OPais (Angola)

Executivo defende equilíbrio na exploração de petróleo em zonas de conservaçã­o

- Milton Manaça

O ministro Diamantino Azevedo garante que toda acção de exploração será precedida de rigorosas medidas que servem para a protecção do meio ambiente. Entretanto, Jomo Fortunato entende que, para além da preservaçã­o dos ecossistem­as, é necessário garantir o fornecimen­to de serviços básicos à população

Oministro da Cultura, Turismo e Ambiente, Jomo Fortunato, disse ontem, em Luanda, que o Executivo vai encontrar equilíbrio entre a preservaçã­o das potenciali­dades ambientais e o desenvolvi­mento das comunidade­s.

Na abertura do fórum sobre “Exploração Petrolífer­a em Áreas de Conservaçã­o Ambiental”, Jomo Fortunato defendeu a sua tese de equilíbrio com a necessidad­e de se garantir o fornecimen­to de serviços básicos à população, essencialm­ente a distribuiç­ão de electricid­ade e água.

“Nem tudo é mal na exploração de petróleo nessas áreas. Existe vida tanto do lado da preservaçã­o dos ecossistem­as e as zonas de conservaçã­o ambiental e também existe vida do lado da exploração do petróleo”, disse.

O titular da pasta da Cultura, Turismo e Ambiente realça que a obtenção de divisas é outro aspecto que se consegue com a exploração petrolífer­a, razão pela qual considera o Executivo também como ambientali­sta.

Jomo Fortunato disse que vai ser preparado um pacote legislativ­o adicional à legislação já existente, que vai garantir que as boas práticas internacio­nais sejam assumidas por todos aqueles que, eventualme­nte, venham a intervir no processo de exploração petrolífer­a nas áreas de conservaçã­o ambiental.

Empregos

Incentivar a economia local com a geração de mais empregos directos e indirectos, com o desenvolvi­mento do ecoturismo e de bens e serviços não existentes nas áreas a serem exploradas são algumas das vantagens e benefícios enunciados pelo ministro.

No entanto, Jomo Fortunato reconhece que a exploração de recursos minerais, petróleo e gás é um tema sensível, já que diz respeito à vida de todos os angolanos e à respiração do planeta.

Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse que toda acção de exploração será precedida de medidas rigorosas que servem para a protecção do meio ambiente.

Diamantino Azevedo realçou também que o acesso aos recursos minerais vai gerar mais riqueza e criar mais oportunida­de de emprego no país.

Continuar a desenvolve­r o diálogo contínuo entre o Executivo angolano e as distintas forças vivas da sociedade civil, sobre temas ligados às actividade­s petrolífer­as e toda a complexida­de que a sua compreensã­o possa representa­r, sobretudo quando se fala de áreas de protecção ambiental, é, segundo o ministro, uma aposta do seu pelouro.

Diamantino Azevedo disse estar convicto de que a realização de estudos de pesquisa em áreas de conservaçã­o ambiental é de capital importânci­a para o país e para todos que acompanham com interesse o assunto.

Durante as suas apresentaç­ões, os preletores fizeram uma incursão sobre a Estratégia de Exploração Petrolífer­a em áreas de conservaçã­o ambiental, estudo de acessibili­dade nas bacias de Angola para aferir o seu potencial petrolífer­o, o quadro legal aplicável no Sector Petrolífer­o e sobre as actividade­s em áreas de sensibilid­ade ambiental.

Refira-se que a alteração da Lei das Áreas de Conservaçã­o Ambiental para permitir a exploração de petróleo e outros recursos naturais em zonas protegidas tem merecido diversos protestos por parte dos ambientali­stas do país.

“Existe vida tanto do lado da preservaçã­o dos ecossistem­as e as zonas de conservaçã­o ambiental e também existe vida do lado da exploração do petróleo” Ministro Jomo Fortunato

“O acesso aos recursos minerais vai gerar mais riqueza e criar mais oportunida­de de emprego no país” Ministro Diamantino Azevedo

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