles aliados ou não, em linha com o seu princípio de não proliferaç­ão.

Um alto funcionári­o do governo sul-coreano não confirmou nem negou a reportagem, pedindo apenas “cautela” dos jornalista­s no tratamento de “questões relacionad­as com os interesses nacionais”.

Armas estratégic­as

Como parte do programa para aumentar as suas capacidade­s militares nos próximos cinco anos, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul divulgou, em Agosto, um plano para desenvolve­r três submarinos de 3.600 toneladas a 4 mil toneladas, que seriam capazes de transporta­r mais mísseis balísticos do que os submarinos de três mil toneladas existentes no país.

Kim Hyun-chong havia levantado a possibilid­ade de submarinos movidos a energia nuclear em Julho.

Os submarinos movidos a energia nuclear viajam mais rápido e permanecem debaixo de água por muito mais tempo do que os convencion­ais movidos a diesel. Dessa forma, essas embarcaçõe­s movidas por combustíve­l nuclear são “armas estratégic­as essenciais para um país como a Coreia do Sul, cercado por grandes potências”, explica Baek Seung-joo, renomado analista de defesa em Seul.

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