Governo e SINPROF divergem sobre condições nas escolas de Benguela
l O governador provincial de Benguela, Rui Falcão, garante ter criado as condições possíveis nas escolas, tendo em conta os recursos financeiros de que dispunha aquando do reinício das aulas. Contudo, está esperançado de que haverá algum reforço orçamental por parte das estruturas centrais. Por sua vez, o SINPROF fala em falta de condições em 70% das escolas na província.
O governador provincial de Benguela, Rui Falcão, garante ter criado as condições possíveis nas escolas, tendo em conta os recursos financeiros de que dispunha aquando do reinício das aulas. Contudo, está esperançado de que haverá algum reforço orçamental por parte das estruturas centrais. Por sua vez, o SINPROF fala em falta de condições em 70% das escolas na província
Rui Falcão foi, ontem, constatar as condições de biossegurança criadas em algumas das escolas públicas e privadas do ensino primário de Benguela, cujo reinício das aulas está previsto para o dia 26 do corrente mês, e ao ISCED local.
A visita acontece um dia depois de o governante ter feito o mesmo exercício nas escolas do casco urbano de Benguela, onde lhe foi apresentado o quadro de asseguramento de condições para professores e alunos. Na primeira digressão, Rui Falcão esteve na escola Luís Gomes Sambo e no Instituto Médio Industrial, ambos localizados no município sede.
Em declarações à imprensa, depois de ter visitado algumas escolas públicas, Rui Falcão afirmou que, por aquilo que são as condições da província, há, em certa medida, garantias para se poder, “com alguma tranquilidade”, continuar o processo de ensino, embora reconheça
Estamos à espera que outras decisões sejam tomadas para que possamos fazer mais e melhor” haver necessidade de se continuar a trabalhar para o “ensino primário. Há todas as condições para que se faça a higienização dos alunos”.
O governante esclareceu que a criação de mais condições em estabelecimentos de ensino está dependente de recursos financeiros e espera por algum reforço neste sentido. “Estamos à espera que outras decisões sejam tomadas para que possamos fazer mais e melhor”, disse.
Em relação a pais e encarregados de educação que receiam mandar os seus educandos às escolas, Rui Falcão considera ser consensual que esta fase está ultrapassada. Justificou, porém, haver necessidade imperiosa de fazer “o país a andar, respeitando todas as regras possíveis, no sentido de continuarmos a crescer. O país não pode continuar estagnado”.
Segundo apurou OPAÍS, dois cenários marcam alguns estabelecimentos de ensino. Por um lado, a adesão a algumas escolas satisfaz determinados directores, por outro, há estabelecimentos de ensino para onde pais e encarregados de educação se recusam a mandar os seus educandos.
Nestes casos, alegam falta de condições de biossegurança, associando a isto está o facto de os números de Covid-19 em Benguela estarem a subir vertiginosamente. Nas últimas 24 horas, foram registados mais 23 novos casos de Covid-19.