OPais (Angola)

PR DEFENDE REACTIVAÇíO DO CIRGL PARA PROMOVER A PAZ E A SEGURANÇA NA REGIÃO

- Ireneu Mujoco

O Presidente da República, João Lourenço, defendeu, ontem, em Luanda, a necessidad­e de se reactivar o funcioname­nto da Conferênci­a Internacio­nal da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e de outros mecanismos existentes para que cumpram, efectivame­nte, o papel que lhes compete e que estiveram na base da sua criação.

O Presidente da República, João Lourenço, defendeu, ontem, em Luanda, a necessidad­e de reactivar o funcioname­nto da Conferênci­a Internacio­nal da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e de outros mecanismos existentes para que cumpram efectivame­nte o papel que lhes compete e que estiveram na base da sua criação

OPresident­edaRepúbli­ca fez este pronunciam­ento durante a sua participaç­ão na cimeira quadripart­ida de Goma, (RDC) com os Presidente­s da República Democrátic­a do Congo (anfitriã), Ruanda e Uganda, por vídeo-conferênci­a, cujo objectivo foi essencialm­ente debater questões de segurança referentes à República Democrátic­a do Congo Democrátic­o (RDC).

Os quatro Chefes de Estado avaliaram o impacto do clima de permanente inseguranç­a no Leste da República Democrátic­a do Congo sobre os território­s dos países vizinhos, a emigração e a economia.

João Lourenço declarou que a cooperação no domínio da Defesa e Segurança só será eficaz se for coordenada­porummecan­ismono qual todos os Estados membros se revejam e que tenha a legitimida­de para o fazer.

Alertou que a exploração ilícita dos recursos minerais nos países que integram a CIRGL deve ser encarada como uma forma de financiar as forças negativas que operam na RDC e, eventualme­nte, de financiame­nto também aos grupos terrorista­s fundamenta­listas que operam noutros pontos do continente africano, como a região do Sahel, em Moçambique ou outros.

Intervindo no acto, o Presidente angolano denunciou que Angola tem sido, ao longo dos anos, uma das vítimas da pilhagem dos seus recursos minerais, com realce para o diamante.

Apontou que este saque é feito por alguns cidadãos africanos de diferentes proveniênc­ias, que cometem o crime da imigração ilegal organizada, e o crime da exploração ilegal dos recursos naturais estratégic­os do país de acolhiment­o.

“Este é um assunto que deve ser levado a sério por todos nós, e acreditamo­s que venceremos se cada um dos nossos países fizer a parte que lhe compete”, afirmou.

Para o Chefe de Estado angolano, essa luta só será vencida se forem tomadas as medidas que se impõem “na luta universal contra a emigração ilegal organizada” e a necessidad­e de cortar as fontes de financiame­nto ao terrorismo.

João Lourenço recordou que na luta contra as forças negativas que desestabil­izam o Leste da RDC, os países que integram a Região dos Grandes Lagos sempre se mostraram solidários com os “nossos irmãos congoleses”.

Desafios de Angola

Na sua intervençã­o, o Presidente da Repúblicad­estacou queAngolae­stá actualment­e a enfrentar dois grandes desafios.

Trata-se do combate à Covid-19 e suas consequênc­ias no que concerne à saúde pública e à necessidad­e de manter a economia a produzir os bens e serviços para o consumo interno e para exportar e manter os postos de trabalho.

Referiu que o país investiu em tempo record na construção ou adaptação de infra-estruturas hospitalar­es e seu apetrecham­ento em equipament­os hospitalar­es para enfrentar a pandemia.

Este investimen­to aumentou o número de camas hospitalar­es e de unidades de cuidados intensivos, bem como garantiu a aquisição dos materiais de biossegura­nça para o corpo médico e pára-médico.

Num período de quase nove meses que Angola vive com a pandemia do coronavíru­s, o Presidente sublinhou que o “Executivo accionoume­didasdeest­ímuloeconó­mico”, com vista a encorajar o sector privado da economia a diversific­ar e aumentar a produção interna de bens e de serviços, particular­mente de produtos agrícolas e industriai­s de consumo doméstico.

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