Doutor Antoninho Sabbi
Éa famosa gripe suína ou influenza tipo A, causada por uma mutação do vírus da gripe comum. Há três variantes: H1N1, H2N3 e H3N2. O vírus H2N3 não circula no Brasil. Entre 2009 e 2010, espalhouse por 207 países, matando nove mil pessoas. Em 2019, só no Brasil, já causou mais de 220 óbitos.
Mais grave do que a gripe comum, pode complicar e até matar. É transmitida por partículas infectadas que saem da boca ou do nariz (espirro, tosse ou respiração em ambientes fechados com muitas pessoas). A manifestação da doença ocorre entre um e quatro dias após o contágio. Os sintomas duram uma semana, raramente uns dias a mais, e nesse tempo pode ser transmitida.
Incide mais entre os 5 e os 24 anos. Pessoas com DPOC, asma, doença cardíaca, doença neurológica, imunodepressão, HIV, gravidez, diabetes e obesidade, assim como as transplantadas, têm mais risco de contrair essa gripe.
Os sintomas são muito parecidos com os da gripe comum, mas os doentes apresentam mais alterações gastrointestinais (diarreia e vômito). São comuns cansaço, febre, tosse, dor de garganta, cefaleia, vômito, diarreia, mal-estar, tremor, calafrio, dor nas juntas, coriza, dispneia, sibilo no peito.
Sintomas intensos, falta de ar, ou
persistência dos sintomas por mais de sete dias, são motivos suficientes para se buscar auxílio médico. A automedicação é desaconselhável.
A suspeita da gripe H1N1 se faz pelos sintomas. O teste laboratorial positivo para H1N1 fecha o diagnóstico.
O tratamento é feito com o uso do antiviral à base de fosfato de oseltamivir (Tamiflu), somente utilizado com prescrição médica. É fornecido gratuitamente pelo governo. Tem melhor efeito quando tomado no início do quadro.
Antitérmicos, analgésicos e expectorantes controlam os sintomas da doença. O prognóstico é bom. Se o paciente segue o tratamento indicado pelo médico há uma completa resolução do quadro.
As complicações mais comuns são a pneumonia, infecções bacterianas, convulsões, miocardite, insuficiência renal e falência de múltiplos órgãos. Em metade dos casos ocorre insuficiência respiratória, que, em alguns casos, pode levar à morte do paciente. O tratamento médico, o repouso e a hidratação são essenciais. O isolamento evita transmitir o vírus aos amigos e familiares.
A melhor prevenção é a vacina.
Ela é dose única e anual. É eficaz e segura. Protege contra os três tipos de vírus. Deve ser feita todos os anos. No SUS está disponível a vacina trivalente para os grupos de risco, embora esteja recomendada para toda a população.
Lavar constantemente as mãos, não levá-las com frequência à boca e ao nariz, bem como evitar espaços fechados com aglomeração de pessoas, também ajudam a prevenir. A prevenção é sempre o melhor tratamento.
“A melhor prevenção é a vacina. Ela é dose única e anual.
É eficaz e segura.
Protege contra os três tipos de vírus. Deve ser feita todos os
anos.”