A palavra “novo” pode ser considerada o mais desatualizado adjetivo a qualquer objeto, produto, espaço, utilitário etc.
O novo na arquitetura, na arte, no em segundos após a criação, já estará superado. Passa a ser algo que já existe, já está aí, e então não é mais o novo.
Enquanto o profissional se dedica a um projeto, independentemente da extensão, ele é consequentemente original e inédito. Mas a partir da sua materialização, num sentido figurativo, ele estará superado.
Pode-se dizer então que a ideia do novo está ligada ao valor da criação do objeto, ou seja, à qualidade projetual, ao conceito inovador estabelecido, à durabilidade como estética e função.
É por esse motivo que temos de tomar cuidado ao usar a palavra tendência – de referência a modismos. Na verdade, é o conceito que proporciona a força e a durabilidade do produto.
Essa análise serve como reflexão da importância do processo da criação, mas isso não quer dizer que tenhamos de abandonar teorias do mercado de consumo, mas sim estarmos atentos para a valorização da qualidade do projeto e sua permanência nesses tempos tão difíceis.
A proposta desse novo caderno, que discutirá temas relacionados à arquitetura, arte e é justamente estabelecer uma sinergia com o nosso meio.
Esperamos poder criar um espaço aberto aos acontecimentos e às mudanças.