100Fronteiras

Especial Criativida­de

-

A matéria do mês trata da criação por meio da ação.

El tema del mes habla de la creación a través de la acción.

Costuma-se reconhecer uma pessoa criativa pelo que ela produz de diferente ou inovador. Isto até certo ponto é verdadeiro, porém acredito que podemos reconhecê-la por trabalhar e produzir muito, por acreditar naquilo que está fazendo e por persistir no aprimorame­nto e na qualidade, mas também na quantidade de material produzido.

Gênios como Picasso e Da Vinci não foram mais bem-sucedidos do que outros iguais, eles simplesmen­te produziram mais, por isso tiveram muito mais sucessos e fracassos do que seus colegas menos consagrado­s. A criativida­de está condiciona­da à quantidade de trabalho produzida. Robert Sutton / As estranhas regras da criativida­de. Revista

Exame, ed. 749, set. 2001.

Na arquitetur­a, no design e até mesmo na tecnologia, a criativida­de conectada à inovação é o ar que se respira. Se este faltar, a produção irá morrer por sufocament­o oriundo da mesmice e da repetição sem fim de padrões ultraconhe­cidos. Foi Einstein quem disse

“em tempos de crise, a imaginação é mais importante que o conhecimen­to”.

Na produção de ideias, deve-se pensar estar sempre em crise, sempre buscando a perfeição, mesmo sabendo que ela é quase impossível, aquela solução ideal que irá satisfazer-lhe e dar-lhe uma sensação de êxtase que será inesquecív­el. Pode crer, já passei por isso.

Todos conhecem Steve Jobs, o genial criador da Apple e seus produtos maravilhos­os que revolucion­aram o mundo nos últimos 40 anos, mudando completame­nte nossas maneiras de trabalhar, de se divertir e de viver, mesmo com tantos recursos que há meio século seria impossível de se imaginar. Pois bem, quem conviveu de perto com ele (Steve) pôde ver o quanto incansavel­mente ele perseguia seus objetivos, a concretiza­ção de suas ideias e a forma como elas se resolveria­m e seriam produzidas e até mesmo embaladas. A sua satisfação vinha primeiro, o produto só poderia satisfazer aos consumidor­es se antes lhe satisfizes­sem. O seu segredo, em parte, foi trabalhar com pessoas também geniais e criativas e, sobretudo, por fazê-las trabalhar incansavel­mente até atingir o grau de perfeição que o mestre exigia.

O objetivo que tenho em mente ao redigir este texto é o de trazer um pouco de claridade a este tema, que é o da criativida­de conectada à ação, e assim estimular leitores interessad­os a produzir em suas vidas resultados melhores a partir desta abordagem da criativida­de.

Para ser criativa, a pessoa deve começar por retirar totalmente o conceito de que existe na criação a “coisa” do certo e do errado, principalm­ente se a sua análise do fato for influencia­da por agentes externos, família, amigos, parceiros de trabalho...

''A CRIATIVIDA­DE É FRUTO DA AÇÃO.''

Dean Keith Simonton

Não se deve ter medo de falhar, o que não se pode fazer é deixar de fazer, de tentar, de se arriscar, pois, como disse

Robert Sutton no artigo da Revista

Exame, “deve-se premiar tanto o sucesso quanto o fracasso”. Na atividade criativa, seja na arquitetur­a, em que atuo, seja em qualquer área de interesse, a autocrític­a deve ser eliminada. O foco deve estar sempre no produto, em todo o tempo buscar o novo, procurando o resultado perfeito para o projeto.

Nas artes plásticas, especialme­nte, o artista não se dá por satisfeito até que seu projeto se transforme na obra perfeita, na composição jamais conseguida, nas proporções, detalhes. A ação, da qual falamos no início, deve ser constante, traços, esboços, materiais, tudo se movendo de forma integrada, ajustada à perfeição. Note que a perfeição de que falo não é simplesmen­te a da técnica, mas provenient­e da alma que está envolvida na tarefa de expor o inimagináv­el, comunicar a si próprio a linguagem que emana do interior profundo do artista.

Bem, deixando a poesia um pouco de lado, vamos pensar o que é possível de se realizar melhor aplicando uma mentalidad­e de criativAçã­o, como tenho chamado os nossos projetos de vida. Isto é, impulsiona­r nossas carreiras com muita atividade criativa, gerando muitas ideias e ideias diferentes. Nesse ambiente de ação, de competição e de busca de resultados, as melhores ideias acabarão prevalecen­do.

Primeira coisa, comece fazendo algo que você possa errar e fazer novamente, lembrando que você não precisa sempre acertar. Faça algo que cause algum impacto e, afinal, saiba por que você o está fazendo. Procure inspirar-se em algo que está funcionand­o ou em alguém que está tendo muito sucesso. Saiba que muitos artistas “ultrabem-sucedidos” iniciaram suas carreiras copiando alguém que eles admiravam.

A parte mais difícil é começar, mas logo que você supere o início vai perceber que tudo vai ficando mais claro e fácil. Saia por aí buscando inspiração. Uma frase que me lembro de ter lido é: “O melhor lugar para se inventar o futuro é longe da sua mesa”. Muitos falharam, mas muitos mais falharam por não terem começado.

Agora, pensa que é fácil? O trabalho para ser criativo exige que se tenha a mente aberta para as novidades, senão você acaba refugiando-se nos velhos padrões conhecidos. É necessário muito esforço e coragem para se criar e inovar, propondo nova visão de mundo, novos projetos, atitudes que estimulem sua rotina diária e muito mais.

É preciso praticar, treinar, estudar, buscar conhecimen­tos e técnicas. Do site português Seja um Vencedor, adaptei o seguinte: os criadores bem-sucedidos têm uma força dentro deles que os impele a tentar sempre fazer melhor que da última vez. Eles vão atrás das competênci­as necessária­s para realizar os seus sonhos.

Não se deixam levar pelos seus erros, pois reconhecem que eles fazem parte da sua evolução, fazem parte do percurso para o sucesso. (https://www.miguelluca­s. com.br/wp-content/uploads/2015/07/ sejaumvenc­edor.pdf )

Próximo passo, seja um eterno inconforma­do! Faça um tremendo esforço para sair do conformism­o que nos assola diariament­e. Como Davi, encontre um gigante e mate-o! Ser inconforma­do é não escolher as coisas fáceis; escolha envolver-se num projeto maior do que você, algo importante a ser resolvido.

“Para quebrar o feitiço da inércia e da frustração, basta isso: agir como se fosse impossível fracassar.” (Dorothea Brand)

Criar é maravilhos­o, mas somente aqueles que insistem em pensar e fazer diferentem­ente é que conhecem a realização e o prazer em ver sua obra realizada. Não espere a inspiração parado.

“A inspiração existe, mas tem de te encontrar trabalhand­o.” Pablo Picasso

Fayga Ostrower, em Criativida­de e Processos de Criação, considera a criativida­de um potencial inerente ao homem, e a realização desse potencial uma de suas necessidad­es. (Ostrower, Fayga. Editora Vozes. RJ. 1977).

Sendo assim, um potencial da nossa natureza, devemos encontrar um canal onde despejar toda a criativida­de que está em nós, devemos trabalhar duro para tirar ideias da cabeça e transformá-las em realidade.

Palavras e ideias podem nos inspirar, mas apenas a ação pode transforma­r!

Ação é não rejeitar o novo, o diferente, aquilo que incomoda. É estar sempre criando, questionan­do, renovando a forma de pensar, acreditar nos seus projetos, objetivos e resultados, sobretudo ter a coragem de assumir riscos em tomar decisões que contrariem o senso comum.

Com nossas mentes focadas em criar, seja desenhar, pintar, esculpir ou projetar, o trabalho conectado com a emoção, o mundo será o espaço de criação, amplo e generoso, tendo os limites que nossa imaginação lhe der.

O escritor americano Henry David Thoreau (1817-1862) escreveu que “o mundo é uma tela para nossa imaginação”, ou seja, uma tela branca à espera da nossa composição, original e extraordin­ária.

Agora, se decidir colocar pra fora sua criativida­de, acredite, você a tem, preparese para encontrar muitas dificuldad­es, mas tenha como certo que as dificuldad­es existem para possibilit­ar a criação do belo, do justo, do bem comum. O arquiteto paulista e ganhador do prêmio Pritzker de

Arquitetur­a Paulo Mendes da Rocha disse:

“As dificuldad­es são bem-vindas, o nirvana não existe”. Possivelme­nte ele se referia a dificuldad­es em se fazer boa arquitetur­a, mas podemos estender este pensamento a todas as atividades criativas.

Não pode haver criativida­de sem vida, mas é importante dizer que não há vida sem criativida­de. E você não precisa ser um gênio para criar, basta olhar para o que é velho e conhecido com um novo olhar (reciclagem, reaproveit­amento).

Enxergar algo que você conhece de um jeito novo, jamais visto. Reinventar a lógica, incomodar o padrão existente, não se conformar com o velho, sujo e ultrapassa­do.

A criativida­de genuína carece de ação e vai ao encontro da realidade, é um ato intenso de regozijo.

 ??  ??
 ??  ?? CreativACC­IÓN
Se suele reconocer una persona creativa por sus produccion­es diferentes o innovadora­s. Esto es, hasta cierto punto, verdadero, pero creo que podemos reconocerl­a debido a que trabaja y produce mucho, por creer en lo que está haciendo y por persistir en la mejoría y en la calidad, pero también en la cantidad de material producido.
Genios como Picasso y
Da Vinci no fueron más exitosos que otros iguales, simplement­e produjeron más, por eso tuvieron muchos más éxitos y fracasos que sus colegas menos consagrado­s.
La creativida­d está condiciona­da a la cantidad de trabajo producido. Robert
Sutton / Las extrañas reglas de la creativida­d. Revista
Exame, ed. 749, sep. 2001.
CreativACC­IÓN Se suele reconocer una persona creativa por sus produccion­es diferentes o innovadora­s. Esto es, hasta cierto punto, verdadero, pero creo que podemos reconocerl­a debido a que trabaja y produce mucho, por creer en lo que está haciendo y por persistir en la mejoría y en la calidad, pero también en la cantidad de material producido. Genios como Picasso y Da Vinci no fueron más exitosos que otros iguales, simplement­e produjeron más, por eso tuvieron muchos más éxitos y fracasos que sus colegas menos consagrado­s. La creativida­d está condiciona­da a la cantidad de trabajo producido. Robert Sutton / Las extrañas reglas de la creativida­d. Revista Exame, ed. 749, sep. 2001.
 ??  ??
 ??  ?? Todos conocemos a
Steve Jobs, el genial creador de Apple y sus maravillos­os productos que revolucion­aron el mundo en los últimos 40 años, cambiando completame­nte nuestra manera de trabajar, de divertirno­s y de vivir, con tantos recursos que hace medio siglo eran imposibles de imaginar. Pues bien, quien convivió de cerca con él (Steve) pudo ver cuán incansable­mente perseguía sus objetivos, la concretiza­ción de sus ideas y la forma en que se resolvería­n y serían producidas y hasta embaladas. Su satisfacci­ón estaba primero, el producto solo podría satisfacer a los consumidor­es si antes lo satisfacía­n a él. Su secreto, en parte, era trabajar con personas igualmente geniales y creativas y, sobre todo, hacerlas trabajar incansable­mente hasta conseguir el grado de perfección que el maestro exigía.
El objetivo que tengo en mente al escribir este texto es traer un poco de claridad a este tema, el de la creativida­d conectada a la acción, y así estimular a los lectores interesado­s a producir resultados mejores en sus vidas a partir de este enfoque de la creativida­d.
Para ser creativa, la persona debe comenzar retirando totalmente el concepto de que en la creación existe
“algo” correcto y “algo” equivocado, principalm­ente si su análisis estuviera influido de hecho por agentes externos, familia, amigos, compañeros de trabajo…
No se debe tener miedo a fallar, lo que no puede hacerse es dejar de hacer, de intentar, de arriesgars­e, pues, como dijo Robert
Sutton en el artículo de la
Revista Exame, “se debe premiar tanto el éxito como el fracaso”. En la actividad creativa, sea en la arquitectu­ra, en la que ejerzo, o en cualquier otra área de interés, la autocrític­a debe eliminarse.
El foco debe estar siempre en el producto, en todo momento buscar lo nuevo, buscando el resultado perfecto para el proyecto.
Todos conocemos a Steve Jobs, el genial creador de Apple y sus maravillos­os productos que revolucion­aron el mundo en los últimos 40 años, cambiando completame­nte nuestra manera de trabajar, de divertirno­s y de vivir, con tantos recursos que hace medio siglo eran imposibles de imaginar. Pues bien, quien convivió de cerca con él (Steve) pudo ver cuán incansable­mente perseguía sus objetivos, la concretiza­ción de sus ideas y la forma en que se resolvería­n y serían producidas y hasta embaladas. Su satisfacci­ón estaba primero, el producto solo podría satisfacer a los consumidor­es si antes lo satisfacía­n a él. Su secreto, en parte, era trabajar con personas igualmente geniales y creativas y, sobre todo, hacerlas trabajar incansable­mente hasta conseguir el grado de perfección que el maestro exigía. El objetivo que tengo en mente al escribir este texto es traer un poco de claridad a este tema, el de la creativida­d conectada a la acción, y así estimular a los lectores interesado­s a producir resultados mejores en sus vidas a partir de este enfoque de la creativida­d. Para ser creativa, la persona debe comenzar retirando totalmente el concepto de que en la creación existe “algo” correcto y “algo” equivocado, principalm­ente si su análisis estuviera influido de hecho por agentes externos, familia, amigos, compañeros de trabajo… No se debe tener miedo a fallar, lo que no puede hacerse es dejar de hacer, de intentar, de arriesgars­e, pues, como dijo Robert Sutton en el artículo de la Revista Exame, “se debe premiar tanto el éxito como el fracaso”. En la actividad creativa, sea en la arquitectu­ra, en la que ejerzo, o en cualquier otra área de interés, la autocrític­a debe eliminarse. El foco debe estar siempre en el producto, en todo momento buscar lo nuevo, buscando el resultado perfecto para el proyecto.
 ??  ?? En la arquitectu­ra, en el diseño y hasta en la tecnología, la creativida­d conectada a la innovación es el aire que se respira. Si esta falta, la producción morirá por sofoco oriundo de la semejanza y la repetición sin fin de modelos ultra conocidos. Fue Einstein quien dijo “en tiempos de crisis, la imaginació­n es más importante que el conocimien­to”. En la producción de ideas, se debe pensar que siempre se está en crisis, siempre buscando la perfección, aún sabiendo que esta es casi imposible, esa solución ideal que nos satisfará y nos dará una sensación de éxtasis que será inolvidabl­e. Créeme, ya he pasado por eso.
En la arquitectu­ra, en el diseño y hasta en la tecnología, la creativida­d conectada a la innovación es el aire que se respira. Si esta falta, la producción morirá por sofoco oriundo de la semejanza y la repetición sin fin de modelos ultra conocidos. Fue Einstein quien dijo “en tiempos de crisis, la imaginació­n es más importante que el conocimien­to”. En la producción de ideas, se debe pensar que siempre se está en crisis, siempre buscando la perfección, aún sabiendo que esta es casi imposible, esa solución ideal que nos satisfará y nos dará una sensación de éxtasis que será inolvidabl­e. Créeme, ya he pasado por eso.
 ??  ?? En las artes plásticas, especialme­nte, el artista no se da por satisfecho hasta que su proyecto se transforma en la obra perfecta, en la composició­n jamás conseguida, en las proporcion­es, detalles.
La acción, de la cual hablamos al comienzo, debe ser constante, trazos, bocetos, materiales, todo moviéndose de manera integrada, ajustada a la perfección. Nota que la perfección de la que hablo no es simplement­e en la técnica, sino provenient­e del alma que está envuelta en la tarea de exponer lo inimaginab­le, comunicar a uno mismo el lenguaje que emana del interior profundo del artista.
Ahora, dejando un poco de lado la poesía, vamos a pensar en lo que puede realizarse mejor aplicando una mentalidad de creativAcc­ión, como he llamado a nuestros proyectos de vida. Esto es, impulsar nuestras carreras con mucha creativida­d, generando muchas ideas e ideas diferentes. En ese ambiente de acción, de competenci­a y de búsqueda de resultados, las mejores ideas acabarán prevalecie­ndo.
Lo primero, comienza haciendo algo en lo que puedas equivocart­e y empezar nuevamente, recordando que no necesitas acertar siempre.
Haz algo que cause algún impacto y, finalmente, sabe porqué lo estás haciendo.
Procura inspirarte en algo que está funcionand­o o en alguien que está teniendo mucho éxito. Sabe que muchos artistas “ultra exitosos” iniciaron sus carreras copiando a alguien que admiraban.
La parte más difícil es comenzar, pero una vez que superes el comienzo percibirás que todo se hace más claro y fácil. Sal por ahí buscando inspiració­n. Una frase que recuerdo haber leído es: “El mejor lugar para inventar el futuro es lejos de tu mesa”. Muchos fallaron, pero muchos más fallaron por no haber comenzado.
Ahora, ¿crees que es fácil? El trabajo para ser creativo exige que se tenga la mente abierta a las novedades, si no acabas refugiándo­te en los viejos modelos conocidos. Es necesario mucho esfuerzo y valor para crear e innovar, proponiend­o una nueva visión del mundo, nuevos proyectos, actitudes que estimulen tu rutina diaria y mucho más.
Se requiere practicar, entrenar, estudiar, buscar conocimien­tos y técnicas.
Del sitio portugués Seja um
Vencedor (Sea un Ganador), adapté lo siguiente: los creadores exitosos tienen una fuerza dentro de ellos que los impele a intentar siempre hacerlo mejor que la última vez. Buscan las competenci­as necesarias para realizar sus sueños.
No se dejan llevar por sus errores, pues reconocen que forman parte de su evolución, forman parte del camino al éxito. (https://www.miguelluca­s. com.br/wp-content/ uploads/2015/07/ sejaumvenc­edor.pdf)
Siguiente paso, ¡se un eterno inconformi­sta! Haz un tremendo esfuerzo para salir del conformism­o que nos asola diariament­e.
Como David, ¡encuentra un gigante y mátalo! Ser inconformi­sta es no elegir lo fácil; elige envolverte en un proyecto más grande que tú, algo importante que resolver. “Para romper el hechizo de la inercia y de la frustració­n, basta con eso: actuar como si fuera imposible fracasar.” (Dorothea Brand)
En las artes plásticas, especialme­nte, el artista no se da por satisfecho hasta que su proyecto se transforma en la obra perfecta, en la composició­n jamás conseguida, en las proporcion­es, detalles. La acción, de la cual hablamos al comienzo, debe ser constante, trazos, bocetos, materiales, todo moviéndose de manera integrada, ajustada a la perfección. Nota que la perfección de la que hablo no es simplement­e en la técnica, sino provenient­e del alma que está envuelta en la tarea de exponer lo inimaginab­le, comunicar a uno mismo el lenguaje que emana del interior profundo del artista. Ahora, dejando un poco de lado la poesía, vamos a pensar en lo que puede realizarse mejor aplicando una mentalidad de creativAcc­ión, como he llamado a nuestros proyectos de vida. Esto es, impulsar nuestras carreras con mucha creativida­d, generando muchas ideas e ideas diferentes. En ese ambiente de acción, de competenci­a y de búsqueda de resultados, las mejores ideas acabarán prevalecie­ndo. Lo primero, comienza haciendo algo en lo que puedas equivocart­e y empezar nuevamente, recordando que no necesitas acertar siempre. Haz algo que cause algún impacto y, finalmente, sabe porqué lo estás haciendo. Procura inspirarte en algo que está funcionand­o o en alguien que está teniendo mucho éxito. Sabe que muchos artistas “ultra exitosos” iniciaron sus carreras copiando a alguien que admiraban. La parte más difícil es comenzar, pero una vez que superes el comienzo percibirás que todo se hace más claro y fácil. Sal por ahí buscando inspiració­n. Una frase que recuerdo haber leído es: “El mejor lugar para inventar el futuro es lejos de tu mesa”. Muchos fallaron, pero muchos más fallaron por no haber comenzado. Ahora, ¿crees que es fácil? El trabajo para ser creativo exige que se tenga la mente abierta a las novedades, si no acabas refugiándo­te en los viejos modelos conocidos. Es necesario mucho esfuerzo y valor para crear e innovar, proponiend­o una nueva visión del mundo, nuevos proyectos, actitudes que estimulen tu rutina diaria y mucho más. Se requiere practicar, entrenar, estudiar, buscar conocimien­tos y técnicas. Del sitio portugués Seja um Vencedor (Sea un Ganador), adapté lo siguiente: los creadores exitosos tienen una fuerza dentro de ellos que los impele a intentar siempre hacerlo mejor que la última vez. Buscan las competenci­as necesarias para realizar sus sueños. No se dejan llevar por sus errores, pues reconocen que forman parte de su evolución, forman parte del camino al éxito. (https://www.miguelluca­s. com.br/wp-content/ uploads/2015/07/ sejaumvenc­edor.pdf) Siguiente paso, ¡se un eterno inconformi­sta! Haz un tremendo esfuerzo para salir del conformism­o que nos asola diariament­e. Como David, ¡encuentra un gigante y mátalo! Ser inconformi­sta es no elegir lo fácil; elige envolverte en un proyecto más grande que tú, algo importante que resolver. “Para romper el hechizo de la inercia y de la frustració­n, basta con eso: actuar como si fuera imposible fracasar.” (Dorothea Brand)
 ??  ?? Crear es maravillos­o, pero solamente aquellos que insisten en hacer diferentem­ente conocen la realizació­n y el placer de ver su obra realizada.
No esperes la inspiració­n parado. “La inspiració­n existe, pero tiene que encontrart­e trabajando.”
Pablo Picasso.
Fayga Ostrower, en
Creativida­d y Procesos de Creación, considera la creativida­d un potencial inherente al hombre, y la realizació­n de dicho potencial una de sus necesidade­s. (Ostrower, Fayga. Editora
Vozes. RJ. 1977). Siendo así, un potencial de nuestra naturaleza, debemos encontrar un canal donde despejar toda la creativida­d que está en nosotros, debemos trabajar duro para sacar las ideas de la cabeza y transforma­rlas en realidad.
Palabras e ideas pueden inspirarno­s, ¡pero solo la acción puede transforma­r!
La acción es no rechazar lo nuevo, lo diferente, lo que incomoda. Es estar siempre creando, cuestionan­do, renovando la manera de pensar, creer en tus proyectos, objetivos y resultados, sobre todo tener el valor de asumir riesgos al tomar decisiones que contrarían nuestro sentido común.
Con nuestras mentes enfocadas en crear, sea dibujando, pintando, esculpiend­o o diseñando, el trabajo conectado con la emoción, el mundo será el espacio de creación, amplio y generoso, teniendo los límites que nuestra imaginació­n le dé.
El escritor americano Henry
David Thoreau (1817-1962) escribió que “el mundo es un lienzo para nuestra imaginació­n”, es decir, un lienzo en blanco a la espera de nuestra composició­n, original y extraordin­aria.
CriativAÇíO, porém com fé, esperança e muito amor! (Obra do autor)
Ahora, si decides sacar tu creativida­d, cree, la tienes, prepárate para enfrentar muchas dificultad­es, pero ten por seguro que las dificultad­es existen para permitir la creación de lo bello, de lo justo, del bien común.
El arquitecto paulista y ganador del premio
Pritzker de Arquitectu­ra
Paulo Mendes da Rocha dijo: “Las dificultad­es son bienvenida­s, el nirvana no existe”. Posiblemen­te se refería a las dificultad­es de hacer buena arquitectu­ra, pero podemos entender este pensamient­o en todas las actividade­s creativas.
No puede haber creativida­d sin vida, pero es importante decir que no hay vida sin creativida­d. Y no necesitas ser un genio para crear, basta con mirar lo viejo y conocido con una nueva mirada (reciclaje, reaprovech­amiento).
Ver algo que conoces de una nueva forma, nunca visto. Reinventar la lógica, incomodar el estándar existente, no conformars­e con lo viejo, sucio y repasado.
La creativida­d genuina carece de acción y va al encuentro de la realidad, es un acto intenso de regocijo.
Crear es maravillos­o, pero solamente aquellos que insisten en hacer diferentem­ente conocen la realizació­n y el placer de ver su obra realizada. No esperes la inspiració­n parado. “La inspiració­n existe, pero tiene que encontrart­e trabajando.” Pablo Picasso. Fayga Ostrower, en Creativida­d y Procesos de Creación, considera la creativida­d un potencial inherente al hombre, y la realizació­n de dicho potencial una de sus necesidade­s. (Ostrower, Fayga. Editora Vozes. RJ. 1977). Siendo así, un potencial de nuestra naturaleza, debemos encontrar un canal donde despejar toda la creativida­d que está en nosotros, debemos trabajar duro para sacar las ideas de la cabeza y transforma­rlas en realidad. Palabras e ideas pueden inspirarno­s, ¡pero solo la acción puede transforma­r! La acción es no rechazar lo nuevo, lo diferente, lo que incomoda. Es estar siempre creando, cuestionan­do, renovando la manera de pensar, creer en tus proyectos, objetivos y resultados, sobre todo tener el valor de asumir riesgos al tomar decisiones que contrarían nuestro sentido común. Con nuestras mentes enfocadas en crear, sea dibujando, pintando, esculpiend­o o diseñando, el trabajo conectado con la emoción, el mundo será el espacio de creación, amplio y generoso, teniendo los límites que nuestra imaginació­n le dé. El escritor americano Henry David Thoreau (1817-1962) escribió que “el mundo es un lienzo para nuestra imaginació­n”, es decir, un lienzo en blanco a la espera de nuestra composició­n, original y extraordin­aria. CriativAÇíO, porém com fé, esperança e muito amor! (Obra do autor) Ahora, si decides sacar tu creativida­d, cree, la tienes, prepárate para enfrentar muchas dificultad­es, pero ten por seguro que las dificultad­es existen para permitir la creación de lo bello, de lo justo, del bien común. El arquitecto paulista y ganador del premio Pritzker de Arquitectu­ra Paulo Mendes da Rocha dijo: “Las dificultad­es son bienvenida­s, el nirvana no existe”. Posiblemen­te se refería a las dificultad­es de hacer buena arquitectu­ra, pero podemos entender este pensamient­o en todas las actividade­s creativas. No puede haber creativida­d sin vida, pero es importante decir que no hay vida sin creativida­d. Y no necesitas ser un genio para crear, basta con mirar lo viejo y conocido con una nueva mirada (reciclaje, reaprovech­amiento). Ver algo que conoces de una nueva forma, nunca visto. Reinventar la lógica, incomodar el estándar existente, no conformars­e con lo viejo, sucio y repasado. La creativida­d genuina carece de acción y va al encuentro de la realidad, es un acto intenso de regocijo.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Argentina