Primeira fase de exploração da bacia do Namibe custa USD 50 milhões
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) celebrou, ontem, três Contratos de Serviços com Risco com a ExxonMobil e a Sonangol P&P, de modo a aumentarem a área de exploração na zona marítima. Numa primeira etapa, serão investidos USD 50 milhões e o processo irá decorrer num período de três anos
OMinistro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, enalteceu o trabalho desenvolvido pelo Executivo para reformular o sector petrolífero, que deu origem à separação concessionária culminando com a concepção da Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombustíveis, reforçando o compromisso do Executivo no crescimento da economia nacional e a manutenção de Angola como um destino de excelência para os investidores.
“A estratégia contempla ainda o estudo de novas bacias e novas áreas, bem como a zona marítima e terrestre da bacia do Namibe.
Os Blocos de águas profundas 30, 44 e 45 estão localizados entre 50 e 100 quilómetros da costa angolana, numa lâmina de água, que varia entre 1.500 e mais de 3.000 metros de profundidade.
Em mais de 17.800 quilómetros quadrados, a exploração da nova bacia do Namibe vai permitir o relançamento da exploração petrolífera em Angola, o aumento do conhecimento geológico, a substituição de reservas e aumento da produção petrolífera, criação de novos postos de trabalho, fornecimentos de bens e serviços, a integração de mão-de-obra angolana e o aumento de benefícios financeiros para o país. “A assinatura com uma das maiores operadoras nacionais vai aumentar a exploração e materializar o nosso compromisso para a manutenção da produção petrolífera em Angola, bem como a sustentabilidade económica do nosso país”, explicou.
Segundo o dirigente, os trabalhos de exploração da nova bacia já tiveram início no princípio do ano e a expectativa é que se reduza o tempo necessário para chegar ao poço. A primeira fase de exploração vai contar com um investimento de 50 milhões de USD.
“Os contratos assinados entre a Concessionária Nacional, a ExxonMobil e a Sonangol P&P vão permitir identificar o potencial de recursos de hidrocarbonetos existentes na Bacia do Namibe, actividade até agora circunscrita às Bacias do Congo e do Kwanza”, disse.
O Presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, ressaltou que as vantagens inerentes à presença da ExxonMobil na Bacia do Namibe vão permitir aprofundar o conhecimento geológico, bem como explorar o potencial de hidrocarbonetos ali existente.
“O sucesso do trabalho realizado no país pelos operadores internacionais é um factor de extrema importância para o desenvolvimento e credibilização do sector petrolífero angolano”, admitiu.
Por sua vez, o director-geral da ExxonMobil em Angola, Andre Kostelnik, disse que pretende trabalhar com o governo angolano e com a ANPG, de modo a identificar as áreas de recursos, aplicando tecnologia de ponta. “Estas novas concessões surgem na sequência da longa história de sucesso das nossas actividades de exploração e de produção em Angola.
Lembrar que a ExxonMobil é o operador dos Blocos 30, 44 e 45, com uma participação associativa de 60%, detendo a Sonangol Pesquisa e Produção, S.A. (Sonangol P&P) uma participação associativa de 40%.
Sebastião Gaspar Martins, Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, considerou revelante a extensão das actividades de prospecção e exploração para uma área até agora inexplorada em Angola, mas que poderá aumentar a produção de hidrocarbonetos a nível nacional.
“Podermos participar neste desafiante projecto, entusiasma-nos e lança-nos desafios relativamente aos quais estaremos seguramente à altura”, disse.
“Os contratos assinados entre a Concessionária Nacional, a ExxonMobil e a Sonangol P&P vão permitir identificar o potencial de recursos de hidrocarbonetos existentes na Bacia do Namibe”