Legislação e política em vigor prejudicam as oportunidades das mulheres no sector mineiro
● No âmbito das comemorações do 27 de Abril, Dia do Trabalhador Mineiro Angolano, o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos realizou ontem, no Centro de Convenções de Talatona, a jornada do Mineiro, sob o lema “O papel do trabalhador mineiro no desenvolvimento sustentável do país”.
No âmbito das comemorações do 27 de Abril, Dia do Trabalhador Mineiro Angolano, o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos realizou ontem, no Centro de Convenções de Talatona, a jornada do Mineiro, sob o lema “O papel do trabalhador mineiro no desenvolvimento sustentável do país”
Aengenheira Química Kátia Lutucuta defendeu ontem, em Luanda, que apesar de existir um número maior de mulheres com empregos em Angola, os factores socioculturais prejudicam o desempenho das mulheres nas áreas mais operacionais do sector.
No seu ponto de vista, a legislação e a política em vigor também prejudicam as oportunidades das mulheres gestantes e não só, sendo que a legislação limita consoante a implementação das oportunidades das mulheres.
“Recomendamos que essas questões que hoje apresentamos como um prejuízo às nossas oportunidades sejam feitas algumas recomendações para que as oportunidades das mulheres sejam as mesmas actividades dos homens”, apelou a funcionária da Sonangol.
A sessão de abertura da jornada contou com um seminário de mulheres ligadas às Geociências e Geoengenharias, no qual várias delas falaram das suas áreas de actuação, desafios e oportunidades de trabalho.
Ao dissertar sobre a mulher angolana nas Geociências e Geoengenharias, Albina Assis disse que Angola tem um elevado potencial geológico cuja história e o conhecimento é partilhado com diversos países.
Entretanto, contou que actualmente apesar de a área das geociências contar apenas com cerca de 17 por cento de senhoras, há uma orientação a nível nacional, através do Plano Nacional de Geologia, que vaticina a necessidade de formação nas mais diferentes áreas deste ramo da ciência.
Em entrevista ao jornal OPAÍS, a engenheira Fátima Proença, presidente do Conselho de Direção da Associação de Mulheres de Geociências, fez uma incursão sobre a história da mulher no sector de diamantes. Revelou que as mesmas sempre estiveram presentes, não propriamente nas áreas técnicas ou nas minas, mas nas áreas auxiliares como professora, enfermeira, cozinheira, lavadeira, etc.
“Ao contrário de hoje, em que elas se encontram presentes em todas as áreas e em todo o processo da actividade mineira de diamantes. Fizemos um levantamento das primeiras mulheres a ingressarem neste sector já na fase da Endiama”, frisou.