Cerca de mil utentes atendidos pelo Clube dos Médicos no hospital do Zango
As consultas
l As consultas de reforço que o Clube dos Médicos realizou, ontem, no hospital do Zango, permitiu assistir cerca de mil doentes da comunidade e não só. Matondo Alexandre, director da instituição, reiterou que consultas do género devem voltar acontecer para diminuir o número de doentes não assistidos.
de reforço que o Clube dos Médicos realizou, ontem, no hospital do Zango, permitiu assistir cerca de mil doentes da comunidade e não só. Matondo Alexandre, director da instituição, reiterou que consultas do género devem voltar acontecer, de modo a diminuir o número de doentes não assistidos na comunidade
Nas primeiras horas da manhã de ontem, Sábado, era visível o fluxo de pessoas que se direcionavam ao único hospital público, do distrito do Zango. A finalidade era comum, beneficiarem de consultas que um grupo de profissionais de saúde ligados ao Clube de Médicos ofereceu à população da zona.
Maria Pedro Junqueira, de 18 anos, vive no Zango III, e ficou a saber da consulta de Sábado, por intermédio da mãe, que trabalha nas proximidades. Por saber que é gratuita, fez questão de levar a filha e os irmãos menores.
Chegou no local às primeiras horas, acompanhada com a mãe, filha e os irmãos, com o intuito de todos beneficiarem dos diferentes tipos de consultas. “Fomos todos muito bem atendidos, chegamos cedo, e por isso fomos uma das primeiras famílias a ser consultada”, disse.
Quem também beneficiou das consultas foi Maria de Fátima dos
Santos, de 47 anos, moradora do bairro Benfica, que acompanhou a sobrinha ao hospital e por intermédio dos meios de comunicação se apercebeu da actividade. No final, saiu satisfeita e levou consigo a medicação que lhe foi prescrita.
Os consultados, alguns, receberam fármacos. O representante da empresa Shalina, Eduardo da Conceição, assegurou que, apesar de ser a primeira participação da sua instituição, não será a última, tendo em conta que vão passar a marcar presença nas próximas actividades que o Clube dos Médicos realizar.
Trouxeram para o evento uma quantidade considerável de fármacos, ou seja, o suficiente para atender mais de mil pacientes.
Estavam à disposição dos doentes doses de anti-palúdico, amoxicilina, vitamina C em cápsula, antibióticos, analgésicos, antipiréticos, entre outros.
O presidente do Clube dos Médicos, Honolfo Simões, confirmou-nos que até às 13 horas cerca de mil doentes já tinham sido assistidos. A sua equipa assegurou a campanha com um total de 60 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, e os trabalhos ocorreram da melhor forma, sendo que não registaram nenhum caso de transferência, nem de pacientes que precisam de ser submetidos a uma cirurgia.
No que toca a casos graves, ocorreu apenas um, que prontamente a equipa médica assistiu no banco de urgência. Os doentes que acorreram ao hospital, na sua maioria foram diagnosticados com malária, pneumonia, anemia, e outros tiveram de ser submetidos à consultas de especialidade, incluindo com psicólogos.
Organização apela por mais apoio
O director geral do hospital, Matondo Alexandre, afirmou que o balanço foi positivo, tendo em conta que as expectativas foram alcançadas. “Registamos grande afluência de utentes ao hospital, e o banco de urgência estava desafogado”, disse.
Matondo Alexandre reiterou que consultas do género devem voltar a acontecer, de modo a diminuir os doentes não assistidos na comunidade.
De lembrar que mensalmente será realizada uma actividade, sendo que a segunda aconteceu ontem, no hospital do Zango.
Domingos Cutabiala, da organização, frisou que umas das principais dificuldades que têm enfrentado é a aquisição de meios logísticos para apoiar a equipa de médicos e enfermeiros que participam no evento, uma vez que a maioria dos profissionais não tem meios próprios de transporte.
Apesar de a actividade contar com o apoio da Medianova, Luzolo Yeto e Clube dos Médicos, ainda assim carecem de mais apoios, sobretudo no que toca à logística alimentar e meios de transporte.
Cutabiala enalteceu a presença da empresa Shalina, que apoiou com os fármacos de diferentes tipologias, permitindo que os doentes saíssem da unidade sanitária com os medicamentos receitados e entregues de forma gratuita.