Jovens abordam em documentário a “Arte na Educação para Cidadania e Direitos Humanos”
o seu suplemento diário de lazer e cultura
Trata-se de um documentário de curta-metragem, com 30 minutos de duração, sob a chancela da equipa cinematográfica “Vosi Yetu”, que retrata sobre fundamentos de cidadania e direitos humanos através da educação artística, nomeadamente: música, artes plásticas, dança, teatro, literatura, entre outras, nas suas múltiplas dimensões: cognitivas, sociais, políticas, afectivas, éticas e estéticas.
Ainda sem data e local para sua exibição pública, a produção garante que o mesmo está concluído sendo que o trailer já se encontra disponível em plataformas digitais. Entre outros assuntos, encara a educação como uma ferramenta privilegiada a favor do conhecimento no cidadão para a percepção dos direitos que asseguram a igualdade, com respeito pelas diferenças humanas, culturais, religiosas, raciais e ideológicas pessoais.
“Direito à liberdade, à saúde, à educação, ao trabalho em condições justas, à protecção dos direitos hipos-suficientes e outras questões que respeitam o cidadão são bases que norteiam a abordagem do documentário na perspectiva cultural da nossa sociedade”, lê-se numa nota de imprensa da produção “Vosi Yetu”.
Na mesma nota, lê-se ainda que, este documentário oferece uma oportunidade para exploração espiritual e intelectual de quem somos humanamente, e como a linguagem denotativa permite a percepção sobre o poder das artes, na construção da personalidade para a crítica em relação a cidadania e direitos humanos.
Elenco
Integrado maioritariamente por jovens, participaram do documentário Marcos Jinguba (produtor cultural e curador), Fineza Teta (Artista plástica), Filipe Vidal, (historiador e antropólogo), Solange Feijó (actriz e jornalista), Cabuenha Janguinda (mestre de artes marciais-Capoeira) e Yola Balanga (artista plástica e performancer), que analisaram a realidade dos angolanos e o papel pedagógico das artes.
Saliente-se que, o documentário foi gravado em plena época da pandemia de Covid-19, na fase de Estado de Emergência com uma equipa bastante reduzida e com algumas execuções à distância, sendo escrito e realizado pelo produtor audiovisual, Moisés Panzu Zuane.
A produtora
“Vosi Yetu” deriva da da língua nacional Umbundu que significa “Todos Nós”, e é um projecto que tem como o objectivo a inserção, educação, promoção e celebração dos Direitos Humanos através da Arte.
O objectivo é tirar a cultura da sua poltrona sem desprimor da mesma (galerias, salas de espectáculos, teatro e anfiteatros, espaços fechados) e levála até àqueles que dificilmente têm acesso a ela, sempre no escopo da promoção dos direitos fundamentais.
O projecto está em curso desde Fevereiro nas províncias de Benguela (Eduardo Ngumbe), Huambo (Tavares Chimbili), Huíla (Mwene Vunongue), Cuanza-Sul (Araújo Manjor) e Luanda (Hélder Faradai), na incursão de inúmeras actividades que visam estimular de forma informativa e crítica, a construção do indivíduo dentro da sociedade.
“Devido ao Estado de Emergência (EE), infelizmente a maior parte das actividades concernentes ao projecto, foram interrompidas no segundo mês do seu arranque, assim como outras que progressivamente foram suspensas, para que o projecto não ande desalinhado, à nível da sua linha temporal”, aclara a produtora.