Um mercado informal no meio do mato
Segundo as autoridades tradicionais, nesta localidade vivem mais de dois mil habitantes, maioritariamente camponeses. A descoberta de ouro na localidade de Tchiliva tornou-a atraente para cidadãos de outras paragens do país, como Namibe, Cunene, Lubango, Cuando Cubango e Benguela.
Porém, a maior parte dos habitantes desta localidade é proveniente do Huambo, uma situação que resulta do facto de o município do Chipindo estar a menos de 200 quilómetros desta província planáltica.
A população do planalto central desenvolveu na localidade da Tchiliva pequenos comércios, como um mercado informal no meio da mata que se tornou no mais concorrido do município do Chipindo. Lá são vendidos diversos produtos.
Arminda, de 30 anos, proveniente da Caála, província do Huambo, vende roupa usada na praça da Tchiliva. Disse que o local é concorrido, mas a principal dificuldade está na falta de transporte.
“Há momentos em que temos de passar a noite aqui mesmo na mata. Outros há em que temos de apanhar a Kaleluia para ir a sede municipal, onde arrendamos uma casa, pagando 500 Kwanzas a corrida do táxi. Estamos aqui porque não temos emprego”, revelou.
Neste mercado, um refrigerante custa Akz 300, um litro de óleo vegetal é vendido por 1.800, 00 e uma caneca de arroz sai a 750,00 Kz.
A corrida de táxi numa mota de três rodas custa Akz 500,00, ao passo que numa moto de duas rodas sobe para 1.500,00. O município do Chipindo, com uma extensão territorial de 3.896 quilómetros quadrados, possui uma população estimada em 64.714 habitantes, segundo dados do Censo de 2014..