“Gastronomia angolana” à mesa do programa Conversa à Sombra da Mulemba
Agastronomia angolana é tema em discussão, no programa radiofónico “Conversa à Sombra da Mulemba”, na Rádio Mais, 99.1 FM, a partir das 14 horas, de Domingo 11, e vai juntar no painel sob moderação do jornalista Raimundo Salva
Sob a chancela da Cátedra de Língua Portuguesa da Universidade Católica de Angola, encerra hoje o I Fórum de Língua Portuguesa, que teve a duração de dois dias, cujas reuniões ocorreram virtualmente através da plataforma Zoom. Entretanto, a organização conta com um posto de acompanhamento presencial dos trabalhos no Edifício de Extensão Universitária, localizado no 1.º de Maio, em Luanuma dor, os profissionais do sector Helt Araújo e Elizabeth Martins.
De acordo com o moderador, a abordagem estará à volta com profissionais jovens e talentosos, que têm vindo a recriar a cozinha angolana. Por essa razão, questões em relação ao impacto da crise económica na restauração, perceber até da. Para o segundo e último dia, o fórum vai abordar no 4º painel o tema “Os sistemas de escrita das línguas bantu e da Língua Portuguesa: convergências e divergências”. O subtema “As línguas bantu de Angola também se escrevem: suas especificidades com/ em relação à língua portuguesa” foi ministrado por Peres Sasuku, da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto.
Na sua comunicação, o académico considera que Angola do ponto de vista linguístico e da opinião dos investigadores da área de ciências humanas e sociais, é um país plurilingue e multicultural. A pluralidade linguística justifica-se pelo facto de nele existirem variadas línguas de origem geneticamente diferente.Já no tema Princípios de integração ortográfica de empréstimos lexicais das línguas bantu de Angola no Português – Uma Perspectiva do Contacto Linguístico”, esteve à cargo do professor Anfonso Miguel do ISCED, Luanda.
A sua comunicação inseriu-se que ponto os hábitos alimentares estimulam o florescimento em Angola de doenças como a diabetes e a hipertensão, e ainda o ponto de vista sobre uma alimentação saudável, saborosa e de baixo custo em Angola. Será possível?
Há três anos com um prato inspirado na culinária tradicional angolana, ganhou um prestigiado concurso internacional na Itália. Helt Araújo é uma das marcas do movimento de inovação da cozinha de Angola.
Por sua vez, Elizabeth Martins seduz o público pela forma criativa como aborda a culinária no espaço televisivo “Entre Tachos” no canal televisivo ZAP Viva. Produtos da terra, como a própria define, no 3º painel do FoLP1 e teve como objectivo propor alguns princípios de integração de tais unidades lexicais no sistema ortográfico do português. Daí que a presença de empréstimos bantu no português é resultado do contacto entre esta língua e as línguas nacionais, mas a integração ortográfica deste tipo de palavras constitui uma questão complexa e divergente.
São ainda temas de discussão, “Glotopolítica e ensino bilingue em Angola: subsídios para estão quase sempre presentes nas suas propostas, independentemente da origem do prato.
De referir que, a última edição do programa abordou a problemática as “Tecnologias de Informação e Comunicação no ensino, cultura e nos negócios”, tendo sido o convidado, Ribeiro Tenguna, formado em Engenharia de Computação, que pertence à elite de jovens empreendedores digitais angolanos.
O programa
Idealizado por Raimundo Salvador e Drummond Jaime, “Conversa à Sombra da Mulemba” é um espaço temático de pendor cultural, que amiúde inclui temas económicos, empresariais, para ser mais específico, e sociais. Diferente dos debates radiofónicos transmitidos aos Sábados, o seu formato estimula conversas descontraídas, intercalando com música normalmente associada ao tema, assente numa estratégia de assuntos diferenciados e com uma perspectiva inclusiva.
“Isto significa que num dia podemos ter como tema o historial do Caminho-de-Ferro de Luanda, na edição seguinte a influência da Igreja Tocoísta na música popular angolana; e depois o papel das grandes superfícies no fomento da produção agrícola, ou a história dos grupos carnavalescos do distrito do Sambizanga. Diversidade e inovação contínua são a marca do programa”, explica Raimundo Salvador.
A abordagem estará à volta com profissionais jovens e talentosos, que têm vido a recriar a cozinha angolana
política linguística consequente” e “A língua portuguesa em Angola. Factor de coesão social: glotofágica e bantuófona entre falantes lusófilos e lusófobos”.
Igualmente foram assuntos de debate “Moçambique: O Papel das Línguas, a Educação e o Processo da Descentralização” e ainda O Ensino das Línguas e a Institucionalização do Poder Local em Angola: perspectivas, desafios e oportunidades”.