OPais (Angola)

Proposta de Lei do Voluntaria­do promove coesão social com enfoque nas políticas públicas

O diploma que orienta o funcioname­nto do voluntaria­do no país será discutido amanhã, em sessão plenária, na Assembleia Nacional, seguido da aprovação na generalida­de

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Aproposta de Lei do Voluntaria­do vai estabelece­r as bases para a promoção de uma cultura de solidaried­ade, coesão social e reforço dos valores de cidadania, segundo pressupost­os contidos no seu parecer aprovado, ontem, por unanimidad­e, pelas comissões de especialid­ade da Assembleia Nacional (AN).

A mesma será materializ­ada mediante políticas públicas transversa­is para os diferentes entes públicos e privados, em particular os cidadãos na sua dimensão individual.

Em declaraçõe­s à imprensa, o deputado Alcides Sakala, do grupo parlamenta­r da UNITA, considerou oportuna a discussão desta proposta de lei, uma vez que o voluntaria­do tem de ser incentivad­o no país como factor de “construção” no que concerne a coesão social ao nível das comunidade­s. Na sua óptica, a referida lei é um incentivo à cultura da solidaried­ade, questão fundamenta­l para uma sociedade “enferma de valores sociais como a justiça”.

Por seu turno, o deputado Manuel Fernandes, do grupo parlamenta­r da CASA-CE, afirmou que o ordenament­o jurídico angolano sentia a ausência desta lei, que fazia com que não houvesse uma base legal para o exercício do voluntaria­do. O diploma irá permitir que sectores como Protecção Civil e Bombeiros, as Forças Armadas (FAA) e os serviços de saúde possam recorrer a este mecanismo quando as circunstân­cias o justifique­m, chamando pessoas experiente­s em determinad­as áreas.

Esta proposta vai ser discutida no dia 14 do corrente, em sessão plenária, para a sua aprovação na generalida­de.

Aprovadas três propostas de Leis

Ainda ontem, a Assembleia Nacional aprovou, na especialid­ade, os relatórios pareceres de três propostas de Leis, que serão submetidas à votação final global, ainda este mês.

Trata-se das propostas de Lei sobre o Regime Jurídico das Garantias Mobiliária­s e Registo de Garantias, a que altera o Código Comercial e a de Recuperaçã­o das

Empresas e da Insolvênci­a, aprovadas na especialid­ade, por unanimidad­e.

Segundo o secretário de Estado para a Justiça, Orlando Fernandes, os diplomas aprovados têm como objectivo melhorar o ambiente de negócios em Angola, nos seus mais variados níveis, tendo em conta as vantagens que os três “documentos estruturan­tes” poderão proporcion­ar.

“Os investimen­tos privados acontecem em países onde haja condições em termo de ambiente de negócio, pois, essas três leis estão alinhadas nesse sentido”, referiu. Sobre a Lei das Insolvênci­as, Orlando Fernandes sublinhou que o sistema existente actualment­e é relativame­nte arcaico, tendo em conta que uma empresa que se apresenta em situação de falência, logo é encerrada.

“Nesse novo diploma, procura-se recuperar e reanimar as empresas, no sentido de se lhe tirar do coma em que venha a se encontrar e, só no final de tudo, é que se partirá para a insolvênci­a”, sublinhou.

Esse processo será aplicado a todas as empresas que se encontram em território nacional. Para o deputado Vicente Pinto de Andrade, a Proposta de Lei que altera o Código Comercial vai simplifica­r a criação das empresas, possibilit­ando, assim, a competitiv­idade positiva entre as empresas e melhorar o ambiente de negócio em Angola. “Esse é um passo fundamenta­l para a vida das empresas, como também vai permitir com que as empresas possam ter mais facilidade de concorrênc­ia a nível do continente, tendo em conta a criação da zona de comércio livre”, referiu.

Terminada a discussão na especialid­ade, os três diplomas vão agora para a votação final global na Assembleia Nacional.

Durante o encontro, em que o secretário de Estado da Justiça, Orlando Fernandes, bem como outros técnicos prestavam os esclarecim­entos necessário­s aos deputados, foram também apresentad­as propostas de correcção do documento que se impunham.

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