Raúl Danda vai hoje a enterrar
Antes dos seus restos mortais terem seguido para Cabinda, sua terra natal, onde será sepultado hoje, no cemitério de Malembo, o deputado Raúl Danda recebeu, ontem, em Luanda, uma série de homenagens dos mais variados segmentos da vida política e social que mostraram consenso quanto o seu modo de fazer política.
A “maratona” de homenagem, acompanhada pelo OPAÍS, contou com a presença de políticos, religiosos, membros da sociedade civil e outros representantes dos órgãos de soberania.
O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, escreveu, no livro de condolências, que Raúl Danda soube respeitar a diferença e contribuiu para a unidade nacional, defendendo as suas convicções políticas com respeito, determinação e equilíbrio. A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, considerou Raúl Danda um quadro multifacetado que o país perde e que a sua morte empobrece o jogo político nacional.
Já a UNITA, por via do seu deputado, Alcides Sakala, disse que a partida prematura de Raúl Danda deixará o partido diminuto, a julgar pela forma como o malogrado defendia os mais nobres interesses nacionais.
Por seu turno, Abel Chivukuvuku lamentou a partida de Danda, tendo dito que perde um irmão, um amigo e um “camarada” que ele próprio fez questão de descobrir, ainda jovem, em Cabinda, para a política.
Raúl Danda faleceu no último Sábado, em Luanda, vítima de doença. Entre os vários cargos que já ocupou, o deputado exercia, até à sua morte, o cargo de primeiro-ministro do governo-sombra da UNITA.