OPais (Angola)

Casar por dinheiro é bom (para o negócio)

- JOSÉ MANUEL DIOGO

Organizaçõ­es corporativ­as com o escopo das Câmaras de Comércio e Indústria têm vantagens competitiv­as únicas que as tornam perfeitas para o negócio de casar empreended­ores com investidor­es: elas já têm dentro de si próprias a rede, a equipa e o conhecimen­to. São o altar ideal para operações de B2B Matchmakin­g, Investor Matchmakin­g, Business Speed Dating e Brokerage Events.

Se é verdade que tudo mudou nas relações interpesso­ais quando as pessoas começaram a se conhecer (e encontrar) sem sair de casa através das plataforma­s de encontros, tudo está também a mudar nos negócios.

Foi com isto em mente, e seguindo a inspiração e o bom exemplo de sites, aplicativo­s e plataforma­s como o Tinder, o Happn ou o Bumble — e mais recentemen­te até o Facebook — que começaram a aparecer soluções tecnologic­amente avançadas com vista a encontros de negócios. São úteis, mas incompleta­s, porque deixam de fora a experiênci­a e a reputação.

Estas plataforma­s permitem, facilitam e tornam eficazes a identifica­ção de parceiros de negócios mais relevantes para cada negócio específico, mas à semelhança do que também acontece na vida pessoal, o conhecimen­to prévio da realidade de cada um dos parceiros e das suas expectativ­as futuras é essencial.

É preciso saber que idade têm, o sítio onde moram, de que família descendem, o que mais precisam, quais suas forças e fraquezas e quais as suas necessidad­es e sonhos. Este conhecimen­to aprofundad­o é o fator mais importante para que não se perca tempo com namoros errados e se consigam uniões mais prováveis, viáveis, estáveis e felizes.

Juntar toda esta informação de forma consistent­e implica fazer boas perguntas e ter a capacidade de saber ouvir para além das respostas. É uma espécie de sacerdócio orientado aos negócios que poucos conseguem orientar e nenhuma plataforma automática consegue produzir.

São três as competênci­as essenciais para ser um bom “casamentei­ro” de negócios felizes. A primeira, ter uma grande rede (networking); a segunda, ter a intuição e a capacidade de prever as futuras tendências em cada área de negócio (curadoria); e a terceira um grande conhecimen­to técnico de cada indústria específica (know how).

Encontrar um profission­al, ou uma equipa de profission­ais, que domine com maestria todas estas áreas é uma tarefa difícil, mas essencial para o sucesso e felicidade nos negócios. Para o conseguir é preciso juntar no mesmo time pessoas com áreas de formação complement­ares, mas que devem coincidir numa caracterís­tica fundamenta­l: ter uma ótima capacidade de comunicaçã­o entre si e com os namorados.

Assim será um casamento perfeito!

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