Doutor Antoninho Sabbi
OAgosto Dourado é o mês da conscientização sobre a importância do leite materno nos primeiros meses de vida do bebê e do incentivo à doação desse alimento tão precioso. A primeira semana de agosto é a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), cujo objetivo é conscientizar a sociedade sobre a importância da amamentação para a saúde de mulheres e crianças.
Um dos momentos de maior intimidade e amor com o bebê é a hora da amamentação. É por meio do leite materno que ele recebe todos os nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento. São inúmeros os benefícios da amamentação para os bebês.
Entre eles:
reforça os laços afetivos entre mãe e bebê; fornece anticorpos que ajudam o bebê a combater vírus e bactérias e a ter menos infecções e alergias; ajuda a manter o peso saudável do bebê; colabora no desenvolvimento cerebral, o que pode tornar as crianças mais inteligentes.
A alimentação pode ser exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida. Pode ser prolongada até os dois anos ou mais. A amamentação é reconhecida como o padrão para a alimentação infantil. Mães que amamentam por tempo prolongado têm filhos mais saudáveis física e mentalmente, com menos risco de câncer de mama e de esclerose múltipla.
A amamentação é mais saudável se a mãe tem boa saúde. Uma dieta saudável é essencial. Gestante que reduz a quantidade de carne, produtos lácteos, óleo de amendoim e óleo de soja (ricos em ômega 6) e enriquece a dieta com peixe, sementes de chia, sementes de linhaça, nozes, salmão selvagem, atum, gema de ovo (ricos em ômega 3) fornece a seu bebê maior quantidade de ômega 3, o que o torna ainda mais saudável.
Também é recomendável que as gestantes ingiram multivitaminas, incluindo a vitamina D, ácido fólico e sais minerais, durante a gravidez, para aumentar a qualidade dos suprimentos nutricionais do leite materno.
A ingestão de álcool pela futura mamãe não chega a ser proibida, mas não é recomendada. Quando ingerido, o álcool passa para o bebê através do leite. O conteúdo de álcool no leite é proporcional a quanto a mãe bebe.
O álcool inibe a produção do hormônio prolactina, responsável pela produção do leite, além de poder alterar o cheiro e o sabor dele.
O excesso de café também é pouco recomendado. Alguns bebês e crianças podem ser sensíveis à cafeína e apresentar maior irritabilidade e distúrbios do sono quando expostos à cafeína do leite materno.
E o fumo? Cerca de 87% das fumantes que engravidam não abrem mão do cigarro. Mãe e filho compartilham a circulação sanguínea, portanto o bebê fica exposto à nicotina e outras substâncias nocivas à saúde. A nicotina diminui o calibre das artérias responsáveis por levar nutrientes e oxigênio ao feto, retardando assim seu crescimento e favorecendo malformações congênitas, como lábio leporino, além de complicações digestivas e respiratórias.
No recém-nascido, o contato com a fumaça ou o ambiente de um fumante pode levar a criança a ter mais infecções nas vias aéreas, diminuir a capacidade pulmonar e provocar outras doenças respiratórias, bem como elevar o risco de morte por problemas que poderiam ser evitados.
Assim, a amamentação é essencial para os bebês. E quanto mais saudável o leite materno, mais saúde e bem-estar a mãe oferece ao seu filho, tanto antes quanto depois do seu nascimento.
“A Semana
Mundial do
Aleitamento
Materno tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da amamentação”