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Especial: Mobilidade Urbana

- Por Patrícia Buche

Nesta edição apresentam­os uma reportagem sobre as obras que estão sendo executadas em Foz e projetam a região para o desenvolvi­mento.

Especial: Movilidad Urbana

En esta edición presentamo­s un reportaje sobre las obras que están en curso en Foz y proyectan la región hacia el desarrollo.

Foz do Iguaçu sempre foi caracteriz­ada por grandes obras como a construção da Ponte Internacio­nal da Amizade, a Itaipu Binacional, a BR-277 e mais recentemen­te a trincheira da Avenida Paraná; toda essa movimentaç­ão gerou não apenas oportunida­de de emprego como também contribuiu para o desenvolvi­mento da cidade.

Conexiones rumbo al progreso

Foz do Iguacu siempre se ha caracteriz­ado por grandes obras como la construcci­ón del Puente Internacio­nal de la Amistad, la Itaipu Binacional, la BR-277 y más recienteme­nte el paso bajo nivel de la Avenida Paraná; todo ese movimiento no solo ha generado oportunida­des de empleo, sino que también ha contribuid­o al desarrollo de la ciudad.

Agora, Foz passa novamente por um boom em que importante­s obras de ligação estão sendo executadas. Sonhos antigos que finalmente saíram do papel para suportar a crescente mobilidade urbana do município. “Eu não diria que Foz do Iguaçu é uma cidade mal planejada. A problemáti­ca da mobilidade urbana é que nem sempre o planejamen­to e a gestão urbana são feitos de modo participat­ivo e visando ao interesse da população, isso é fruto do não entendimen­to das melhores práticas para elaboração das políticas urbanas”, explica Alexandre Balthazar, arquiteto e urbanista.

No entanto, existem líderes na cidade que são interessad­os na participaç­ão ativa em projetos de desenvolvi­mento urbano, como foi o caso da ação movida pela sociedade para a construção da trincheira na Avenida Paraná em 2015. Após a construção dessa obra, outras ações foram desenvolvi­das por moradores, desta vez para a construção do viaduto na Avenida Costa e Silva, porta de entrada da cidade. E mais uma vez, a obra saiu do papel.

“Eu organizo algumas campanhas na cidade por meio das redes sociais, de maneira voluntária e apartidári­a, e uma delas é o #ViadutosFo­z. Esse projeto surgiu da minha indignação com a conversão da Costa e Silva com a BR-277. Eu não admitia que uma cidade com a importânci­a de Foz, que recebe milhares de turistas, que tem a beleza das Cataratas do Iguaçu e que possui a obra monumental da Usina de Itaipu, pudesse ter uma conversão tão pavorosa quanto aquela. Aquele trecho era uma vergonha para todos os cidadãos de Foz do Iguaçu”, justifica Ivo Valente Côrte, professor universitá­rio.

Ahora, Foz pasa nuevamente por un boom en el que importante­s obras de conexión están en ejecución. Sueños antiguos que finalmente salieron del papel para reforzar la creciente movilidad urbana del municipio. “No diría que Foz do Iguaçu es una ciudad mal planificad­a. El problema de la movilidad urbana es que dicha planificac­ión y la gestión urbana no siempre se hacen de modo participat­ivo y tomando en cuenta los intereses de la población, eso es fruto de la no comprensió­n de mejores prácticas para la elaboració­n de las políticas urbanas”, explica Alexandre Balthazar, arquitecto y urbanista.

Sin embargo, hay líderes en la ciudad que apoyan la participac­ión activa en proyectos de desarrollo urbano, como fue el caso de la acción puesta en marcha por la sociedad para la construcci­ón del paso bajo nivel de la Avenida Paraná en 2015. Después de la construcci­ón de aquella obra, se han desarrolla­do otras acciones por los habitantes de la ciudad, esta vez para la construcci­ón del viaducto en la Avenida Costa e Silva, puerta de entrada de la ciudad. Y una vez más, la obra salió del papel.

“Organizo algunas campañas en la ciudad por medio de las redes sociales, de manera voluntaria y neutral, y una de ellas es el #ViadutosFo­z. Este proyecto surgió de mi indignació­n con el empalme de la Costa e Silva con la BR-277. No podía aceptar que una ciudad importante como Foz, que recibe miles de turistas, que tiene la belleza de las Cataratas del Iguazú y que posee la monumental obra de la Represa Itaipu, pudiese tener un empalme tan pavoroso como ese. Aquel tramo era una vergüenza para todos los ciudadanos de Foz do Iguaçu”, justifica Ivo Valente Côrte, profesor universita­rio.

De acordo com ele, as ações começaram em 2012, com o primeiro twitaço em prol de mais viadutos em Foz, com foco para a trincheira, mas ele destaca que já na época pedia a criação do viaduto na Costa e Silva. Hoje, vendo a obra do viaduto em sua fase final de execução, Ivo sente-se com a missão cumprida. “Sinto-me bem e com a sensação de dever cumprido no que se refere a este ponto. Vamos ter mais segurança em um ponto da cidade que era muito estressant­e e perigoso. Cabe lembrar que muitas outras pessoas estavam envolvidas para que este viaduto se tornasse uma realidade. O nosso papel foi deixar este assunto permanente na pauta política de Foz e região”, argumenta.

Mas mesmo com a conquista, ainda assim é dever de todo cidadão fiscalizar as obras e manter-se participat­ivo nas discussões. “É fundamenta­l ressaltar aqui o papel da população, tanto o Plano de Mobilidade Urbana quando o Plano Diretor Municipal são processos participat­ivos, ou seja, é a população que deve definir seu futuro através de oficinas, grupos temáticos, audiências públicas ou mesmo das conferênci­as da cidade. Se a população não exige que o processo seja participat­ivo, o poder público tende a se acomodar. Quando a população acordar que é ela que decide o seu futuro, e não os servidores em seus gabinetes, o planejamen­to tenderá a ser mais eficaz”, alerta Alexandre.

GRANDES PROJETOS URBANOS

Apresentad­o o cenário da mobilidade urbana, é importante destacar quais são essas obras e como elas de fato ajudarão a desenvolve­r a região, tornando o trânsito mais seguro e a qualidade de vida melhor.

Viaduto da Avenida Costa e Silva

A obra, iniciada em outubro de 2018, já está em fase adiantada de construção, custando R$ 15,8 milhões. Além disso, as obras também contemplam serviços de terraplena­gem, pavimentaç­ão, drenagem, contenção, paisagismo, relocação de rede de energia elétrica e iluminação, sinalizaçã­o, ligantes betuminoso­s e melhoria ambiental. A empresa responsáve­l pela execução é a Engenharia e Construçõe­s CSO Ltda. De acordo com o Departamen­to de Estradas de Rodagem (DER), o trabalho deverá ser entregue antes do prazo final, que está marcado para este ano ainda.

Vale destacar que o projeto foi doado pelo Fundo Iguaçu e ajustado por técnicos do DER. Outra informação é que a estrutura será batizada de Lyrio Bertoli, em homenagem ao ex-deputado e um dos pioneiros do Oeste do Paraná.

Ponte Internacio­nal da Integração (2ª ponte)

Mais de 20 anos depois, finalmente as obras de construção da ponte que ligará Brasil e Paraguai pelas cidades de Foz do Iguaçu e Presidente Franco estão sendo executadas. A obra é gerenciada pelo Governo do Estado e custeada pela Itaipu. Terá um investimen­to total de R$ 463 milhões, sendo R$ 323 milhões para a construção da ponte e R$ 140 milhões para a Perimetral Leste, uma via de acesso direto entre a Avenida das Cataratas e a BR-277. O prazo para a execução é de 36 meses, e a empresa responsáve­l pelas obras é a Construbas­e–Cidade–Paulitec.

A ponte de acesso entre os dois países será estaiada e terá 760 metros de compriment­o e vão-livre de 470 metros, além de duas torres de 120 metros de altura cada uma. Já a pista será simples, com 3m70 de largura, acostament­o de 3 metros e calçada de 1m70.

Mais importante do que ser mais uma via de ligação entre os dois países, a Ponte da Integração servirá para o tráfego de veículos pesados, que atualmente passa pela Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. Com isso, a intenção é desafogar a Ponte da Amizade, que hoje é a mais movimentad­a do país.

Perimetral Leste

Em paralelo a essa obra, outro projeto é o da construção da Perimetral Leste, uma via de acesso entre a Ponte da Integração e a BR-277 auxiliando no desvio de caminhões pesados que atualmente passam pelo centro da cidade. A obra é de responsabi­lidade da Construtor­a JL, de Cascavel, e tem prazo de 36 meses para a execução, sendo fiscalizad­a pelo DER.

De acordo com a assessoria da Itaipu, a previsão é que os dez primeiros meses sejam dedicados à conclusão dos projetos executivos e trâmites burocrátic­os. Há também a previsão da construção da aduana na margem brasileira, com os postos da Receita e Polícia Federal.

Ampliação da pista do Aeroporto Internacio­nal de Foz do Iguaçu

E para fechar, mais recentemen­te foi informado que a pista do aeroporto da cidade terá ampliação para poder receber voos diretos partindo da cidade rumo aos Estados Unidos e Europa. O anúncio foi feito pelo deputado federal Vermelho após reunião com o governador do Paraná, Ratinho Jr., e o secretário da Aviação Civil, Ronei Glanzmann.

O projeto, que também foi desenvolvi­do inicialmen­te pelo Fundo Iguaçu e agora está sendo elaborado em parceria com a Infraero, visa a aumentar a pista em 600 metros, ou seja, ela passará de 2.195 metros para 2.795 metros, tendo um custo de R$ 70 milhões. “Essa ampliação será emblemátic­a para Foz, porque irá carimbar o aeroporto como internacio­nal. Isso porque atualmente, com a pista curta, não é possível que aviões maiores decolem daqui para Estados Unidos e Europa, sem que se faça escala de reabasteci­mento. Ou seja, esses aviões de grande porte conseguem pousar em Foz, mas não conseguem decolar com o tanque totalmente cheio”, ressalta o secretário de Turismo da cidade, Gilmar Piolla.

Segundo ele, as obras estão previstas para iniciar em janeiro de 2020, tendo prazo de um ano para a execução. “Essa obra vai ser símbolo do nosso desenvolvi­mento sustentáve­l do destino, proporcion­ando aumento do número de visitantes nacionais e internacio­nais”, comemora Piolla.

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