Paternalismos
PÁG. 16 Projecto “Conversas Acústicas” estreia com Yola Semedo no Espaço Luanda.
CARTAZ.
PÁG. 18 Primeira fase de exploração da bacia do Namibe custa USD 50 milhões
Quando se deu início ao combate à corrupção em Angola, poucos acreditavam que se fosse levar a julgamento alguma personalidade que, até então, gozavam de privilégios e poderes políticos e militares na época do Presidente José Eduardo dos Santos.
Ao anunciar durante uma intervenção no seio do seu partido, o Presidente João Lourenço dizia que o combate seria feito nem que os primeiros a caírem fossem integrantes do próprio MPLA. Ainda assim, houve quem pensasse num bluff, mas o tempo encarregou-se de mostrar que se tratava de uma luta sem paixões nem proteccionismos.
Ex-ministros, oficiais generais, empresários e diversas personalidades foram chamadas para justificarem a origem das suas fortunas e os negócios poucos transparentes que terão lesado sobremaneira o Estado.
Esta semana, através de canais internacionais, determinadas organizações não-governamentais vieram pressionar na tecla de que é necessário que Angola passasse da retórica à prática.
Imbuídos do mesmo espírito paternalista, continua a pairar no ar de alguns destes sectores internacionais a ideia de que são as únicas detentoras da verdade, por isso devem ditar as regras do jogo. Não! São as autoridades judiciárias angolanas que vão gerir os processos consoante as evidências que forem surgindo no decorrer das investigações.