PGR quer sociedade no combate à corrupção
Para o vice-procurador-geral
da República, Mota Liz, para além dos órgãos vocacionados no combate à corrupção, dos quais destacam-se a própria PGR, iribunais e os órgãos inspectivos da administração do Estado, é de toda importância que a própria sociedade se mobilize nesta causa que representa a principal bandeira da actual governação
Ovice-procuradorgeral da República, Mota Liz, defendeu, ontem, em Luanda, a necessidade de uma maior participação dos cidadãos no combate à corrupção, mediante a cultura de denúncia.
De acordo com Mota Liz, para lá dos órgãos vocacionados para o efeito, dos quais destacamse a Procuradoria-Geral da República, tribunais e os órgãos inspectivos da administração do Estado, a própria sociedade se deve mobilizar nesta caunais sa que representa a principal bandeira da actual governação.
Para Mota Liz, que falava, ontem, na conferência sobre o combate à corrupção e o papel do jornalista, o segmento da sociedade cuja responsabilidade deve ser acrescida e participativa neste combate é a classe jornalística, dado o importante papel que a actividade exerce neste processo.
Segundo Mota Liz, a classe jornalística tem um papel crucial nas questões preventivas através da denúncia de actos que lesam o Estado. Para o efeito, frisou, é necessário que os órgãos de comunicação, no conjunto de abordagens que desenvolvem para o público, reservem espaços que visam promover, discutir e educar a sociedade na luta contra a corrupção o que, no seu entender, vai prevenir e ajudar a banir este mal.
Contudo, apelou aos profissiode comunicação social a obedecerem os limites estabelecidos na Constituição e na lei, sempre que estiverem a tratar matérias ligadas à luta contra a corrupção.
De acordo ainda com Mota Liz, um dos grandes empecilhos na luta contra a corrupção prende-se com o medo das pessoas em denunciar este mal. Conforme explicou, há ainda resistência dos cidadãos em levarem ao conhecimento das autoridades os actos que lesam o Estado em matéria de corrupção.
Neste sentido, defendeu, é preciso que as pessoas façam uma introspecção sobre o melhor modelo e postura a adoptar no combate à corrupção, que é um mal que afecta a todos, sem excepção.
“O que temos de fazer é um exame de consciência. As pessoas têm medo de denunciar. E assim não se consegue denunciar a corrupção. Mas é possível manter a corrupção em níveis toleráveis”, frisou.
Por outro lado, o secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Carnaval, que participou igualmente da actividade, organizado pelo Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), defendeu que “cabe aos jornalistas informar com verdade e sem subterfúgios próprios de um ambiente corrompido, explicar incansável e determinantemente o que está a ocorrer na nova Angola.
De acordo com o governante, é preciso que a comunicação social continue a ser um representante e educador social sobre a correcta interpretação das leis e da sua boa aplicação nos actos e processos de combate à corrupção.