Ainda o PIIM
Alguns anos depois desde que foi lançado ao público, o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) continua a ser uma das maiores esperanças de reconquista , ou seja, de namoro aos angolanos de diferentes quadrantes no que tange à criação de melhores condições de vida nas zonas em que vivem. Por mais que não se queira, ainda assim, há em muitos locais um desejo ardente de que estas obras venham a surtir efeitos, sobretudo da parte dos proponentes. Em caso de conclusão, não há dúvidas de que as obras terão um impacto directo na vida de muitos, com a entrada em cena de mais escolas, hospitais, estradas e outros empreendimentos. Há quem olhe para o PIIM como sendo uma iniciativa eleitoral em que o partido no poder, nos próximos tempos, irá buscar resultados para a corrida rumo às próximas eleições.
Valha-nos Deus se assim não fosse. Do mesmo modo que se imputa ao Executivo todos os males, alguns até resultantes dos vários problemas ou circunstâncias que o país atravessa, terá quem governa razão suficiente para que estes resultados integrem a folha de prova que deverá ocorrer em 2022.
Ao longo deste dois anos, há quem tenha manifestado uma hipotética falta de vontade política por parte do Executivo para a resolução de alguns problemas ainda vigentes, um discurso sempre negado por aqueles que estão directamente ligados aos processo de construção de novas infra-estruturas. E a um ano das próximas eleições, não há quem não tenha concordado com o surgimento do PIIM. Embora os valores tenham saído do Fundo Soberano, que muitos dizem servir apenas para as gerações vindouras, não há qualquer diferença entre os efeitos que as infra-estruturas terão na vida das pessoas. Por isso, hoje, o melhor que alguns partidos devem fazer é acompanhar a iniciativa, fiscalizar e denunciar os supostos desaires.
O sucesso da empreitada, quer se queira ou não, poderá também significar insucesso daqueles que pretendem atingir o poder. As razões da criação do PIIM sempre estiveram assentes na melhoria das condições de vida dos próprios angolanos. Aliás, não seria diferente se se tiver em conta que a maioria deles nem sequer eram equacionados para os propósitos que muitos até criticam.
Não há dúvidas de que a rapidez com que se via o PIIM terá recrudescido. Daí a pressão que hoje é feita aos empreiteiros e governos provinciais.