Detido funcionário do BCI por branqueamento de capitais e falsificação de documentos
l O Serviço de Investigação Criminal (SIC) na província da Huíla deteve, na última Sexta-feira, um funcionário do Banco de Comércio e Indústria (BCI), localizado no centro da cidade do Lubango, acusado dos crimes de branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) na província da Huíla deteve, na última Sexta-feira, um funcionário do Banco de Comércio e Indústria (BCI), localizado no centro da cidade do Lubango, acusado dos crimes de branqueamento de capitais e falsificação de documentos
Adetenção de Isaac Agostinho, de 54 anos de idade, ocorre na sequência de uma denúncia feita pela Administração Municipal do Lubango, na qualidade de titular de uma conta, da qual o funcionário do BCI era gestor.
Segundo o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal, Sebastião André Vika, a referida conta da Administração Municipal servia para o depósito de todas as arrecadações monetárias, fruto dos vários serviços pagos pelos cidadãos do Lubango.
Os danos causados à Administração Municipal do Lubango estão avaliados em perto de 2.000.000,00 (dois milhões de Kwanzas), em actos praticados pelo acusado no período de Janeiro a Agosto de 2020.
O nosso interlocutor disse, por outro lado, que durante a detenção deste funcionário do Banco de Comércio Indústria (BCI) foram igualmente apreendidos mais de 1000 comprovativos de depósitos falsos.
“Depois de algumas diligências realizadas até às primeiras horas do dia de ontem (Terça-feira) para proceder à apreensão de outros elementos probatórios para serem juntos aos autos, foram encontrados cerca de 160 comprovativos falsos. Do ponto de vista da análise criminal, este número de comprovativos remete-nos à existência de um valor monetário que vai além dos 2.000.000,00 Kz”, disse.
Sebastião André Vika informou ainda que o funcionário Isaac Agostinho é acusado dos crimes de branqueamento de capitais, falsificação de capitais e abuso de confiança, em que foi lesada a Administração do Lubango. Foi apresentado na Segunda-feira (11) ao Ministério Público, que o aplicou a medida de coação mais gravosa traduzida em prisão preventiva.
Funcionários da Administração podem estar envolvidos
Sem revelar mais dados, o portavoz do Serviço de Investigação Criminal, Sebastião André Vika, disse que o cidadão que já se encontra internado na principal unidade penitenciária do Lubango desviava dinheiro que seria depositado na conta da Administração Municipal.
“A Administração Municipal do Lubango tem estado a depositar neste Banco valores arrecadados nos mercados informais e outros similares. Este cidadão era o gestor da conta, porém, a dada altura, o mesmo dava destino indevido, ou seja, ele emitia comprovativos falsos de depósito”, detalhou.
Sebastião André Vika revelou que as investigações ainda prosseguem, uma vez que todo o processo de depósito pressupõe a existência de mais de uma pessoa para se efectivar, abrindo hipóteses para o envolvimento de funcionários da própria Administração Municipal do Lubango
“Há uma série de acções que se vão desencadear, sobretudo para se determinar o valor real desfalcado desta entidade pública e também apurar se há, ou não, o envolvimento de outros implicados e se há também auxílio de funcionários da Administração Municipal do Lubango”, garantiu.
Os danos causados à Administração Municipal do Lubango estão avaliados em perto de 2.000.000,00 (dois milhões de Kwanzas), em actos praticados pelo acusado no período de Janeiro a Agosto de 2020