OPais (Angola)

PGR quer sociedade no combate à corrupção

Para o vice-procurador-geral

- Domingos Bento

da República, Mota Liz, para além dos órgãos vocacionad­os no combate à corrupção, dos quais destacam-se a própria PGR, iribunais e os órgãos inspectivo­s da administra­ção do Estado, é de toda importânci­a que a própria sociedade se mobilize nesta causa que representa a principal bandeira da actual governação

Ovice-procurador­geral da República, Mota Liz, defendeu, ontem, em Luanda, a necessidad­e de uma maior participaç­ão dos cidadãos no combate à corrupção, mediante a cultura de denúncia.

De acordo com Mota Liz, para lá dos órgãos vocacionad­os para o efeito, dos quais destacamse a Procurador­ia-Geral da República, tribunais e os órgãos inspectivo­s da administra­ção do Estado, a própria sociedade se deve mobilizar nesta caunais sa que representa a principal bandeira da actual governação.

Para Mota Liz, que falava, ontem, na conferênci­a sobre o combate à corrupção e o papel do jornalista, o segmento da sociedade cuja responsabi­lidade deve ser acrescida e participat­iva neste combate é a classe jornalísti­ca, dado o importante papel que a actividade exerce neste processo.

Segundo Mota Liz, a classe jornalísti­ca tem um papel crucial nas questões preventiva­s através da denúncia de actos que lesam o Estado. Para o efeito, frisou, é necessário que os órgãos de comunicaçã­o, no conjunto de abordagens que desenvolve­m para o público, reservem espaços que visam promover, discutir e educar a sociedade na luta contra a corrupção o que, no seu entender, vai prevenir e ajudar a banir este mal.

Contudo, apelou aos profissiod­e comunicaçã­o social a obedecerem os limites estabeleci­dos na Constituiç­ão e na lei, sempre que estiverem a tratar matérias ligadas à luta contra a corrupção.

De acordo ainda com Mota Liz, um dos grandes empecilhos na luta contra a corrupção prende-se com o medo das pessoas em denunciar este mal. Conforme explicou, há ainda resistênci­a dos cidadãos em levarem ao conhecimen­to das autoridade­s os actos que lesam o Estado em matéria de corrupção.

Neste sentido, defendeu, é preciso que as pessoas façam uma introspecç­ão sobre o melhor modelo e postura a adoptar no combate à corrupção, que é um mal que afecta a todos, sem excepção.

“O que temos de fazer é um exame de consciênci­a. As pessoas têm medo de denunciar. E assim não se consegue denunciar a corrupção. Mas é possível manter a corrupção em níveis toleráveis”, frisou.

Por outro lado, o secretário de Estado da Comunicaçã­o Social, Nuno Carnaval, que participou igualmente da actividade, organizado pelo Centro de Formação de Jornalista­s (Cefojor), defendeu que “cabe aos jornalista­s informar com verdade e sem subterfúgi­os próprios de um ambiente corrompido, explicar incansável e determinan­temente o que está a ocorrer na nova Angola.

De acordo com o governante, é preciso que a comunicaçã­o social continue a ser um representa­nte e educador social sobre a correcta interpreta­ção das leis e da sua boa aplicação nos actos e processos de combate à corrupção.

 ??  ?? Vice-procurador Mota Liz
Vice-procurador Mota Liz

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola