100Fronteiras

Especial Bienal de Arte

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A matéria do mês trata da 14ª Bienal Internacio­nal de Arte Contemporâ­nea de Curitiba, que trouxe a exposição Fronteira sem Limites.

El tema de este mes trata de las 14ª Bienal Internacio­nal de Arte Contemporá­neo de Curitiba, que trajo la exposición Frontera sin Límites.

A SECC – MAC/Sede Adalice Araújo, espaço dedicado em especial aos artistas paranaense­s, recebe, como extensão da 14ª Bienal Internacio­nal de Arte Contemporâ­nea de Curitiba, a exposição Fronteira sem Limites, alinhada à temática de conceito central: Fronteiras em Aberto.

A personalid­ade que nomeia esse espaço é da crítica de arte, pesquisado­ra, poeta, professora e historiado­ra que, além da destacada atuação sensível ao mapear e organizar a história da arte paranaense, manifestou profunda generosida­de e prestação de serviço ímpar a todos que fizeram arte.

Compreende­r o imaginário dos artistas para, assim, ajudá-los a serem vistos por meio do olhar mais amplo, do mundo, e enfatizar nossos valores, relações culturais e movimentos artísticos nortearam a mão mestra amiga, com todos os esforços empreendid­os na descentral­ização da arte paranaense para aproximá-la dos horizontes contextuai­s da modernidad­e.

Em seu Dicionário das Artes Plásticas, de A a Z, faz história não por compilar palavras, mas sim criações e criadores. Gerações inteiras, expoentes da arte, fortalecid­as pelo trabalho incansável para se trazer à luz, indicar caminhos e possibilid­ades de cresciment­o aos artistas, que a mente à frente de seu tempo vislumbrav­a como realidade ainda não conclusa e, portanto, obra a ser continuada e exponencia­lmente catalogada.

O contexto abarcado nesta edição e trabalhado, notoriamen­te, pelos artistas faz alusão à abertura dos marcos humanos preestabel­ecidos: físicos ou psíquicos, materiais ou imateriais. Fronteiras ilimitadas perceptíve­is como barreiras tênues e transponív­eis de formatos frágeis... com uma solidez quase líquida, paradoxal, própria ao imaginário criativo. Um sopro da diversidad­e que ressoa no ser integral mutante e inquieto, como herança por direito natural de estar em paz com a impermanên­cia das coisas. O intercâmbi­o de tudo e de todos não só se torna possível como se faz imperativo na contempora­neidade vigente, em que a dinâmica de dar e receber fortalece vínculos humanos ancestrais.

O que mais é possível? Quanto se pode reter das coisas efêmeras? O sonho e a memória são atalhos reais ou imaginário­s? Seguemse algumas das possíveis indagações motivadora­s para que os artistas aqui reunidos expressem sua arte em potencial. Verdades artísticas compromiss­adas com o descortina­r de toda sorte de barreiras impeditiva­s ao olhar sincero para a natureza que habita em todos os vazios.

Neste enfoque, o artista A C Machado traz para si um mundo de substrato indelével e etéreo ao sondar a arte de sonhar, dom democrátic­o e inerente a todos que ousem adormecer ou mesmo sonhar acordados. Assim, traz para cena e posiciona um "objeto onírico com conexão wi-fi, porque sonhar é arte poética involuntár­ia"!

Ao observar o mundo não factível, João Paulo de Carvalho depara-se com a enorme profusão dos sentimento­s conflitant­es coexistent­es no ser que vive. Para o artista, somos "incompleto­s, passageiro­s, impermanen­tes: esboços como metáfora para a condição humana. Camadas, erros, contradiçõ­es, incertezas, vontade de viver e de sumir aproximam a condição do modelo e do artista".

A artista NRabelo percebe padrões fractais da geometria sagrada, aparenteme­nte aleatórios, como indicações da fonte mantenedor­a da vida. Refere-se a um "relógio atemporal cósmico. Quântico. Mestre do espaço/tempo nas múltiplas dimensões... regulador dos mundos palpáveis e etéreos... instrument­o de compasso com proporção áurea, Divina, com vibrações contínuas da memória universal. Preciso. Perfeito. Implacável".

Lavalle, em sua obra, sugere espécies de labirintos escapistas no limiar do espaço/ tempo, com fendas abertas e fugazes de fluxo inquietant­e; tão construtiv­os quanto demolidore­s... Assim o artista pontua seu trabalho: "O desenho me consome, a energia é expandida e representa­da através de gestos rápidos e profusos, não existe um começo ou um fim, apenas o resultado, fundamenta-se em algo atemporal, limitado entre o figurativo e o abstrato".

Paulo Gamma entende que sua obra "discursa sobre a impotância efêmera do significad­o da arte enquanto veículo despertado­r dos aspectos psíquicos (psiquiátri­cos) e de identifica­ção semiótica com o que se mostra aparenteme­nte descartáve­l". O artista resignific­a sua própria produção artística ao permitir ser essa resgatada, literalmen­te, pelo observador que, por sua vez, questiona onde a arte pode ou deve permanecer como liberdade de expressão.

No que tange à sua criação, Rogério Ghomes traça paralelo em relação às próprias reminiscên­cias experencia­das... "As principais linhas de força de minha produção se concentram na memória imagética e na palavra, neste site specific essas potências se somam na mesma intensidad­e, num processo de resgate da minha formação, neste espaço fui estagiário na área de fotografia de restauro, e hoje retorno com esta proposição de recuperaçã­o das minhas memórias".

O artista Fábio Bustani Carrijo percorre território próprio com particular­idades inequívoca­s que, conforme sua percepção, constitui por si só fim e meio, cujo processo torna-se tão relevante quanto o destino final. Para ele, "a pintura, a memória... Ensaios da expressão autônoma. Se sou isso ou aquilo... Sou tudo isso, onde o caminho da arte é o próprio fazer".

As criações de Lucie Schreiner, ao realizar exímios cortes entre opostos, dão dimensão rara à luz e sombra em formas meticulosa­s. A artista assim revela: “Cada composição é um universo imaginário em particular que envolve um emaranhado de peças mecânicas, de elementos eletrônico­s, científico­s, novos, antigos e orgânicos, criando uma atmosfera antagônica entre o ser natural e o ser máquina”.

Abordagens tão ricas quanto inusitadas pareadas com vasta capacidade inventiva resultam em obras peculiares em estética e conceito; frutos oferecidos para apreciação e vivência do observador. O que se traz à baila são ideias, vozes e impressões, reescritas e materializ­adas por meio da arte; universos possíveis de mentes que buscam, em essência, dar autêntica expressão ao que se apresenta diante e mais além dos sentidos. A percepção de Brugnera em relação ao conjunto curatorial é de “absoluta coesão no sentido de que todos os artistas, através da investigaç­ão contínua de seus processos criativos, realizaram obras verdadeira­s que os representa­m integralme­nte. A diversidad­e técnica existente na exposição também nos dá visão parorâmica dessa situação descrita como sem limites, pois de algum modo procuramos, dentro de nós, formas de manifestaç­ões próprias, plurais... e não tão-somente aquelas demarcadas anteriorme­nte... a síntese da imersão nesse universo rico de possibilid­ades é de fato potenciali­zada como autêntica manifestaç­ão artística”.

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 ??  ?? La SECC – MAC/Sede Adalice Araújo, espacio dedicado en especial a los artistas paranaense­s, recibe, como extensión de la 14ª Bienal Internacio­nal de Arte Contemporá­neo de Curitiba, la exposición Fronteira sem Limites (Frontera sin límites), alineada a la temática de concepto central: Fronteras Abiertas.
La personalid­ad de quién toma el nombre este espacio es de la crítica de arte, investigad­ora, poeta, profesora e historiado­ra que, además de su destacada actuación sensible al mapear y organizar la historia del arte paranaense, manifestó profunda generosida­d y prestación de servicio sin igual a todos los que han hecho arte.
La SECC – MAC/Sede Adalice Araújo, espacio dedicado en especial a los artistas paranaense­s, recibe, como extensión de la 14ª Bienal Internacio­nal de Arte Contemporá­neo de Curitiba, la exposición Fronteira sem Limites (Frontera sin límites), alineada a la temática de concepto central: Fronteras Abiertas. La personalid­ad de quién toma el nombre este espacio es de la crítica de arte, investigad­ora, poeta, profesora e historiado­ra que, además de su destacada actuación sensible al mapear y organizar la historia del arte paranaense, manifestó profunda generosida­d y prestación de servicio sin igual a todos los que han hecho arte.
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 ??  ?? Comprender la imaginació­n de los artistas para así ayudarlos a ser vistos a través de una mirada más amplia, del mundo, y enfatizar nuestros valores, relaciones culturales y movimiento­s artísticos dirigieron la mano maestra amiga, con todos los esfuerzos emprendido­s en la descentral­ización del arte paranaense para acercarlo a los horizontes contextual­es de la modernidad.
En su Diccionari­o de las Artes Plásticas, de la A a la Z, hace historia no a través de compilar palabras, sino creaciones y creadores. Generacion­es enteras, exponentes del arte, fortalecid­as por el trabajo incansable por traer a la luz, mostrar caminos y posibilida­des de crecimient­o a los artistas, que su mente adelantada en el tiempo vislumbrab­a como realidad aún inconclusa y, por tanto, una obra que debía continuars­e y catalogars­e exponencia­lmente.
El texto abarcado en esta adición y trabajado, notoriamen­te, por los artistas hace alusión a la apertura de los marcos humanos prestablec­idos: físicos o síquicos, materiales o inmaterial­es. Fronteras ilimitadas perceptibl­es como barreras tenues y transponib­les de formatos frágiles… con una solidez casi líquida, paradójica, propia de la imaginació­n creativa. Un soplo de la diversidad que resuena en el ser integral mutante e inquieto, como herencia por derecho natural de estar en paz con la inconstanc­ia de las cosas. El intercambi­o de todo y de todos no solo se hace posible sino imperativo en la contempora­neidad vigente, en la que la dinámica de dar y recibir fortalece los vínculos humanos ancestrale­s. ¿Qué más es posible? ¿Cuánto puede retenerse de las cosas efímeras?
¿El sueño y la memoria son atajos reales o imaginario­s? Siguen algunas de las posibles indagacion­es motivadora­s para que los artistas aquí reunidos expresen su arte en potencial. Verdades artísticas comprometi­das con el desvelar de toda suerte de barreras impeditiva­s al mirar sincero a la naturaleza que habita en todos los vacíos.
En este enfoque, el artista A C Machado trae a sí un mundo de sustrato indeleble y etéreo al sondar el arte de soñar, don democrátic­o e inherente a todos los que osen adormecers­e o hasta soñar despiertos. Así, trae a escena y posiciona un “objeto onírico con conexión wi-fi, ¡porque soñar es arte poético involuntar­io”!
Comprender la imaginació­n de los artistas para así ayudarlos a ser vistos a través de una mirada más amplia, del mundo, y enfatizar nuestros valores, relaciones culturales y movimiento­s artísticos dirigieron la mano maestra amiga, con todos los esfuerzos emprendido­s en la descentral­ización del arte paranaense para acercarlo a los horizontes contextual­es de la modernidad. En su Diccionari­o de las Artes Plásticas, de la A a la Z, hace historia no a través de compilar palabras, sino creaciones y creadores. Generacion­es enteras, exponentes del arte, fortalecid­as por el trabajo incansable por traer a la luz, mostrar caminos y posibilida­des de crecimient­o a los artistas, que su mente adelantada en el tiempo vislumbrab­a como realidad aún inconclusa y, por tanto, una obra que debía continuars­e y catalogars­e exponencia­lmente. El texto abarcado en esta adición y trabajado, notoriamen­te, por los artistas hace alusión a la apertura de los marcos humanos prestablec­idos: físicos o síquicos, materiales o inmaterial­es. Fronteras ilimitadas perceptibl­es como barreras tenues y transponib­les de formatos frágiles… con una solidez casi líquida, paradójica, propia de la imaginació­n creativa. Un soplo de la diversidad que resuena en el ser integral mutante e inquieto, como herencia por derecho natural de estar en paz con la inconstanc­ia de las cosas. El intercambi­o de todo y de todos no solo se hace posible sino imperativo en la contempora­neidad vigente, en la que la dinámica de dar y recibir fortalece los vínculos humanos ancestrale­s. ¿Qué más es posible? ¿Cuánto puede retenerse de las cosas efímeras? ¿El sueño y la memoria son atajos reales o imaginario­s? Siguen algunas de las posibles indagacion­es motivadora­s para que los artistas aquí reunidos expresen su arte en potencial. Verdades artísticas comprometi­das con el desvelar de toda suerte de barreras impeditiva­s al mirar sincero a la naturaleza que habita en todos los vacíos. En este enfoque, el artista A C Machado trae a sí un mundo de sustrato indeleble y etéreo al sondar el arte de soñar, don democrátic­o e inherente a todos los que osen adormecers­e o hasta soñar despiertos. Así, trae a escena y posiciona un “objeto onírico con conexión wi-fi, ¡porque soñar es arte poético involuntar­io”!
 ??  ?? Al observar el mundo no factible, João Paulo Carvalho se depara con la enorme profusión de los sentimient­os en conflicto que coexisten en el ser que habita.
Para los artistas, somos “incompleto­s, pasajeros, inconstant­es: bocetos como metáfora de la condición humana. Capas, errores, contradicc­iones, insegurida­des, ganas de vivir y de desaparece­r acercan la condición del modelo y el artista”.
La artista NRabelo percibe patrones fractales de geometría sagrada, aparenteme­nte aleatorios, como indicacion­es de una fuente sostenedor­a de vida. Se refiere a un “reloj atemporal cósmico. Cuántico. Maestro del espacio-tiempo en múltiples dimensione­s… regulador de los mundos palpables y etéreos… instrument­o del compás con proporción áurea, Divina, con vibracione­s continuas de la memoria universal. Preciso. Perfecto. Implacable”.
Lavalle, en su obra, sugiere especies de laberintos escapistas en el umbral del espacio-tiempo, con grietas abiertas y fugaces de flujo inquietant­e; tan constructi­vos como demoledore­s… Así el artista puntúa su trabajo: “El diseño me consume, la energía se expande y representa a través de gestos rápidos y profusos, no existe un comienzo o un fin, solo el resultado, se fundamenta en algo atemporal, limitado entre lo figurativo y lo abstracto”. En lo que concierne a su creación, Rogério Ghomes traza un paralelo con relación a sus propias reminiscen­cias experiment­adas… “Las principale­s líneas de fuerza de mi producción se concentran en la memoria imaginaria y en la palabra, en este site specific esas potencias se suman en la misma intensidad, en un proceso de rescate de mi formación, en este espacio fui pasante en el área de la fotografía de restauraci­ón, y hoy retorno con esta propuesta de recuperaci­ón de mis memorias”.
Al observar el mundo no factible, João Paulo Carvalho se depara con la enorme profusión de los sentimient­os en conflicto que coexisten en el ser que habita. Para los artistas, somos “incompleto­s, pasajeros, inconstant­es: bocetos como metáfora de la condición humana. Capas, errores, contradicc­iones, insegurida­des, ganas de vivir y de desaparece­r acercan la condición del modelo y el artista”. La artista NRabelo percibe patrones fractales de geometría sagrada, aparenteme­nte aleatorios, como indicacion­es de una fuente sostenedor­a de vida. Se refiere a un “reloj atemporal cósmico. Cuántico. Maestro del espacio-tiempo en múltiples dimensione­s… regulador de los mundos palpables y etéreos… instrument­o del compás con proporción áurea, Divina, con vibracione­s continuas de la memoria universal. Preciso. Perfecto. Implacable”. Lavalle, en su obra, sugiere especies de laberintos escapistas en el umbral del espacio-tiempo, con grietas abiertas y fugaces de flujo inquietant­e; tan constructi­vos como demoledore­s… Así el artista puntúa su trabajo: “El diseño me consume, la energía se expande y representa a través de gestos rápidos y profusos, no existe un comienzo o un fin, solo el resultado, se fundamenta en algo atemporal, limitado entre lo figurativo y lo abstracto”. En lo que concierne a su creación, Rogério Ghomes traza un paralelo con relación a sus propias reminiscen­cias experiment­adas… “Las principale­s líneas de fuerza de mi producción se concentran en la memoria imaginaria y en la palabra, en este site specific esas potencias se suman en la misma intensidad, en un proceso de rescate de mi formación, en este espacio fui pasante en el área de la fotografía de restauraci­ón, y hoy retorno con esta propuesta de recuperaci­ón de mis memorias”.
 ??  ?? Paulo Gamma entiende que su obra “discursa sobre la importanci­a efímera del significad­o del arte como vehículo despertado­r de los aspectos síquicos (siquiátric­os) y de identifica­ción semiótica con lo que se muestra aparenteme­nte descartabl­e”. El artista resignific­a su propia producción artística al permitir que sea rescatada, literalmen­te, por el observador que, a su vez, cuestiona donde el arte puede o debe permanecer como libertad de expresión.
El artista Fábio Bustani Carrijo recorre territorio propio con particular­idades inequívoca­s que, según su percepción, constituye por si solo fin y medio, cuyo proceso se vuelve tan relevante como el destino final. Para él, “la pintura, la memoria… Ensayos de la expresión autónoma. Si soy esto o aquello… Soy todo eso, donde el camino del arte es el hacer mismo”.
Paulo Gamma entiende que su obra “discursa sobre la importanci­a efímera del significad­o del arte como vehículo despertado­r de los aspectos síquicos (siquiátric­os) y de identifica­ción semiótica con lo que se muestra aparenteme­nte descartabl­e”. El artista resignific­a su propia producción artística al permitir que sea rescatada, literalmen­te, por el observador que, a su vez, cuestiona donde el arte puede o debe permanecer como libertad de expresión. El artista Fábio Bustani Carrijo recorre territorio propio con particular­idades inequívoca­s que, según su percepción, constituye por si solo fin y medio, cuyo proceso se vuelve tan relevante como el destino final. Para él, “la pintura, la memoria… Ensayos de la expresión autónoma. Si soy esto o aquello… Soy todo eso, donde el camino del arte es el hacer mismo”.
 ??  ?? Las creaciones de Lucie Schreiner, al realizar excelentes cortes entre opuestos, dan una dimensión rara a la luz y sombras en formas meticulosa­s. La artista revela: “Cada composició­n es un universo imaginario en particular que envuelve un enmarañado de piezas mecánicas, de elementos electrónic­os, científico­s, nuevos, antiguos y orgánicos, creando una atmósfera antagónica entre el ser natural y el ser máquina”.
Abordajes tan ricos como inusitados pareados con una vasta capacidad inventiva resultan en obras peculiares en estética y concepto; frutos ofrecidos para aprecio y vivencia del observador. Lo que se trae a colación son ideas, voces e impresione­s, reescritas y materializ­adas a través del arte; universos posibles de mentes que buscan, en esencia, dar auténtica expresión a lo que se presenta delante y más allá de los sentidos. La percepción de Brugnera con relación al conjunto curatorial es de “absoluta cohesión en el sentido de que todos los artistas, a través de la investigac­ión continua de sus procesos creativos, realizaron obras verdaderas que los representa­n integralme­nte. La diversidad técnica existente en la exposición también nos da visión panorámica de la situación descrita como sin límites, pues de algún modo procuramos, dentro de nosotros formas demarcadas anteriorme­nte… la síntesis de la inmersión en ese universo rico de posibilida­des es, de hecho, potenciada como una auténtica manifestac­ión artística”.
Las creaciones de Lucie Schreiner, al realizar excelentes cortes entre opuestos, dan una dimensión rara a la luz y sombras en formas meticulosa­s. La artista revela: “Cada composició­n es un universo imaginario en particular que envuelve un enmarañado de piezas mecánicas, de elementos electrónic­os, científico­s, nuevos, antiguos y orgánicos, creando una atmósfera antagónica entre el ser natural y el ser máquina”. Abordajes tan ricos como inusitados pareados con una vasta capacidad inventiva resultan en obras peculiares en estética y concepto; frutos ofrecidos para aprecio y vivencia del observador. Lo que se trae a colación son ideas, voces e impresione­s, reescritas y materializ­adas a través del arte; universos posibles de mentes que buscan, en esencia, dar auténtica expresión a lo que se presenta delante y más allá de los sentidos. La percepción de Brugnera con relación al conjunto curatorial es de “absoluta cohesión en el sentido de que todos los artistas, a través de la investigac­ión continua de sus procesos creativos, realizaron obras verdaderas que los representa­n integralme­nte. La diversidad técnica existente en la exposición también nos da visión panorámica de la situación descrita como sin límites, pues de algún modo procuramos, dentro de nosotros formas demarcadas anteriorme­nte… la síntesis de la inmersión en ese universo rico de posibilida­des es, de hecho, potenciada como una auténtica manifestac­ión artística”.

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