OPais (Angola)

Governo e SINPROF divergem sobre condições nas escolas de Benguela

- Constantin­o Eduardo, em Benguela

l O governador provincial de Benguela, Rui Falcão, garante ter criado as condições possíveis nas escolas, tendo em conta os recursos financeiro­s de que dispunha aquando do reinício das aulas. Contudo, está esperançad­o de que haverá algum reforço orçamental por parte das estruturas centrais. Por sua vez, o SINPROF fala em falta de condições em 70% das escolas na província.

O governador provincial de Benguela, Rui Falcão, garante ter criado as condições possíveis nas escolas, tendo em conta os recursos financeiro­s de que dispunha aquando do reinício das aulas. Contudo, está esperançad­o de que haverá algum reforço orçamental por parte das estruturas centrais. Por sua vez, o SINPROF fala em falta de condições em 70% das escolas na província

Rui Falcão foi, ontem, constatar as condições de biossegura­nça criadas em algumas das escolas públicas e privadas do ensino primário de Benguela, cujo reinício das aulas está previsto para o dia 26 do corrente mês, e ao ISCED local.

A visita acontece um dia depois de o governante ter feito o mesmo exercício nas escolas do casco urbano de Benguela, onde lhe foi apresentad­o o quadro de assegurame­nto de condições para professore­s e alunos. Na primeira digressão, Rui Falcão esteve na escola Luís Gomes Sambo e no Instituto Médio Industrial, ambos localizado­s no município sede.

Em declaraçõe­s à imprensa, depois de ter visitado algumas escolas públicas, Rui Falcão afirmou que, por aquilo que são as condições da província, há, em certa medida, garantias para se poder, “com alguma tranquilid­ade”, continuar o processo de ensino, embora reconheça

Estamos à espera que outras decisões sejam tomadas para que possamos fazer mais e melhor” haver necessidad­e de se continuar a trabalhar para o “ensino primário. Há todas as condições para que se faça a higienizaç­ão dos alunos”.

O governante esclareceu que a criação de mais condições em estabeleci­mentos de ensino está dependente de recursos financeiro­s e espera por algum reforço neste sentido. “Estamos à espera que outras decisões sejam tomadas para que possamos fazer mais e melhor”, disse.

Em relação a pais e encarregad­os de educação que receiam mandar os seus educandos às escolas, Rui Falcão considera ser consensual que esta fase está ultrapassa­da. Justificou, porém, haver necessidad­e imperiosa de fazer “o país a andar, respeitand­o todas as regras possíveis, no sentido de continuarm­os a crescer. O país não pode continuar estagnado”.

Segundo apurou OPAÍS, dois cenários marcam alguns estabeleci­mentos de ensino. Por um lado, a adesão a algumas escolas satisfaz determinad­os directores, por outro, há estabeleci­mentos de ensino para onde pais e encarregad­os de educação se recusam a mandar os seus educandos.

Nestes casos, alegam falta de condições de biossegura­nça, associando a isto está o facto de os números de Covid-19 em Benguela estarem a subir vertiginos­amente. Nas últimas 24 horas, foram registados mais 23 novos casos de Covid-19.

 ??  ??
 ?? CEDIDA ??
CEDIDA

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola