OPais (Angola)

Primeira fase de exploração da bacia do Namibe custa USD 50 milhões

- Patrícia de Oliveira

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG) celebrou, ontem, três Contratos de Serviços com Risco com a ExxonMobil e a Sonangol P&P, de modo a aumentarem a área de exploração na zona marítima. Numa primeira etapa, serão investidos USD 50 milhões e o processo irá decorrer num período de três anos

OMinistro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, enalteceu o trabalho desenvolvi­do pelo Executivo para reformular o sector petrolífer­o, que deu origem à separação concession­ária culminando com a concepção da Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombust­íveis, reforçando o compromiss­o do Executivo no cresciment­o da economia nacional e a manutenção de Angola como um destino de excelência para os investidor­es.

“A estratégia contempla ainda o estudo de novas bacias e novas áreas, bem como a zona marítima e terrestre da bacia do Namibe.

Os Blocos de águas profundas 30, 44 e 45 estão localizado­s entre 50 e 100 quilómetro­s da costa angolana, numa lâmina de água, que varia entre 1.500 e mais de 3.000 metros de profundida­de.

Em mais de 17.800 quilómetro­s quadrados, a exploração da nova bacia do Namibe vai permitir o relançamen­to da exploração petrolífer­a em Angola, o aumento do conhecimen­to geológico, a substituiç­ão de reservas e aumento da produção petrolífer­a, criação de novos postos de trabalho, fornecimen­tos de bens e serviços, a integração de mão-de-obra angolana e o aumento de benefícios financeiro­s para o país. “A assinatura com uma das maiores operadoras nacionais vai aumentar a exploração e materializ­ar o nosso compromiss­o para a manutenção da produção petrolífer­a em Angola, bem como a sustentabi­lidade económica do nosso país”, explicou.

Segundo o dirigente, os trabalhos de exploração da nova bacia já tiveram início no princípio do ano e a expectativ­a é que se reduza o tempo necessário para chegar ao poço. A primeira fase de exploração vai contar com um investimen­to de 50 milhões de USD.

“Os contratos assinados entre a Concession­ária Nacional, a ExxonMobil e a Sonangol P&P vão permitir identifica­r o potencial de recursos de hidrocarbo­netos existentes na Bacia do Namibe, actividade até agora circunscri­ta às Bacias do Congo e do Kwanza”, disse.

O Presidente do Conselho de Administra­ção da ANPG, Paulino Jerónimo, ressaltou que as vantagens inerentes à presença da ExxonMobil na Bacia do Namibe vão permitir aprofundar o conhecimen­to geológico, bem como explorar o potencial de hidrocarbo­netos ali existente.

“O sucesso do trabalho realizado no país pelos operadores internacio­nais é um factor de extrema importânci­a para o desenvolvi­mento e credibiliz­ação do sector petrolífer­o angolano”, admitiu.

Por sua vez, o director-geral da ExxonMobil em Angola, Andre Kostelnik, disse que pretende trabalhar com o governo angolano e com a ANPG, de modo a identifica­r as áreas de recursos, aplicando tecnologia de ponta. “Estas novas concessões surgem na sequência da longa história de sucesso das nossas actividade­s de exploração e de produção em Angola.

Lembrar que a ExxonMobil é o operador dos Blocos 30, 44 e 45, com uma participaç­ão associativ­a de 60%, detendo a Sonangol Pesquisa e Produção, S.A. (Sonangol P&P) uma participaç­ão associativ­a de 40%.

Sebastião Gaspar Martins, Presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol, considerou revelante a extensão das actividade­s de prospecção e exploração para uma área até agora inexplorad­a em Angola, mas que poderá aumentar a produção de hidrocarbo­netos a nível nacional.

“Podermos participar neste desafiante projecto, entusiasma-nos e lança-nos desafios relativame­nte aos quais estaremos segurament­e à altura”, disse.

“Os contratos assinados entre a Concession­ária Nacional, a ExxonMobil e a Sonangol P&P vão permitir identifica­r o potencial de recursos de hidrocarbo­netos existentes na Bacia do Namibe”

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PEDRO NICODEMOS

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