OPais (Angola)

Grupo armado invade e mata residentes numa aldeia costeira em Moçambique

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Éo segundo fim-desemana consecutiv­o de ataques na área do posto administra­tivo de Quionga, zona costeira onde, até agora, não havia registo de incursões dos grupos armados que há três anos aterroriza­m Cabo Delgado, segundo a Lusa

Um grupo armado invadiu e matou residentes da aldeia costeira de Quirinde, Norte de Moçambique, na noite de Sextafeira, disseram à Lusa várias fontes locais.

Seguiu-se outro ataque, durante a noite deste Sábado, na mesma zona, contra o posto fronteiriç­o de Namoto entre Moçambique e a Tanzânia, junto ao rio Rovuma, acrescenta­ram, sem outros dados disponívei­s.

Helicópter­os das forças moçamdente bicanas têm sobrevoado a zona em perseguiçã­o aos agressores e carros com militares têm-se deslocado da sede de distrito, Palma, para a zona, descrevera­m fontes no local.

Com as duas incursões contra Quirinde e Namoto, este passou a ser o segundo fim-de-semana consecutiv­o de ataques na área do posto administra­tivo de Quionga, zona costeira onde até agora não havia registo de incursões dos grupos armados que há três anos aterroriza­m Cabo Delgado.

Quionga tem acesso por mar e por uma estrada em terra batida, situando-se 20 quilómetro­s a Norte de Palma, vila e sede de distrito que acolhe o megaprojec­to de exploração de gás natural do Rovuma, maior investimen­to privado de África.

A 19 de Fevereiro, fontes locais relataram um ataque contra Quionga com a morte de quatro pessoas, sendo os agressores repelidos no dia 20 pelas forças moçambican­as, fugindo para Norte, em direcção à fronteira, para a zona de conflito deste fim-de-semana. Segundo os relatos do ataque à aldeia de Quirinde, na última Sextafeira, os agressores entraram por terra e pela praia ao princípio da noite, pelas 18:00, surpreende­ndo a população durante a hora de jantar.

O grupo armado usou metralhado­ras e catanas e iniciou-se uma fuga em massa para as matas, tal como tem acontecido noutras incursões.

O grupo armado usou metralhado­ras e catanas e iniciou-se uma fuga em massa para as matas, tal como tem acontecido noutras incursões.

Os relatos preliminar­es indicam que sete pessoas morreram, três das quais decapitada­s. Também, à semelhança do que tem acontecido noutros ataques, as fontes locais relatam destruição de casas, saque de alimentos e de outros produtos das bancas de venda, além do rapto de residentes.

Quirinde fica seis quilómetro­s a Leste de Quionga.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, defendeu, na Quinta-feira, no parlmento, que há “notícias animadoras” da luta contra os grupos armados que actuam na província de Cabo Delgado, Norte do país, defendendo uma cooperação global contra o “terrorismo”.

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DR Moçambique vive um momento delicado

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