França quer ter os seus empresários na privatização do Porto e CFB
O embaixador
da França em Angola, Daniel Vosgien, prometeu, Quarta-feira, em Benguela, no final da audiência com a vice-governadora Deolinda Valiangula, que a sua embaixada vai trabalhar na sensibilização de empresários daquele país europeu para participarem no processo de concessão, na perspectiva de privatização de serviços de duas importantes empresas públicas de suporte ao Corredor do Lobito, nomeadamente o CFB e o Porto Comercial
Odiplomata referiu que, na qualidade de representante do Estado francês, tudo fará para sensibilizar empresários do seu país, de maneira a que venham participar nas concessões, a julgar pela posição geo-estratégica daqueles empreendimentos económicos.
Desta feita, Vosgien avisa que a decisão ou não de concorrer não dependerá da embaixada de que é responsável em Angola, mas única e exclusivamente dos empresários franceses, sendo certo que à sua representação diplomática cabe apenas desempenhar o papel de descrever a realidade e as potencialidades que existem cá ‘para as nossas empresas’.
Deste modo, segundo disse, torna-se imperioso que se melhore o ambiente de negócios em Angola, devendo, para o efeito, olhar com preocupação para aqueles a que chama de factores indispensáveis, designadamente infra-estruturas de comunicação (estradas, aeroportos, caminhosde-ferro) energia, entre outros.
Segundo o embaixador, que esteve a visitar infra-estruturas de suporte ao corredor do Lobito, nomeadamente o CFB e o Porto Comercial, Angola precisa de ter em conta os factores já invocados, de modo a que o país se desenvolva economicamente. “Por isso, há necessidade de se investir nesses domínios”, disse.
Questionado pela imprensa se, no seu país, havia ou não dinheiro angolano transferido ilicitamente e se a França foi solicitada para que, no quadro da recuperação de
“O IVM incide sobre os veículos, independentemente de estarem ou não em circulação”
activos levada a cabo pelo governo do Presidente João Lourenço, ajudasse a repatriá-los, diplomaticamente, o embaixador manifestou desconhecimento do caso.
Em relação ao quadro dos direitos humanos constatado nestes seis meses de exercício diplomático em Angola, Daniel Vosgien considera Angola um país que evolui rapidamente, na medida em que há, em sede do Ministério da Justiça e dos Direitos, um conjunto de acções tendentes à melhoria, enaltecendo o facto de alguns jornalistas produzirem regularmente relatórios sobre os direitos e liberdades dos cidadãos.
Segundo disse, tornase imperioso que se melhore o ambiente de negócios em Angola, devendo, para o efeito, olhar com preocupação para aqueles a que chama de factores indispensáveis