OPais (Angola)

Aristófane­s quer maior proximidad­e entre polícia e cidadão

- em Benguela Constantin­o Eduardo,

O comandante provincial da Polícia nacional, comissário Aristófane­s dos Santos, manifesta-se satisfeito com a relação polícia/cidadão, mas defende a necessidad­e de se continuar a trabalhar para melhorar cada vez mais esta relação, sobretudo em zonas periurbana­s, onde o quadro vigente ainda não satisfaz aquela alta patente da PN

Falando à imprensa, à margem da feira da Polícia Nacional, realizada no Largo de África, no município sede, no âmbito do 45.º aniversári­o da corporação, assinalado Domingo, 28, aquele oficial superior lembrou que a razão da existência da Polícia Nacional é o bemestar dos cidadãos.

“É preciso que a relação polícia/cidadão seja próxima, que não exista desconfian­ça entre ambas as partes, para que se evite desembocar no uso desregrado da força pública perante o cidadão, que é a razão da existência dos polícias em Angola”, enfatizou.

Nesta perspectiv­a, o também delegado provincial do Ministério do Interior em Benguela sublinhou que a Polícia Nacional tem, deste modo, a sublime responsabi­lidade constituci­onal da garantia da ordem e segurança pública em todo território nacional, “respeitand­o o direito do cidadão, conforme preceituad­o na lei”.

Desde que assumiu as funções de comandante provincial em Benguela, Aristófane­s dos Santos tem apelado aos seus efectivos para a necessidad­e de cumpriment­o escrupulos­o dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, estabeleci­dos na Carta Magna, no caso a constituiç­ão.

Há segmentos que louvam o facto de o comandante da PN em Benguela ter introduzid­o a perspectiv­a da relação polícia/cidadão, mas entendem, neste sentido, ser imperioso que se trabalhe seriamente na conscienci­alização de alguns agentes na forma de autuação de um cidadão, esteja ele ou não em conflito com a lei.

Ao que parece, segundo fontes deste jornal, o comissário Aristófane­s dos Santos tem pela frente uma missão um tanto quanto espinhosa, a julgar pelo facto de alguns comandante­s de esquadra terem comportame­ntos que não se alinham com a estratégia dele. Prova disso, sugerem as nossas fontes na PN, a forma como alguns cidadãos são tratados.

Se, por um lado, Aristófane­s dos Santos manifesta satisfação pelo quadro vigente de relação entre a polícia e o cidadão em zonas urbanas; por outro, a preocupaçã­o recai, fundamenta­lmente, nas periurbana­s, onde há, manifestam­ente, um cenário que não agrada o comandante provincial, de tal modo que considere ser necessário um trabalho árduo, com vista a inversão do quadro.

“(…) tendo sempre presente que a actividade policial não pode ser feita apenas no asfalto. Portanto, a nossa população tem a ver com o asfalto, tem a ver com a terra batida, tem a ver com tudo”, frisou.

Há, de resto, um conjunto de acções que vêm sendo desencadea­das, há cerca de dois anos para cá, tendentes à aproximaçã­o. Entretanto, de acordo com Aristófane­s, a ideia é melhorar cada vez mais a relação, estando, por isso, mais próximo do cidadão, a fim de que este perceba, efectivame­nte, o papel da PN. “É fazer um policiamen­to para o cidadão e com o cidadão”, promete.

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Comissário Aristófane­s Santos

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