‘Não devemos nada a Dr. Abel Chivukuvuku’
Hoje se diz que Abel Chivukuvuku reclama uma dívida de cerca de USD 2 milhões à CASA. É verdade que existe esta dívida? Não gostaria de entrar nos meandros desta dívida. Se for para ser certificada, com toda a honestidade, haveria dificuldades. Ela foi paga na totalidade e, neste momento, a CASA não deve absolutamente nada.
Quem reclama a referida dívida? Depois das eleições, o Dr. Abel chegou a reclamar que a dívida total ou a contribuição que deu para a extensão da CASA é de USD 1 milhão e 600 mil. Mas não temos nenhum registo milimétrico que neste dia entrou X ou Y. Reconhecemos ter entrado alguma coisa, porque, na altura, o financeiro era o malogrado Dr. Carlos Morgado. No entanto, depois de tudo, o Dr. Abel diz que o que se deve a mim é USD 1 milhão e 600 mil. É normal que se diga isso, mas a CASA pagou tudo isto. Além disso, a grande dívida é de mais de USD 5 milhões, que foi contraída a um empresáriochinês.Trabalhouconnosco,é uma pessoa de boa-fé, fez-se esta dívida e, infelizmente, o dinheiro que recebemos da campanha, para as eleições, foi usado e não fomos capazes de usar para reduzir metade da dívida. É um passivo que, infelizmente, estamos a carregar, porque quem herda o activo, também herda o passivo. Ao Dr. Abel Chivukuvuku, a CASA não deve absolutamente nada. Antes pelo contrário, reconhecemos que da sua cápsula, podemos dizer enquanto presidente da CASA, não se recebeu a carrinha, que continua com ele até hoje. Há outras três carrinhas que não se recebeu: uma delas estava atribuída ao Dr. Américo, outra com o nosso amigo Félix Miranda. Entendemos que fizeram o seu trabalho e são pessoas que contribuíram, positivamente, para a organização, por isso nós deixamos. No entanto, quando se fala hoje que a CASA foi criada por uma pessoa, não é verdade. Há fundadores e co-fundadores. Mas não se assume isso. Isso é uma desonestidade intelectual muito grande, não se faz isso. Não é verdade que uma só pessoa fundou a CASA. Nunca quisemos trazer isso à tona, mas é aborrecido quando temos um projecto, nós é que tivemos a legitimidade e a legalidade. Nós é quem fomos ao encontro do outro para criar o projecto político. O facto de esta pessoa predispor de meios para fazer a implantação não retira o mérito de os outros serem reconhecidos como co-fundadores da organização. É uma questão de honestidade intelectual e política.
Assumiu a liderança da CASA depois das saídas de Abel Chivukuvuku e André Mendes de Carvalho ‘Miau’. Já se fez uma verdadeira introspecção sobre o que terá ocorrido na organização?
Quando assumi esta função a convite dos meus colegas e de outros quadros, tive que reflectir profundamente antes de aceitar. Uma das coisas que existia é o conflito latente entre os independentes e os partidos políticos. Como sabe o meu amigo, os dois primeiros presidentes não eram presidentes de partidos políticos.
Aconteceu apenas isso?