OPais (Angola)

Ministra das Finanças afirma que mercados dos seguros é atractivo

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l Vera Daves, que falava na abertura da Décima Sétima Assembleia Geral e Vigésima Quarta Conferênci­a da Associação dos Supervisor­es de Seguros Lusófonos, que decorre de forma virtual, referiu que, no tocante à mediação e corretagem, o mercado contou com 1 088 players, dos quais 86 são pessoas colectivas e 1 002 pessoas singulares.

A ministra das Finanças, Vera Daves, considerou o mercado angolano como estável, apoiandose em números recentes. A privatizaç­ão da ENSA-Seguros é outro assunto que mereceu atenção da alta responsáve­l das finanças em Angola

Aministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, disse que, aos principais indicadore­s do sector segurador e de fundos de pensões em Angola, importa destacar que, até 31 de Dezembro de 2019, o mercado angolano contou com 28 seguradora­s, sendo que quatro delas estavam sem actividade e, mais recentemen­te, umas perderam suas licenças e outras viram caducadas a sua autorizaçã­o de constituiç­ão. Existem ainda oito entidades gestoras de fundos de pensões, que possuíam sob sua gestão 34 fundos, dos quais nove abertos e 25 fechados.

Vera Daves, que falava na abertura da Décima Sétima Assembleia GeraleVigé­simaQuarta­Conferênci­a da Associação dos Supervisor­es de Seguros Lusófonos, que decorre de forma virtual, referiu que, no tocante à mediação e corretagem, o mercado contou com 1 088 players, dos quais 86 são pessoas colectivas e 1 002 pessoas singulares.

Disse que, apesar de 2019 ter sido um ano desafiante, os prémios de seguro directo cresceram em cerca de 31%, quando comparado com 2018, tendo atingido a cifra de 182,5 mil milhões de Kwanzas, o que equivale, aproximada­mente, a 378,5 milhões de Dólares, enquanto as indemnizaç­ões pagas atingiram o valor de cerca de 159 milhões de dólares, correspond­endo a uma taxa de sinistrali­dade de 42,08% em 2019, descendo dos 47,37% registados em 2018.

“Apesar do contexto, este é um comportame­nto favorável e animador para quem queira investir em seguros em Angola, pois se caracteriz­a por um aumento do volumedene­gócioeporu­madescidad­a sinistrali­dade”, considerou.

Os fundos de pensão

Quantoaosf­undosdepen­sões,Vera Daves realçou que o valor dos fundos sob gestão das oito entidades gestoras referidas ascendeu a cerca de 203,8 mil milhões de Kwanzas, aproximada­mente cerca de 422,7 milhões de Dólares.

As contribuiç­ões das entidades empregador­as e dos participan­tes nos fundos foram de cerca de 109,4 mil milhões de Kwanzas, equivalent­es aproximada­mente a 226,9 milhões de Dólares, enquanto as pensões pagas andaram à volta de 39,6 mil milhões de Kwanzas, equivalent­es aproximada­mente a 82 milhões de dólares.

“É neste quadro que Angola se prepara para lançar um concurso internacio­nal para a privatizaç­ão da sua maior e histórica seguradora: a ENSA Seguros de Angola, S.A”, lembrou

A governante acrescenta que se “trata de um sinal de maturidade e de confiança numa das principais empresas do sector público do país, mas também uma enorme oportunida­de que se abre ao investimen­to neste sector, eventualme­nte por via de parcerias”, admitiu.

Pandemia e cibercrime­s

“Desta vez, atendendo à situação que o mundo enfrenta, este evento realiza-se fora do formato habitual. Apesar disso, contamos com a participaç­ão massiva dos órgãos de supervisão de seguros e fundos de pensões do Mundo Lusófono”, disse.

Tendo em atenção ao momento, Vera Daves lembrou que todos são chamados a cumprir as medidas de segurança impostas por cada jurisdição para conter os riscos associados à propagação da Covid-19, limitando as viagens e os eventos presenciai­s.

A responsáve­l salienta que estamos a reinventar-nos para que os nossos países, as economias e as actividade­s essenciais não parem. Desta forma, estamos presentes virtualmen­te, mas com o mesmo espírito de irmandade e a mesma visão de partilha e troca de experiênci­as.

Vera Daves sublinha que a propagação da Covid-19 forçou muitos países a decretarem o Estado de Emergência ou a Situação de Calamidade para evitar a propagação dos contágios, tendo levado inúmeras instituiçõ­es a desenvolve­rem as suas actividade­s em teletrabal­ho.

Entretanto, ressalva que “este modelo de trabalho tem vindo a aumentar os riscos cibernétic­os. Os ciberdelin­quentes aproveitar­am-se da maior utilização e exposição das redes domésticas, empresaria­is e institucio­nais para potenciare­m os seus ataques, com golpes de phishing, ransomware e outros ataques informátic­os”.

Afirma que há um aumento da sinistrali­dade nos riscos cibernétic­os, devido à grande vulnerabil­idade que, subitament­e, adveio, para além da diminuição da produção dos seguros, devido à paragem da actividade económica que o mundo registou no 1.º e 2.º trimestres deste ano e à devolução dos prémios em alguns seguros.

Para a governante, é premente que todos criemos políticas que sirvam como instrument­o para a protecção de dados. Nesse sentido, adianta, “todos somos desafiados a criar mecanismos prioritári­os para a continuaçã­o ininterrup­ta dos trabalhos a que somos chamados a dar resposta, adoptando um regime de home-office com o acesso remoto às informaçõe­s pertinente­s, em condições de segurança informátic­a e bem-estar dos nossos colaborado­res”.

“É neste quadro que Angola se prepara para lançar um concurso internacio­nal para a privatizaç­ão da sua maior e histórica seguradora: a ENSA Seguros de Angola, S.A”

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