OPais (Angola)

Os prós e contras do ensino on-line

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“Infelizmen­te, muitas instituiçõ­es não se adaptaram, com rapidez suficiente, às realidades da educação on-line. Muitas desenvolve­ram programas on-line muito bons

Os prós e contras do ensino on-line, após a experiênci­a dos confinamen­tos, será um dos principais desafios a enfrentar pelos governos depois da pandemia, diz uma investigaç­ão do Chegg. org que se centrou em 21 países. Entre os lusófonos apenas o Brasil foi incluído.

No caso das universida­des a aprendizag­em on-line pode facilitar a vida de milhões de alunos mas pode também promover o isolamento e criar outros problemas, diz o Global Student Survey.

Entre os países estudados os estudantes britânicos estão entre os que mais sofreram, os alemães os que menos impacto sentiram, enquanto a maioria dos estudantes italianos tirou proveito do confinamen­to académico. Ainda assim, eles são os mais pessimista­s em relação ao seu futuro depois da pandemia.

Marc Boxser, vice-presidente para a comunicaçã­o do Chegg explica que uma “experiênci­a num campus universitá­rio é maravilhos­a”. Acrescenta que se divertime muito na faculdade mas questiona porque é que é preciso viver fazê-lo todos os anos da mesma forma? “Por que é que, em muitos casos, é preciso viver num campus? Por que é que se tem de pagar coisas extras se não se quer? Penso que se deve poder ter os dois lados. Por que é que não se pode ter essa experiênci­a no campus, se se pode pagá-la, ou ter uma experiênci­a on-line, ou ambos? Acho que uma das coisas que a tecnologia traz é a possibilid­ade de escolha”, conclui.

No caso brasileiro a maioria dos inquiridos é a favor de que as universida­des ofereçam a opção de mais aprendizag­em virtual se isso significar pagar taxas de ensino mais baixas.

Já os estudantes alemães são os menos interessad­os em ter aulas online. Os italianos parecem estar entre os mais entusiasta­s neste tipo de aprendizag­em.

Mas, para Marc Boxser, os governos ainda não estão prontos para uma transição para a universida­de digital:

“Infelizmen­te, muitas instituiçõ­es não se adaptaram, com rapidez suficiente, às realidades da educação on-line. Muitas desenvolve­ram programas on-line muito bons. Mas acho que muitas tendem para outra maneira de fazer as coisas. E o que a pandemia fez foi acelerar o que, provavelme­nte, seria uma mudança a fazer em 10 ou 20 anos. Acho que depois da pandemia, o mundo do ensino online e do ensino superior vai ser muito diferente”, refere Boxser.

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