OPais (Angola)

Noiva de Jamal Khashoggi exige punição imediata do príncipe herdeiro saudita depois de relatório americano

Relatório dos EUA, Hatice Cengiz alerta: “É vital que todos os líderes mundiais se questionem sobre se estão preparados para apertar as mãos a alguém cuja culpa enquanto homicida foi provada”

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Trump critica primeiro mês de Biden e pisca o olho a 2024

Oex-presidente continua a alimentar falsidades ao dizer que poderá vencer “por uma terceira vez” as eleições presidenci­ais, noticia o Diário de Notícias.

O ex-presidente dos EUA subiu ao palco da Conferênci­a de Acção Política Conservado­ra (CPAC) em Orlando, Florida, para reclamar para si o papel de líder do Partido Republican­o, ao posicionar-se como elemento central nas eleições intercalar­es de 2022 e ao deixar no ar a hipótese de se candidatar em 2024.

Donald Trump começou por atacar as políticas de Biden sobre a migração e, sem provas, alegou que as mudanças políticas de Biden estão a desencadea­r uma nova crise na fronteira Sul, enquanto Biden estava a inverter as conquistas da sua administra­ção. “Não são só ilegais, mas imorais e insensívei­s e uma traição aos valores em que se fundam a nossa nação”, disse, afirmando que a entrada de “milhares e milhares de migrantes por dia” vai agravar a pandemia, além de permitir, alega, o enriquecim­ento de traficante­s de crianças e de grupos criminosos que diz já ter derrotado seu mandato.

Joe Biden desencadeo­u uma corrente de imigração ilegal” e, agora, “há dezenas e dezenas de milhares de pessoas que vêm para se aproveitar­em”, chamandoas de “predadores”.

Trump disse que Biden concluiu “o mais desastroso primeiro mês” de qualquer presidente moderno e no seu discurso caracterís­tico em que divaga sobre os mais diversos temas afirmou que o green new deal é “ridículo”.

Anoiva do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinad­o em 2018 por agentes da Arábia Saudita, exige que o príncipe Mohammed bin Salman seja imediatame­nte punido, depois de os Estados Unidos terem divulgado um relatório confidenci­al que confirma que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita não só sabia como aprovou pessoalmen­te o assassinat­o do jornalista.

“É essencial que o príncipe herdeiro, que ordenou o brutal homicídio de uma pessoa inocente, seja punido sem demoras“, disse a noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, numa mensagem divulgada pelo Twitter. “Não só isto trará a justiça que temos procurado para o Jamal, como poderá também evitar actos semelhante­s no futuro. Só então as sanções que os EUA estão a planear implementa­r poderão ter significad­o. Se o príncipe herdeiro não for punido, isso dará um sinal para a eternidade que o principal culpado pode escapar-se à justiça depois de um homicídio, algo que nos porá todos em perigo e manchará a nossa humanidade.”

Hatice Cengiz lança também uma interpelaç­ão directa ao Presidente dos EUA. “A começar pela administra­ção Biden, é vital que todos os líderes mundiais se questionem sobre se estão preparados para apertar as mãos a alguém cuja culpa enquanto homicida foi provada, mas ainda não foi punida.

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Ignorar este facto e manter-se num limbo sem punição vai levarnos a perder os nossos valores universais da humanidade”, diz a noiva de Khashoggi.

A declaração de Hatice Cengiz surge depois de os Estados Unidos terem divulgado um relatório que prova que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita tinha conhecimen­to dos procedimen­tos usados no silenciame­nto de opositores do regime e aprovou a operação de assassinat­o de Jamal Khashoggi.

O saudita Jamal Kashoggi, 59 anos, residente nos Estados Unidos e cronista do jornal The Washington Post, foi assassinad­o no consulado do seu país em Istambul (Turquia), a 2 de Outubro de 2018, por agentes sauditas.

O Senado norte-americano, que teve acesso às conclusões dos serviços de informaçõe­s, considerou na altura que o príncipe herdeiro era “responsáve­l” pelo assassínio.

Riade inicialmen­te negou qualquer responsabi­lidade, mas mais tarde disse que o jornalista foi morto acidentalm­ente por agentes que tentavam extraditá-lo. A versão oficial da Arábia Saudita é que esses agentes, ligados a Mohammed bin Salman, agiram por conta própria e que o príncipe não esteve envolvido. Oito pessoas foram condenadas na Arábia Saudita pela morte de Khashoggi, cinco das quais à pena capital. Mais tarde estas sentenças foram comutadas para 20 anos de prisão.

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