DICAS PARA SEU BEBÊ COMER BEM!
Você passa horas na cozinha, com todo o carinho, preparando uma refeição deliciosa e nutritiva para os pequenos, pensando em cada detalhe e em todos os nutrientes. Mas, quando chega à mesa, os filhos não querem comer nada e fazem birra. Os pais usam todos os seus artifícios, contam historinhas, montam carinhas no prato, mas nada adianta. Não é muito difícil imaginar essa situação, pois ela é comum em muitas famílias. Mas o que podemos fazer para mudar essa situação em nossas casas?
•É importante não se descabelar e lembrar que a criança passa por diversas fases durante o desenvolvimento, e a vontade de comer varia conforme essas fases, indica o Pediatria da Universidade de Cuiabá (UNIC), dr. Nilo Artal.
•Preste atenção nos hábitos alimentares da sua família, pois, se os pais não se alimentam bem, será mais difícil fazer com que o filho se alimente corretamente.
Todos os grupos alimentares são essenciais na alimentação das crianças, com destaque para o consumo de leite, devido à importância no fornecimento de cálcio, garante a professora de Nutrição da Universidade de Cuiabá (UNIC), Laura Ramos Toledo. Além disso, frutas, legumes e verduras são essenciais para o fornecimento de vitaminas e sais minerais, e as carnes são necessárias para o aporte adequado de proteínas e ferro. “As crianças a partir dos seis meses podem começar a introdução gradativa dos alimentos, iniciando com as frutas, verduras, carnes e gema; e a clara e os frutos do mar a partir de um ano, quando também já deve estar consumindo os alimentos da família”. O dr. Nilo Artal acrescenta que a alimentação nesta faixa etária deve ser constituída por refeições pequenas e frequentes, abrangendo todos os macronutrientes energéticos e construtores, e ricas em nutrientes essenciais como ferro, cálcio e vitaminas A,C,D.
Muitos pais acabam recorrendo à televisão para distrair os pequenos e convencê-los a comer. Entretanto, essa não é uma boa solução para o problema e pode prejudicar mais do que ajudar. A nutricionista Laura Ramos Toledo enfatiza que não deve ser utilizada nenhuma forma de distração durante as refeições, pois as crianças devem aprender, desde cedo, os hábitos alimentares mais saudáveis. “As crianças devem fazer as refeições em
ambientes calmos, longe da televisão e outras distrações, para que o ato de se alimentar seja consciente e, com isso, elas aprendam a disciplinar o apetite, a quantidade ingerida e outros aspectos sociais envolvidos na alimentação em família”, completa.
Artal concorda e acrescenta que é importante orientar os pais e cuidadores que as refeições deverão ser realizadas preferencialmente à mesa, evitando que a criança se distraia e se alimente de maneira errada, sem mastigar adequadamente e comendo mais do que o necessário, podendo engordar e desenvolver doenças relativas ao excesso de peso. “Comprovadamente por pesquisas, [se alimentar em frente à televisão] tem efeito obesogênico, e não é recomendado nem para crianças abaixo de dois anos, mesmo fora das refeições”, reforça.
Uma das maiores dificuldades das famílias é fazer com que as crianças comam vegetais, pois estes importantes alimentos carregam uma enorme fama de não serem saborosos. Entretanto, disfarçar os alimentos não é uma boa saída, pois o pequenos podem se sentir traídos. Ao invés disso, tente mudar o jeito de preparar. Ela não quis espinafre refogado? Ponha as folhas no suflê, na omelete, no sanduíche, invente variações para os alimentos. Temperar bem o alimento também pode torná-lo mais saboroso e atrair o paladar do seu filho. Experimente utilizar ervas e condimentos como pimenta, páprica e curry no preparo. Mas cuidado, não exagere, a ideia não é encobrir o gosto, mas deixá-lo mais interessante.
Oferecer recompensas para o filho comer, como doces e brinquedos, também não é recomendado pelos especialistas. “A criança que recusa a se alimentar jamais deve ser estimulada através desses métodos, e sim estimulada a comer por orientação da real necessidade de alimentar-se bem”, enfatiza a nutricionista Laura Ramos.
Uma boa dica para atrair os pequenos e facilitar a alimentação é incluí-los na rotina e no preparo dos alimentos. “A participação da criança em todas as etapas da alimentação, desde as compras em supermercados e feiras, é uma oportunidade que os pais têm para auxiliar no processo de educação nutricional, sendo esta uma importante ferramenta para a construção de hábitos alimentares saudáveis. Cada passo deve ser seguido de orientações e exemplos, de acordo com a idade da criança, para que ela possa levar isso como rotina para sua alimentação”, aconselha Laura Ramos Toledo.
De uma forma geral, é importante que a criança participe das refeições como os adultos para quer ela desenvolva bons hábitos alimentares. “O aprendizado infantil é baseado na observação do comportamento dos adultos, portanto, os mesmos devem ingerir e apreciar os vegetais, às vezes uma reeducação dos hábitos alimentares na família, se faz necessário”, conclui o pediatra Nilo Artal.
O ministério da saúde informa:
O aleitamento materno evita infecções e alergias e é recomendado até os 2 (dois) anos de idade ou mais. Após os 6 meses de idade continue amamentando seu filho e ofereça novos alimentos.
O Estúdio Gama informa:
Nenhuma receita apresentada nesta revista substitui o leite materno. Portanto, mesmo oferecendo os alimentos sugeridos nessa edição, continue amamentado seu bebê pelo menos até os 2 anos de idade.
Importante:
Para saber a consistência ideal dos alimentos para cada fase de seu bebê, consulte um médico pediatra. Ou seja, consulte o médico para saber se os alimentos serão passados em peneira, amassadinhos ou em grãos. Além disso, é importante consultar o pediatra sobre quais alimentos devem ser inseridos em cada fase do bebê, quais frutas e grãos são mais indicados em cada idade.
Atenção:
A introdução de frutas e legumes dever ser feita com cautela e não pode ultrapassar 40 ml ao dia. Caso ocorram erupções, manchas, diarreia, constipações ou outras alterações no bebê, não o alimente mais com o novo ingrediente e procure orientação com o seu pediatra.