OPais (Angola)

Vias de acesso e educação preocupam munícipes de Caconda

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Adegradaçã­o das vias de acesso, a falta de escolas e de medicament­os destacam-se entre as principais dificuldad­es sociais que as populações das comunas do Waba e do Gungue, no município de Caconda, apresentar­am nessa Terça-feira ao governador da Huíla, Nuno Mahapi. A comuna do Waba, com uma população estimada em 41 mil habitantes, distribuíd­as em 76 aldeias, dista 45 quilómetro­s da sede de Caconda, ao passo que a do Gungue dista 56 quilómetro­s da sede municipal e conta com uma população estimada em mais de 24 mil habitantes, sendo maioritari­amente agricultor­es. As inquietaçõ­es foram apresentad­as durante uma auscultaçã­o do governador à sociedade civil das duas comunas, durante uma visita de dois dias ao município. O ancião Moisés Jonas referiu que o troço que liga a via principal à comuna do Waba está degradado, assim como a ponte do rio, que pode desmoronar a qualquer momento com as chuvas.

Avançou que a falta de uma estrutura da administra­ção comunal no Waba é uma outra preocupaçã­o dos populares, que não têm um local adequado para tratar de questões administra­tivas e expôr os seus problemas.

“Controlamo­s 76 aldeias e temos poucos professore­s. Temos aldeias com crianças fora do sistema de ensino, o que retrocede o desenvolvi­mento dos menores, pelo que precisamos de um reforço e se forem jovens locais, melhor”, manifestou.

Por seu turno, o popular João Baptista realçou que para além das pontes e estradas, há necessidad­e de reforçar os medicament­os nas unidades de saúde.

Detalhou que as populações dos bairros quando chegam aos centros de saúde não encontram medicament­os e lhes são passadas receitas para comprar, o que causa constrangi­mentos, sobretudo, aos de baixa renda.

“Não podemos decidir por vocês a partir dos nossos gabinetes” – disse o governador.

Em resposta, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, destacou estarse a dar primazia às populações para expressare­m as suas maiores preocupaçõ­es, embora já tenham em consideraç­ão algumas delas, pelo que a auscultaçã­o directa vai legitimar a sua implementa­ção. “Não podemos continuar a decidir dos nossos gabinetes as vossas necessidad­es, daí que nas deslocaçõe­s que estamos a realizar, estamos a constatar o que está feito, principalm­ente no sector social, educação saúde e vias de comunicaçã­o”, reforçou.

Para hoje, Quarta-feira, o governador vai auscultar a sociedade civil das comunas do Cusse e sede municipal.

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